quarta-feira, 1 de maio de 2013
Sobre os Vikings
Sei que sou uma pessoa um pouco chucra, meio égua, quero dizer, não de todo civilizada ainda. Peco pelo excesso de sinceridade com frequência. Pretendo melhorar, estou me esforçando. Na minha visão os homens eram como cavalos, selvagens. Agora estou começando a ter uma concepção diferente dos homens, como seres humanos completos, e eles sempre falam que querem carinho. Não querem chicotada não.
Um exemplo de povo pouco civilizado é o dos vikings. O relato histórico conta que nos idos do ano 1000, os povos da Europa suplicavam "Do furor dos normandos, livra-nos Senhor". E o medo dessa gente era bem justificado:os vikings - e depois seus descendentes, os normandos - devastaram durante três séculos as costas da Europa Ocidental com suas arrojadas incursões. Mas, os vikings passaram à história menos como um povo belicoso e mais como audaciosos navegantes - o que é igualmente bem justificado, pois, quando chegaram à Escandinávia via Dinamarca, por volta do século VII, souberam construir frotas de centenas de embarcações com as quais desafiaram os tempestuosos mares e atingiram a Islândia e Groelândia, onde fundaram colônias agrícolas; as costas do Mediterrâneo, onde saquearam a valer; a Europa Oriental, onde estabeleceram poderosos estados, dos quais nasceram a Rússia; o norte da França, onde fundaram o ducado da Normândia - que viria a ser de grande importância para a história da Europa; a América do Norte, onde não chegaram a fazer muita coisa, tanto que sua presença nessa região antes de Colombo é até hoje contestada.
Sabendo trabalhar a madeira como poucos, os vikings construíram sólidas embarcações de fundo plano e agudo esporão (remate de proa, onde ficava a figura que servia de ornamento), capazes de navegar a altas velocidades. Os vikings não conheciam a bússola imantada e orientavam-se graças a uma espécie de bússola solar. De meados do século XIX a meados do século XX, os arqueólogos já desterravam na Escandinávia cerca de 550 drakkar (nome viking para navio). Todos serviam de túmulos a chefes militares e deviam transportá-los em sua última viagem ao valhalla, que era o paraíso da mitologia viking.
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