Tinha um amigo na Ufrgs, mestrando em Física, o Alberto. Era um tipo quieto de óculos de aro preto, meio tímido.
O Alberto tinha um gosto peculiar: gostava de café forte. Mas forte mesmo. Minha curiosidade me obrigou a perguntar a ele o que era um café forte no conceito dele.
Ele conseguiu me surpreender: é quando tu viras a xícara pra baixo e o café não cai.
Outra vez eu estava na sala de aula, no início do período, viajando na maionese, o professor parou na frente do quadro, olhou pra mim e mandou eu me ligar. Expliquei: é que eu estou com sono, não durmi direito esta noite porque blá, blá, blá, e como eu não bebo café preto o jeito é enfrentar a sonolência a custo do aprendizado mais sóbrio.
E ele me veio com uma que me deixou besta. Ele me questionou algo:
- Tu sabe qual é a definição de matemático?
- Não.
- É uma máquina movida a café.
Bem, era a opinião dele. Não sei se todos os matemáticos concordam. Não investiguei.
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