terça-feira, 24 de novembro de 2009
Lista de Natal pra o Pi comprar
Está aí a lista de pedidos dos meus colegas.
Pi é o apelido de um deles. Mas também refere-se ao PaPi Noel.
Sentiram a ambiguidade da coisa, né?
Andrea: Playstation 2
Pati loira: TV 42"
Ju (Juliana): Bola de vôlei "oficial"
Miriam: Máquina fotográfica "profissional"
Diegão: Liquidificador
Carol: Uma casa na árvore
Pati morena (a namorada do Patropy): Bicicleta "grande"
Carlos: Prancha de surf
Taísa morena: Poltrona reclinável de oncinha
René: Piscina (SKOOOL) (prioridade máxima)->(particular)
Di (Diego): Um pônei
Taísa loira: Hilux preta
Augusto: Passagem Rio-Recife ida 9/12 volta 14/12
João H: Uma Kombi
Pi: Um saco grande pra cabê tudo isso
Nicolau: férias
E eu pedi um B com a Beti. Se vier A melhor ainda.
sábado, 14 de novembro de 2009
A lista de análise c
Desenterrei uma velhinha hoje. Eles, os autores, não admitem mas é verdade. Eu fazia análise C - análise é a área mais difícil da matemática - no meio de uns cinco cuecas. Não me lembro bem do nome de todos. Só me ocorre agora o nome do Patropy e do Leandro e do Daniel.
Pois bem, corria o semestre e eu me sentia bastante insegura com as listas de exercícios. E por isso procurava o professor no gabinete dele a toda hora. Um dia ele se irritou - e é difícil de ele se irritar - e gritou comigo: - Pensa! - disse ele. No fim resolvi metade da lista na sala dele, quer dizer, ele resolveu metade da lista pra mim. Nada mal!
Aquela história me fazia pensar que eu era a pior aluna da turma, porque eu acreditava que os guris estavam matando a pau. Pelo menos o Patropy, que sempre discutia tudo com o professor. E eu sempre viajando, às vezes, o Leonardo tinha acabado de explicar a coisa e eu, como não estava prestando atenção - estava em alfa - perguntava tudo de novo. Ele suspirava: - Como é que pode? Um dia o Daniel me encontrou fora da sala de aula e me puxou a orelha. Nem lembro o que ele disse. Mas foi um xixi. Infelizmente, eles não entendem como é o mundo da imaginação. Se a gente não viver viajando como é que na hora H a gente vai viajar, hein?
Faltando uma semana pra prova, o Patropy e o Leandro chegaram em mim na saída da aula, ou me pegaram no corredor, não lembro bem. O Patropy me surpreendeu: - Lisany, empresta a lista de exercícios pra a gente tirar xerox. Fiquei em dúvida: - E o que eu vou ganhar com isso? No fim emprestei é claro. Uma mão lava a outra. Hoje quando eu menciono o fato o Leandro joga na minha cara que eu resolvi a lista toda na sala do Leonardo. E o Patropy diz que foi o Leandro que pediu. Vê se pode!
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Mais novas do Patropy
Tive que editar esse e-mail do Patropy, porque tava demais, acho que ele escreveu isso no banheiro. Espero que tenho ficado mais compreensível.
Olá pessoal
Resolvi sentar hoje e escrever sobre como é a minha vida aqui.
Bom já estou aqui a quase dois meses, e já me sinto mais adaptado. Já tenho alguns amigos que eu me identifico mais, tenho dois jogos de futebol 7 por semana, já passeei, já fui ao shopping, já fiz compras, já fiquei triste também, pois vocês e a Pati me fazem uma falta enorme. Enfim já possua [sic] uma certa rotina nesse lugar, o que pareci [sic] para mim ser bom.
A respeito do futebol, tenho apanhado bastante. E só não mando as fotos dos ematômas [sic] porque eu acho que não gostariam de ver fotos da minha canela, da minha perna, da minha bunda. Bom, talvez o Diegão gostasse hehehhe. É, aqui eles jogam na base da força, não que eu jogue na base do talento, mas jogo mais com a bola no pé, e eles, tentando tirá-la de mim, quase arrancam meu pé. Nesses jogos conheci muita gente, africanos, russos, indianos (um que inclusive se chama Raj, como o da novela, mas não é tão bonito como o da novela), portugueses evidentemente, alemães (esse alemão que eu conheci é o cara mais simpático daqui, sempre que me vê vem falar comigo, vamos juntos para o futebol de sábado,...). Muitos desses são pessoas marcantes, pois me marcaram muito as minhas canelas, costas, joelhos com os pontapés que me dão, hehehe.
Uma coisa muito curiosa e que acontece no futebol de quinta, é que lá tem um cidadão (todos o chamam JP) que depois do jogo fica palestrando pelado no meio do vestiário. Verdade, todo mundo chega, tira a camisa, lava o rosto, tira o tênis, e então este cidadão começa a falar nu sobre ir ao cinema, comer alguma coisa depois que sairmos dali. Eu nunca aceitei. Todos ficam meio sem jeito, tentam olhar para baixo para não olhar para o japonês, opa, português hahahah. Há um tempo atrás percebi que ele joga o tempo inteiro com a mão nas nádegas (bunda para ser mais preciso), sempre tentado tirar alguma coisa que lhe incomoda naquela região. Hoje percebi que ele joga sem cueca (calma! não toquei em nada). Antes do jogo ele também nos dá o prazer de vê-lo pelado, (nossa! jogo bem melhor depois disso), e concluí que esse futebol a Pati não vai jogar, pelo menos não contra contra o JP. Imaginem, futebol é um esporte de contato, nem pensar.
As aulas continuam muito legais, com excessão daquela de matemática computacional. Essa tem me tirado o sono. Verdade, tenho ficado muitas madrugadas estudando para fazer os trabalhinhos que o professor dá para entregar de uma semana para outra. Numa dessas noites eu e o colega Sadehg ficamos acordados até as 5 da manhã finalizando um trabalhinho no tek. Imaginem só eu com aquele meu inglês das mímicas tendo que discutir em inglês até as cinco da manhã. O resultado foi que quando eu cheguei e fui dormir comecei a sonhar uns sonhos malucos todos em inglês, nesses sonhos eu não conseguia falar português, maluquisse total. Esse curso é esquisito, se nós dissemos que não entendemos alguma coisa o professor começa a repetir a frase “You are PhD students”. Ontem também sonhei com essa frase.
Os outros dois cursos estão bacanas, já fiz prova de variedades, e a prova de análise funcional é semana que vem. Uma coisa boa, e que eu gostaria de ressaltar, é que as disciplinas que eu cursei aí na UFRGS são mais do que suficientes para se estudar aqui (isso não significa que eu esteja achando alguma fácil aqui, são difíceis também). Acho importante ressaltar isso para percebermos que tivemos ótimos cursos com ótimos professores.
Mudando de assunto, aqui todo sabe o meu nome. Verdade, quando chego na academia (estou fazendo musculação, segundo o Douglas, com o meu porte físico já dá para interpretar um peso pena) os funcionários dizem bom dia FFFFFágner, é com bastante FFF e bem paroxítona. Chego ao banco e o balconista diz: pode passar ffffagner. Chego na aula e os meus colegas dizem: How are you fffagqnar?, (aqui lembrem que eles tem um sotaque iraniano africano, turco,...). Eu não sei o que acontece, de repente meu nome é muito diferente aqui, ninguém tem esse nome, não sei. Ou eles acham muito feio, de repente acham que é um castigo para mim ser chamado de Fagner.
Um dia aconteceu uma coisa muita engraçada, eu estava na aula de funcional e o professor falava a respeito do Teorema de Hahn-Banach. Nessa disciplina tenho dois colegas portugueses. Então no meio do teorema o professor teve um problema que ele não conseguia solucionar, daí um colega se virou para mim e começou a falar um monte de idéias a respeito do teorema, e eu não tava entendendo nada do inglês dele, então falei para ele:
- Por favor não te importe de falar em português, é que meu inglês é muito ruim.
Então o cabra fico meio sério assim, e falou:
- Ei, eu estou a falaire em português.
Putz, que droga não. O cara tem um sotaque tão esquisito, na verdade ele e a amiga dele. Ontem combinamos de estudar eu, ele e a amiga. Vocês acreditam que a todo momento eu pedia para eles repetirem as frases, juro. Para ele dizer que não entendia alguma coisa que eu falava, ele era tão cuidadoso e usava tanta palavra difícil. Mas apesar de eu não entender nada do que eles falam, eles parecem ser legais. Outra coisa esquisita nessa dupla é que andam com muitas bolsas. Verdade, parecem ciganos, o cara anda com umas três bolsas e ela com mais umas três, parecem que estão indo viajar. Engraçado que ontem ele veio me falar que estava dor nas costas. Por que será né?
Bom uma novidade é que eu tive que me mudar, meu quarto tava com vazamento de água no banheiro. Quando percebi isso fui falar com a dona Ângela e ela mandou um técnico aqui. O cara se chamava Manoel e essa foi a única palavra que ele me falou que eu entendi. Falava muito rápido e era muito simpático, mas impossível de manter um diálogo. Como tive que refazer as minhas malas resolvi sacanear os meus colegas, e bati na porta de alguns contando uma histária e dizendo que eu ia embora. Não teve a menor graça, ninguém acreditou.
Muitos me perguntam sobre a comida daqui. Olha a do RU é muito ruim. A melhor refeição é feita de peixe, que aliás aqui se come bastante e é sempre muito bom. Mas o problema que para comer peixe todo dia só sendo bicuíra (cidadão que vive na praia, geralmente pescador, que sempre está bronzeado). Seguindo conselhos do Alexandre e da Flavia resolvi conhecer a culinária típica do Porto, que eles me falaram ser ótima. Como estava enjoado de peixe resolvi comer o prato mais comentado por todos os nativos que conheci, a “Francesinha Especial”. Todos aqui sempre me perguntavam: Então, já comeu a francesinha especial (pergunta, eu não sei onde tá o ponto de interrogação). Eu sempre perguntava o que era isso e eles me falavam que era um prato dos deuses, mas não falavam o que tinha nesse bendito prato. Como já estava curioso fui comer a tal Francesinha. Era uma fatia de pão de forma, carne grelhada, queijo, pão de forma, queijo e um molho tão apimentado que me deu uma quantidade não enumerável de áfitas [sic] na boca. Moral da história: surpresas e experiências novas aqui nem pensar, pelo menos com comida.
Tenho conversado bastante com o Marcon, e a história trágica dele é verdadeiríssima. Realmente, estávamos eu e ele conversando pelo skype quando veio um cara por trás dele, com um pau na mão e enfiou no olho dele (olha a maldade desse cidadão). Coitado do Diego. Em breve pretendo visitar ele [sic], para conversarmos e falarmos mau de vcs. Tô brincando. Temos mais o que fazer hahahahha.
Aqui já conheci muitos portugueses, e digo que aquela fama das piadas não é verdadeira. Todos são muito inteligentes, e a maioria é muito legal. Digo a maioria porque tem uns que ficam a businaire na minha janela. Na verdade o cara mais chato que conheci aqui foi um brasileiro, Fabio é o nome dele. O cara passa o tempo inteiro dizendo para os colegas dele que no Brasil só tem ladrão, drogado, gente ignorante e favela, um verdadeiro idiota, que para eu evitar de ficar irado cortei relações.
Para finalizar gostaria de dizer que tenho lembrado muito de vocês, me lembro muito do meu dentista também, vcs acreditam que o filho da mãe me fez duas vezes obturação no mesmo dente e cada vez que eu tomo algo frio penso: que filho da .... Apesar de sentir muito a falta de vocês sei que estou aprendendo coisas novas (ouvir o português, que aqui é muito dificil) e conhecendo jeitos diferentes de ser (vai saber porque aquele cara gosta de ficar pelado), professores novos (como aquele adorável de computacional). Enfim estou aproveitando.
Um grande beijo e um grande abraço para todos e até logo.
Obs.: (1) Sempre leio as respostas de vcs e adoro recebê-las
(2) Mando abraço para todos, notem que eu não sou preguiçoso.
(3) Achei legal a idéia do Diego e por isso botei mais essa observação inútil.
Até mais
Patropy
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Esqueci
Ai, me esqueci de dar um título para o post anterior. Pode ser: Ainda não foi dessa vez. Legal, né? Quem sabe esse mosquito ainda cai na teia, hein?
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