segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sir Isaac Newton e as Profecias



Mais duas semanas de férias ainda dá pra fazer muita coisa. Sir Isaac Newton correlacionou algumas passagens dos livros de Apocalipse e Daniel. Errou nos cálculos e também o evento, mas realmente os textos direcionam para algo muito interessante. Acredito que ele aproveitava bem as férias dele hehe. Talvez as pessoas não compreendam as nossas razões - Newton também era matemático, além de físico, teólogo e alquimista. A propósito, as pessoas adoram especular sobre a vida sexual dele. Parece que ele tinha fama de celibatário. Pode crer...

Estão na Biblioteca Nacional de Israel três manuscritos atribuídos a Isaac Newton nos quais ele calcula a data aproximada do fim do mundo. Por meio dos textos bíblicos do Livro de Daniel, chega à conclusão de que o mundo deve acabar por volta do ano de 2060. "Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes", escreveu.

A especialista em textos antigos Ben-Menahem diz que os achados de Newton complicam a idéia de que a ciência é exatamente oposta à religião. “Eles mostram um cientista guiado por um fervor religioso, por um desejo de ver as ações de Deus guiando o mundo”, ela disse a jornalistas de seu país. Os manuscritos foram comprados da Inglaterra em 1936.

Voltaire faz referências a Newton e suas interpretações do Apocalipse. No verbete "Apocalipse" do Dicionário Filosófico de Voltaire, ele escreve o seguinte:
"Bossuet e Newton comentaram o Apocalipse. As declamações eloqüentes de um e as sublimes descobertas de outro foram-lhes, todavia, muito mais honrosas que seus comentários".

"As Observações Sobre as Profecias de Daniel e o Apocalipse de São João" por Sir. Isaac Newton é um clássico completo. Publicado em 1733 pela primeira vez apresenta uma possível interpretação profética dos livros de Daniel e Apocalipse.

Peguei algo do globo.com. Veja lá:
Alguns dos estudos apocalípticos de Newton estão na obra "As profecias do Apocalipse e o livro de Daniel" (Editora Pensamento), traduzida integralmente para o português pela primeira vez. As análises newtonianas coincidem apenas em parte com o que os modernos estudiosos da Bíblia consideram ser a interpretação mais provável das Escrituras. Mas não devem ser lidas como sinal de que o cientista tinha um lado "retrógrado" ou "obscurantista", alertam especialistas. Pelo contrário: é bastante possível que a fé religiosa de Newton, e seu interesse por assuntos esotéricos, tenham facilitado suas descobertas.

"A gente tem de inverter a relação. Não é apesar de suas crenças religiosas e místicas que o Newton consegue dar o pulo do gato nos trabalhos sobre a gravidade; é justamente devido a elas", afirma José Luiz Goldfarb, historiador da ciência e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Os próprios estudos bíblicos de Newton já denotam uma sensibilidade mais crítica e moderna, uma tentativa de estudar as profecias de forma quase matemática, usando cronologias detalhadas."

"A gente costuma deixar ciência e religião bem separadas, mas o fato é que os manuscritos de Newton, que chegam a 4.000 páginas, abordam principalmente esses estudos místicos e esotéricos", conta Mauro Condé, professor de história e filosofia da ciência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Com a morte dele, a Universidade de Cambridge e a Royal Society [principal sociedade científica do Reino Unido, da qual ele fazia parte], que tinham um modelo para o que deveria ser o trabalho científico, privilegiaram parte da obra dele e deixaram o resto vir a público de forma meio aleatória", diz o pesquisador.

O livro em questão, publicado após a morte de Newton com base em suas anotações, é basicamente uma tentativa de desvendar o significado histórico das principais profecias do livro de Daniel (no Antigo Testamento) e do Apocalipse (livro do Novo Testamento que encerra a Bíblia cristã). Ambas as obras são caracterizadas pela riqueza de imagens simbólicas -- animais, estátuas, chifres, trombetas -- que funcionam como uma espécie de linguagem cifrada que o profeta propõe à sua audiência, e que às vezes é desvendada logo após a descrição das visões.

Na enciclopédia virtual Wikipédia peguei este trecho no verbete Isaac Newton:
A sociedade secreta dos Rosa Cruz, foi possivelmente a que maior influência exerceu sobre Newton. Apesar de o movimento Rosa Cruz ter causado uma grande curiosidade entre os acadêmicos europeus durante o século XVII, à época de Newton já havia atingido a maturidade e se tornara algo menos sensacionalista. O movimento teve uma profunda influência sobre Newton particularmente nas pesquisas sobre alquimia e filosofia.

A crença Rosa Cruz de serem especialmente escolhidos para comunicarem-se com os anjos ou espíritos ecoa nas crenças proféticas de Newton. Os rosa Cruz proclamavam também ter a habilidade de viver para sempre usando o elixir vitae e a habilidade de produzir um sem limite de quantidade de ouro a partir do uso da Pedra Filosofal, a qual diziam possuir. Tal como Newton, os Rosa Cruz foram profundamente filosofo místico, declaradamente cristãos, e altamente politizados. Newton teve muito interesse nas pesquisas sobre alquimia mas também nos ensinamentos esotéricos antigos e na crença em indivíduos iluminados com a habilidade de conhecer a natureza, o universo e o reino espiritual.


Newton não estava satisfeito com a interpretação das profecias então corrente. Sustentava que os intérpretes não tinham "método prévio... Eles torcem partes da profecia, colocando-as fora de sua ordem natural, segundo sua conveniência".

Em harmonia com sua abordagem de questões científicas, Newton estabeleceu normas para interpretação profética, com uma codificação da linguagem profética a fim de eliminar a possibilidade de distorção ao bel-prazer dos intérpretes, e adotou o critério de deixar a Escritura revelar e explicar a Escritura.

Assim, a interpretação de Newton divergia da maioria de seus contemporâneos. Não estava interessado em aplicar a profecia para explicar a história política da Inglaterra, como alguns outros faziam, mas em focalizar o princípio da grande apostasia que ocorreu na igreja, e a restauração final da igreja à sua pureza.

Este interesse na restauração da igreja à pureza apostólica levou Newton a um estudo da segunda vinda de Cristo. Sua preocupação com o futuro o levou às 70 semanas de Daniel 9. Ele, como os dispensacionalistas de hoje, designava a última semana para um futuro indeterminado, quando a volta dos judeus e a reconstrução de Jerusalém iriam começar, culminando com a gloriosa segunda vinda de Cristo.

Bem, como se sabe, os mileritas "marcaram" o fim do período profético das 2300 tardes e manhãs de Daniel 9 para 1844. E Jesus não veio. Mas, não tiveram má sorte. Os seus seguidores já tinham doado tudo para a igreja mesmo. No livro "Os maçons", o pesquisador César Vidal, grande estudioso da História Universal, trata desse tema e, afirma que a profecia de Daniel 9 já se cumpriu. Vale a pena esse livro. Lembre-se sempre: O mundo é dos espertos. Newton era esperto.


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