segunda-feira, 26 de maio de 2014
Animais Abandonados
Ontem estive na festa do mel em Ivoti e tive uma surpresa agradável. Ao pararmos pra pedir informação, nos deparamos com uma casa cheia de gatos, 35 a 40 gatos abandonados que foram acolhidos nesta casa. Quero mencionar dois projetos que visam amparar animais abandonados: viladospeludos e patasdadas. Houve um sarau em prol deles agora dia 24 no Salão da Paróquia Matriz de Porto Alegre a fim de arrecadar verba para estes projetos. O sarau contou com música acústica, teatro, lojinha deos projetos, sebo, cantinho da mágica, rifa e comes e bebes vegetarianos, onde quero me deter:
O ocultismo cristão não admite a purificação em um só plano pela boa razão de que o homem, não sendo melhor do que um outro homem, seu irmão, é preciso desenvolver ao mesmo tempo o psíquico, o astral e o físico, lembrando-se de que nenhuma árvore lança os galhos floridos para a luz do Sol, sem lançar no sentido contrário as duas raízes para a obscuridade terrestre. Se o mental não tiver sido purificado com a eliminação dos pensamentos de ódio e ciúmes, e se o espiritual não foi dinamizado pela caridade e a oração, de nada adianta limpar o corpo físico pelo método vegetariano, do qual os verdadeiros reveladores só faziam uso pelo período máximo de 40 dias, como complemento, e não como determinante das outras purificações centrais.
domingo, 18 de maio de 2014
Máquinas da Democracia
"Muito se há dito e escrito ultimamente sobre o 'americanismo'. O homem dos Estados Unidos, em sua nova introspecção, procura com insistência algum traço, algum hábito ou essência, que possa ter tido como americano e único. Este estudo está se tornando cada vez mais penoso. Aqui e ali investigadores chegam a suspeitar do valor das estatísticas, dos gráficos, das médias, das curvas, das tábuas e dos mapas plantados de alfinetes cabeçudos. E pedem aos poetas que lhes exprimam, numa visualização, o americanismo.
É possível que os vates hajam conseguido mais que os estatistas. Os leitores de Carl Sandburg, que lhe apreendem o todo da poesia, ficam em suspenso e fazem esta pergunta. Em Vincent Benét encontramos uma sugestão do americanismo mais impressionante que todo o esforço da Brookings Institution.
Existiu na adolescência da nação um americanismo fácil de ser formulado - mas já desapareceu. O 'cleft dust' de Benét - o pó, as esquírolas da clivagem - era diferente de todos os modos europeus, a não ser que recuemos até aos nômades que, originariamente, migraram para os sertões da Europa, vindos do Oriente ou do Sul. O modo americano era o modo solitário. Não um individualista na acepção que damos hoje a este surrado termo, isto é, um produto do desapontamento; mas um indivíduo completo em si mesmo. O sufixo ista aparece quando o americano já ia deixando de ser a coisa designada. Como todos os 'istas', ele era uma criatura frustrada, desapontada. Remova-se a oposição que gera os 'istas' e desaparecerão os fascistas, os comunistas, os feministas, os militaristas, os pacifistas, os coletivistas, e surgirão grupos humanos normais, gente do comum, fêmeas, militares, homens pacíficos, seres gregários - se é isto o que por natureza eles são".
O americano, portanto, na fase do pioneirismo, foi um ego integral. O seu não-ego - o mundo externo: a floresta. Por meio de processos por ele mesmo concebidos, derrubou as árvores, arrancou os tocos, estabeleceu-se na terra e fe-la menos agressiva para os que vieram depois. A tecnologia que neste processo o americano desenvoldeu tornou-o coletivo.
Há perigo nesta afirmação. É excessivamente perigoso personificar, ou deificar, a Tecnologia, a Máquina. Tudo não passa de coisas feitas pelo homem e não devem ser confundidas com elementos naturais, tempestades, terremotos, queda de meteoros ou o movimento dos planetas - forças fora do controle humano".
Extraído do livro Máquinas da Democracia de Roger Burlingame.
domingo, 4 de maio de 2014
O fungo do centeio
Jerome David Salinger (Nova Iorque, 1 de janeiro de 1919 — Cornish, New Hampshire, 27 de janeiro de 20102 ) foi um escritor norte-americano.
Em 1951, publica seu primeiro romance, The Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio no Brasil e À Espera no Centeio ou Uma Agulha no Palheiro em Portugal), que torna-se um sucesso imediato. Sua descrição da alienação da adolescência e da inocência perdida através do seu protagonista, Holden Caulfield, com vocabulário e girias , serviu de influência para toda uma geração de novos leitores, especialmente adolescentes. O livro continua tendo uma vendagem estimada em 250 mil cópias por ano. O sucesso de The Catcher in the Rye chamou atenção do público para Salinger, que, a partir de então, torna-se recluso, publicando menos do que antes.
O protagonista Holden Caulfield, 17 anos, conta uma breve história que se passa aos seus 16 anos. Depois de reprovar em quase todas as matérias, o adolescente rebelde de família abastada é expulso do internato para rapazes em que estuda e por não suportar a ideia de permanecer mais tempo ali, resolve voltar para casa mais cedo. Adiando seu retorno, começa a vagar pelas ruas de New York. A última coisa que ele deseja é estar em casa quando seus pais receberem a notícia de que ele reprovou mais uma vez. "Não queria estar por perto na hora em que eles recebessem a carta. Minha mãe fica muito histérica. Mas melhora bastante depois que digere um troço completamente." Durante sua curta jornada, Holden apanha de um cafetão por uma noite com uma garota que sequer chega a acontecer, encontra-se com uma ‘’ex’’ chata só pelo prazer de não estar mais sozinho, perambula pelos bares da cidade à procura de algo para fazer e de alguém que responda para onde os patos vão durante o inverno, cada um desses acontecimentos regados a muito álcool e cigarros a todo instante. Sempre crítico, Holden nunca gosta completamente de algo. Para qualquer situação existe um comentário rebelde e depreciativo. "Tomara que quando eu morrer alguém tenha a feliz idéia de me atirar num rio ou coisa parecida. Tudo, menos me enfiar numa porcaria dum cemitério. Gente vindo todo domingo botar um ramo de flores em cima da barriga do infeliz, e toda essa baboseira. Quem é que quer flores depois de morto? Ninguém." Decide então ir ver sua irmãzinha, Phoebe, por quem nutre uma admiração que não faz questão de esconder. Durante o encontro com ela, entendemos o porquê do título. Phoebe começa a perguntar sobre o que ele realmente gosta e o que gostaria de ser, já que vê no irmão críticas constantes sobre tudo. Ele responde que gostaria de impedir crianças que estivessem brincando num campo de centeio de cair no precipício existente nele. Holden(HOLD THEM) não quer deixá-las cair nele. “-Você sabe o quê que eu quero ser? – perguntei a ela. – Se eu pudesse fazer a merda da escolha? (...) Fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto, a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o quê que eu tenho que fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo.’’ Por fim, o protagonista decide nunca mais voltar pra casa. Marca um encontro com sua irmã para despedir-se dela, porém a pequena insiste em ir com ele, o que o faz – depois de um surto - desistir.
Parece que o autor tem alucinações visuais com garotinhos brincando em um campo de centeio à beira de um precipício. Veja lá:
O esporão-do-centeio ou cravagem-do-centeio(Claviceps purpurea) é um fungo parasita que ataca o centeio, e do qual se extraem vários alcaloides e substâncias de uso medicinal. É um fungo conhecido por ser alucinógeno, e usado para fabricar LSD. Quem ingerir o fungo pode desenvolver uma doença atualmente denominada de ergotismo. Claviceps é um género de fungos, vulgarmente chamados cravagens, que inclui cerca de 50 espécies quase todas elas tropicais. O membro mais proeminente deste grupo é Claviceps purpurea. Este fungo infecta o centeio e outros cereais, produzindo alcaloides que causam o ergotismo em humanos e outros animais que consumam grãos contaminados com o corpo frutífero (esclerócio) do fungo.
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