sexta-feira, 4 de março de 2011
Duas surpresas
Esta semana que se passou a Mocinha me emocionou pelo menos duas vezes. A primeira foi ter mordido o meu pé. Foi forte desta vez. Já fazia tempo que ela vinha se incomodando com a minha brincadeira de passar o pé nela quando ela estava deitada. Ela se virava pra trás e rosnava. Eu continuei insistindo. Da última vez passei o pé uma vez, ela rosnou. Passei a segunda ela me mordeu. Mas me mordeu sério mesmo. Ficou a marca de um arranhão no lugar que ela mordeu. Felimente ela é vacinada e a raiva está erradicada ao que parece. Agora parei com a brincadeira pra sempre.
Ela já havia me mordido outras vezes, durante o banho, por exemplo, pra acabar logo e só pra brincadeira também. Mas nunca tinha ficado uma marca como ficou desta vez. Ela está sempre mordendo porque ela é uma raça de caça e presa. A Princesa é o alvo preferido dela. E está sempre farejando tudo também. Se eu abro uma lata de sardinha na cozinha ela fica se lambendo toda e desesperada pra ganhar um pedaço. Esses dias tive que repartir o meu filé de salmão com ela se não ela ia ficar dando gritinho a tarde toda. E ela é bem alimentada, com a ração mais cara do mercado.
Fico só imaginando se ela fosse colocada para pastorear ovelhas. Pobres pernas das ovelhas... O Daschund Miniature, vulgo Mini-Linguiça, é um cão que originalmente era usado para a caça do texugo. O nome dele significa 'cão para a caça do texugo'. Talvez porque o texugo cava túneis em baixo da terra e o linguiça se encaixa perfeitamente nestes túneis ele fosse usado para desentocá-lo. Alguém já viu um texugo? Eu nunca vi. Quem sabe em algum zoológico pelo mundo afora more uma família de texugos.
A outra surpresa que ela me fez foi hoje de manhã. Não dá pra crer que ela tenha aprendido sozinha sem ninguém ensinar claramente. Foi a primeira vez que ela trouxe o meu jornal inteirinho até a porta dos fundos sem comer um único cantinho dele. Da outra vez ela só tinha rasgado o plástico e agora nada. Uma perfeita 'mordoma'. E pensar que de alguns jornais eu perdi a capa e a contra-capa e mais algumas partes. Também não está mais carregando os tapetes de dentro da casa.
Ela deve ter agora, aproximadamente um aninho de idade. Eu não sei bem porque eu achei a coitadinha na rua quando vinha voltando pra casa um dia. Ela e o irmãos dela foram colocados ali para doação e só faltava ela. Eu não sabia que ela era de raça nem que era tão afetuosa como ela é. Na hora eu só pensei em atender a necessidade urgente de cuidado pela qual ela passava. Eu nem mesmo tinha a intenção de ficar com ela. Tinha tanta pulga que as minhas pernas coçavam à noite. Pulava pulga pra tudo que é lado. Foi uma 'guerra às pulgas', vencida com muito banho e troca de panos.
Quase me arrebentei para levar ela pra casa no braço, andando cerca de dois quilômetros, sem poder mudar de posição porque tinha uma bolsa na outra mão. Quando eu não aguentava mais largava ela um pouco no chão e deixava ela caminhar. Fiz isso logo que cheguei em casa para poder abrir o portão. Entrei, fui largar a minha bolsa e quando voltei cadê a Mocinha. Achei que eu a tinha perdido. Fui encontrá-la a uns 100 metros dali no meio de um matagal. Tomei ela nos braços de novo e prendi-a bem. Mas quando voltei pra procurá-la daí uma meia hora ela tinha sumido. Fiquei tão triste, me culpei achando que ela tinha fugido por baixo do portão. Mais tarde acharam ela na horta. Ai, foi um alívio.
Ela já virou mocinha de verdade agora, mas ainda é fã de um colinho. Acho que ela me conquistou, porque agora eu quero que ela vá comigo pra onde eu for e quero também que ela tenha um namorado 'linguiço' - eu já apresentei alguns pra ela - e me dê uma ninhada de linguicinhas pra que ela fique sempre na minha memória.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário