quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pura Euforia


Dei uma pesquisada hoje e encontrei letra e música do Bridal Chorus em alemão. Vou aprender já! Ópera é o céu! Aliás acho que vou entrar na aula de canto também já que eu me dei melhor no canto do que no piano. Eu era boa na técnica do piano, mas tinha problema ao enfrentar o público. Me afetava a concentração. No canto nunca me aconteceu isso. Já que eu gosto de estudar outras línguas posso unir o útil ao agradável. Fiquei sabendo essa semana que o meu ex violinista entrou na Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro. Fiquei muito feliz por ele. Se eu reencontrá-lo algum dia devo lhe felicitar muito por essa conquista. Ele sempre foi muito profissional e pontual nos compromissos dele. Só era um pouco sem-vergonha. Decerto é disso que o músico precisa pra enfrentar o público. Aí vai o link do coro a quem interessar:
Bridal Chorus

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

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Pra quem ainda não sabe agora eu tenho três cães: a Princesa, uma collie preto e branco linda, a Mocinha, uma linguiça preto e dourado linda e o Caramelo, um dogue alemão dourado, lindo. Ele é filho da Princesa com provavelmente o cachorro do Rabello, o vizinho da frente. Tem quase um ano. Ele está numa fase de choramingar e latir grosso ao mesmo tempo. Já tem tamanho adulto. É típico da raça crescer rápido. Porém só alcançará a maturidade por volta dos três anos. Até lá ele ainda fará provavelmente algumas macaquices. Para esta semana está previsto que as duas entrem no cio e então já tiramos ele do canil para evitar problemas. Ele está se acostumando com a nova vida. Choramingou um pouco no início com era de se esperar.

Outra novidade é que também adotei um gato. Sério! Tá rindo por quê? Meu gato é branquinho, lindo. Só que é um gato quieto que não gosta muito de interagir comigo. Ele não é do tipo que gosta de colo e cafuné. Não! É um gato guerreiro, do coração duro. Mas eu gosto dele mesmo assim.

A propósito, sou a mais nova sócia da Sogipa, já é a segunda vez que eu me associo. E, bem, uma rápida observação no local permite a um visitante antenado compreender que a Sogipa foi fundada por alemães. Tem até uma casinha enxaimel com coraçõezinhos nas janelas e letreiros góticos nas paredes. Entender alemão já é difícil, em gótico piorou. Também tem um brasão de uma família alemã. E tem o nome de um alemão escrito em letras prateadas bem na entrada do centro de eventos. Vinha pensando nisso tudo no caminho, em participar da Oktoberfest da Sogipa, etc. Depois desviei o pensamento para outros assuntos e, para meu espanto, quando pisei no centro esportivo o que eu vejo? Um time de volêi de adolescentes altos e magros de cabelos louros de Nova Petrópolis.

Há ainda outra evidência de que a Sogipa é um reduto de alemães em Porto Alegre. A paróquia luterana e o colégio Pastor Dohms ficam bem atrás da sede, com acesso pela saída dos fundos. Essa paróquia me lembra de um casamento, a que eu não compareci, mas aguardava do lado de fora, enquanto o meu ex-namorado violinista acompanhava a solista no Bridal Chorus from Lohengrin, que ela interpretava em alemão. Não resisti à tentação de acompanhar em inglês em alto e bom som, mas a minha alegria durou pouco porque logo logo fui abordada por um guardinha, que decerto imaginava que uma ex-namorada vingativa do noivo viera estragar a festa.

domingo, 9 de setembro de 2012

Mais André Willième


O Brasil é um país pobre em recursos naturais, quer seja nas águas, no mar, na terra ou debaixo da terra. Todas as terras devem ser corrigidas com calcário e adubadas; ademais estão cheias de pragas vegetais e animais. A fauna silvestre é praticamente inexistente. As vacas, a maioria zebus degenerados, são famélicas e produzem miseravelmente três litros de leite por dia, enquanto uma vaca da Normandia dá trinta litros, da melhor qualidade. As reservas minerais são de um custo de exploração elevadíssimo, enquanto outras regiões do planeta podem produzir os mesmos minerais com lucro a custo muito mais acessíveis. O material humano é desastroso, por falta total de educação; os salários são lamentáveis, mas não há meios de aumentá-los devido à instabilidade político-econômica. E a eterna inflação que nutre políticos e burocratas, todos perfeitamente inúteis. As crianças, que nascem sem nenhum controle, são ineducadas, subnutridas ou abandonadas (30 milhões). No entanto, uma reduzidíssima elite discute as qualidades de Paul Bocuse, comendo caviar a 2000 o quilo (contrabandeado). A verdade - que nunca é dita - é essa: o Brasil é um país pobre. Somos nós, as mulheres e homens, que devemos criar os recursos alimentares e aproveitar tudo da melhor maneira possível. Por isso escrevo esses textos que vão provavelmente ferir ou escandalizar os fanáticos patrióticos que, em geral, são completamente inconscientes em relação ao conjunto do único país chamado Terra, um planeta insignificante no Universo. Dei aqui as melhores receitas práticas e nutritivas que conheço, levando em conta a terrível situação econômica das pessoas que vivem nesse país.

Taí mais uma opinião - um tanto exagerada - do irreverente André Willième.

Bouillabaisse


Olhem só o que encontrei:

À bessa é o mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas. Rui Barbosa, que se demitira do cargo de ministro plenipotenciário, quando da negociação do Tratado de Petrópolis, por se opor às diretrizes de Rio Branco, aceitara advogar a causa do Amazonas e chegara inclusive, não só a propor ação judicial, mas ainda a apresentar no Senado Federal projeto que mandava incorporar o Acre àquele Estado. O advogado contrário, Gumercindo Bessa, apresentara argumentos tão esmagadores e tão numerosos em favor dos acreanos, que logo se tornou figura respeitada nos meios forenses. Conta-se que certa vez um cidadão procurou o Presidente Rodrigues Alves pra pleitear determinados favores e com tal eloquência expôs suas idéias que o ilustre estadista teria observado: - O senhor tem argumentos à Bessa... Com o tempo a maiúscula de Bessa desapareceu. Entre os autores que registram essa origem da popular expressão se destacam Rodrigues de Carvalho, na "Revista Nova", nº 6 de abril de 1932, e Aires da Mata Machado Filho, no livro "Escrever Certo", 1ª série. Fonte: Dicionário Brasileiro de Provérbios, Locuções e Ditos Curiosos - R. Magalhães Júnior.

A origem da palavra bouillabasse é muito obscura e existem várias versões: "bouille à besse" (ferve à beça) parece uma idéia válida, já que o português é uma língua oriunda do provençal que foi misturada com o espanhol, e que o "à beça" continuou no português; foi também dito que os pescadores da região de Marselha fazem ferver (bouillir, em francês) o prato abaissés, isto é, de cócoras ou ajoelhados nas praias, em cima de pedras; se falou também que uma abbesse, abadessa em português, tinha inventado o prato, que seria o "ferve freira"; em provençal bouille pesce quer dizer sopa de peixes, se fala também de um sujeito imaginário, chamado Baysse. Fonte: Das Águas Brasileiras - André Willième.