terça-feira, 27 de novembro de 2012
Euclides sem Lágrimas
Encontrei num livro de Matemática uma breve história da literatura matemática e da literatura em geral, ou do que restou dela. Aí está o resumo: ...Até cerca de 2000 a.C muito pouco se fez no sentido de inventar princípios gerais relativos à contagem e medição das coisas (foi por onde a matemática começou). A literatura matemática ainda não existia. O traçado na areia continuou a ser, por séculos e séculos, o único método resolutivo dos problemas geométricos... Os métodos pelos quais os homens fizeram as primeiras construções geométricas, com o auxílio de cordas e cavilhas, fio de prumo e nível d'água, são bem mais notáveis que os livros sobre eles escritos (a arquitetura é a geometria das construções).
Aos chineses cabe a glória de terem sido os primeiros a lançar as bases de uma literatura de grandezas. Meio milênio antes do gregos, eles já haviam descoberto regras gerais importantíssimas relativas às figuras. Também sobre os números descobriram muitas coisas interessantes misturadas, porém, com boa dose de bobagens. Lamentavelmente apenas uma parcela de seus conhecimentos chegou até nós. O resto se perdeu. Como as duas bibliotecas de Alexandria, as primitivas bibliotecas chinesas foram incendiadas. Esta calamidade não foi obra da guerra. O incêndio foi propositado tal como a destruição da cultura alemã pelo chanceler Hitler. Ordenou-o um imperador que acreditava, como Bernard Shaw, que os homens haveriam de escrever melhor se lessem um pouco menos.
Enquanto os chineses escreviam seus primeiros livros de matemática, o continente grego era invadido por certas tribos nômades provindas do norte. Esses invasores arianos eram originários de desoladas estepes, de raras noites estreladas. Não conheciam a arte de escrever. Ignoravam as artes da construção e do comércio. Não dispunham de pesos e medidas. Só o que sabiam era assolar as costas da Ásia Menor, onde fundaram pequeninos reinos como a Lídia, insignificantes cidades-estado, como Mileto, bem no extremo da grande cadeia de portos comerciais fundados pelos maiores comerciantes e navegadores da antiguidade....
Foi por intermédio dos fenícios-semitas que o homem nórdico contraiu a sua primeira dívida para com os judeus. Dívida esta, de aluno para com professor. Com eles aprendeu a ler, a escrever, a contar.
continua
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