domingo, 28 de setembro de 2014
Branca de Neve 2ª parte
O caçador, obedecendo, encaminhou-se para o bosque com a menina. Mas, quando já ia cravar a faca no coração inocente da criança, esta começou a suplicar chorando:
Tem dó de mim, bom caçador, deixa-me viver... Ficarei no bosque e nunca mais voltarei ao palácio.
E, como era tão formosa, o caçador comoveu-se e disse-lhe:
Vai-te, pobrezinha! -E pensou: "As feras não tardarão a devorar-te!"
Sentiu-se, no entanto, aliviado por não matá-la.
Naquele momento passava por ali um veadinho, e o caçador, então, matou-o. Tirou-lhe o coração e o fígado e os levou à rainha como prova de haver cumprido sua ordem. A perversa mulher entregou-os ao cozinheiro para que os preparasse e depois os devorou, pensando que eram o coração e o fígado de Branca de Neve.
Nesse meio tempo, a pobre menina estava sozinha na imensa floresta. Sentia tanto medo que se sobressaltava ao menor movimento nas folhas das árvores, sem saber o que fazer. Saiu correndo por entre espinhos e pedras pontiagudas. Os animais selvagens passavam, saltando, a seu lado, mas não lhe faziam mal nenhum. Continuou correndo enquanto seus pés podiam carregá-la, até que o sol se escondeu. Viu, então, uma casinha e nela entrou para descansar.
Tudo ali era diminuto, mas tão caprichado e limpinho que não há palavras que possam descrever aquele primor.
Descontos de Grimm IV
Branca de Neve
Em um dia de inverno rigoroso, flocos de neve caíam do céu como plumas brancas. Uma rainha achava-se cosendo junto ao rebordo de ébano da janela. Enquanto cosia, olhando para os flocos, aconteceu espetar a agulha em um dos dedos e três gotas de sangue pingaram sobre a neve. E, como o vermelho do sangue se destacava, vivamente, sobre o fundo branco, ela pensou: "Ah, se eu tivesse uma filha, branca como a neve, corada como o sangue e de cabelos negros como o ébano desta janela..."
Pouco tempo depois, nasceu uma menina que era branca como a neve, de faces coradas como o sangue e cabelo negro como a madeira de ébano. Por isso lhe puseram o nome de Branca de Neve. Mas, ao nascer a filha, a rainha morreu.
Um ano depois o rei tornou a casar-se. A nova rainha era muito linda, mas orgulhosa e petulante e não suportava que alguém a superasse em beleza. Tinha um espelho mágico e, cada vez que se olhava nele, perguntava:
-Espelhinho, dize-me uma coisa: Que neste país, é a mais formosa?
E o espelho respondia:
-Senhora rainha, vós sois a mais formosa em todo o país.
A rainha ficava satisfeita, pois sabia que o espelho falava sempre a verdade.
Enquanto isso, Branca de Neve foi crescendo e se tornando cada vez mais linda. Quando completou sete anos, era tão bela como a luz do sol, e muito mais que a própria rainha. Esta, certo dia, perguntou ao espelho:
-Espelhinho, dize-me uma coisa: Que neste país, é a mais formosa?
Respondeu-lhe o espelho:
-Senhora rainha, vós sois como uma estrela. Mas Branca de Neve é mil vezes mais bela!
A rainha empalideceu de inveja e, desde aquele dia, cada vez que via Branca de Neve, sentia o coração apertar dentro do peito, tanto era o ódio que sentia contra a menina. E a inveja e o orgulho, como ervas daninhas, cresceram cada vez mais em sua alma, não lhe dando sossego dia e noite.
Certa ocasião, chamou um caçador e lhe disse:
-Leva esta menina à floresta, porque eu não posso mais vê-la. Deverás matá-la e, como prova de teres cumprido minha ordem, traze-me o seu coração e o seu fígado.
sábado, 6 de setembro de 2014
Perguntas para Reflexão
1)Chamar uma pessoa muito branca de lagartixa é considerado injúria racial?
2)Se sim, qual é a pena? Dez veraneios sem ir à praia serve?
3)Se não então as lagartixas vão continuar ligando a mínima pra o apelido?
4)Será que esses turistas que pensam que o Brasil é um país de macacos e bananas sabem que no Brasil também há lagartixas?
5)Será que eles leram O Diário de um Banana?
6)Será que eles sabem que lagartixas comem mosquitos?
7)Alguém aí se dispõe a escrever O Diário de um Mosquito?
8)Será que as lagartixas são nativas do Brasil ou são importadas?
9)Segundo a teoria de Darwin pode-se afirmar que o macaco evoluiu da lagartixa?
10)Se sim então o Planeta dos Macacos é mais evoluído economicamente que a Europa?
11)Se não então pode-se afirmar que a lagartixa degenerou do macaco?
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
A Bela Adormecida 2ª parte
Até que um dia decidiram consultar um sábio ainda relutantes, mas foram. Este aconselhou que chamassem todos os príncipes do reino e mandassem que eles beijassem a princesa. Ela os veria como num sonho e quando ela se apaixonasse por um deles acordaria. A sugestão do sábio pareceu magnífica aos olhos do rei e da rainha. Então, mandaram vir todos os príncipes do reino, um por um. Mas, depois de virem cem nada tinha acontecido de extraordinário. E só havia mais um, que jazia adormecido há muitos anos segundo o relato do sábio.
Ele lhes contou a lenda do Belo Adormecido do Bosque. Ele disse a eles que esperassem o príncipe acordar para chamá-lo ao seu reinado. Mas, o rei e a rainha sabiam que o sábio conhecia uma solução mais rápida, então ofereceram-lhe muito ouro e pedras preciosas, para que ele resolvesse logo o caso. O sábio pediu licença e invocou a décima-terceira fada, a que havia amaldiçoado o príncipe. Logo o sábio voltou e ordenou ao rei e à rainha que organizassem uma festa em honra à décima-terceira fada e o príncipe então acordaria do seu sono. Tudo transcorreu como o sábio dissera: o rei e a rainha fizeram uma festa em honra à décima-terceira fada, o príncipe acordou e veio ao encontro da Bela Adormecida do Bosque, ele beijou-a e no mesmo instante ela abriu os olhos. Os dois então se casaram, sob a benção das 13 fadas, e viveram felizes para sempre.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Descontos de Grimm III
A Bela Adormecida
Viviam, há muitos anos, um rei e uma rainha que todos os dias se lamentavam:
-Ah, se tivéssemos um filho!
Mas nunca eram atendidos. Certo dia em que a rainha estava tomando banho no rio, um sapo saltou das águas e lhe disse:
-Teu desejo será satisfeito; antes de um ano darás à luz uma filha.
E aconteceu o que o sapo anunciara; a rainha teve uma menina tão linda que o rei não cabia em si de alegria e organizou uma grande festa. Convidou não só seus parentes, amigos e conhecidos, mas também as fadas, para que elas abençoassem a criança. Havia no seu reino 13 fadas e, como o monarca só tinha doze pratos de ouro para servi-las no banquete, não teve outro remédio senão deixar uma dela sem convite.
A festa celebrou-se com todo o esplendor e, quando terminou, cada uma das fadas concedeu à menina um dos seus dons maravilhosos. A primeira lhe presenteou a virtude; a segunda, a beleza; a terceira, a fortuna e, assim, sucessivamente, dotaram-na de tudo quanto se possa desejar neste mundo. Quando onze fadas haviam pronunciado suas graças, apresentou-se, de repente, a décima-terceira que, desejando vingar-se por não haver sido convidada para a festa, exclamou, sem olhar para ninguém:
-Quando a princesa completar quinze anos será atingida por uma flecha e cairá morta.
Todos os presentes ficaram apavorados. Restava, porém, a décima-segunda fada, que ainda não havia expressado o seu desejo. Embora não tivesse poderes para anular a sentença fatal, pôde atenuá-la. Adiantando-se pois, disse:
-A princesa não morrerá, mas vai cair num sono que durará cem anos!
Enquanto isso, os dons concedidos pelas boas fadas foram se manifestando na menina. Ela tornou-se linda, modesta, amável e ajuizada, fazendo com que todos a estimassem.
No dia em que completou quinze anos aconteceu que o rei organizou um desfile para mostrar sua filha aos seus súditos. Então saíram na carruagem real, o rei, a rainha e a princesa. Logo atrás vinha outra carruagem com a guarda real. Imaginem vocês o que aconteceu: um rapaz chegou muito perto da moça e a guarda preparou-se para flechá-lo. No entanto, o atrevido moveu-se com tamanha rapidez que deixou o caminho livre para a flecha e esta acertou a moça. Acertou justo no dedo. Mal, porém, foi atingida, realizou-se a maldição. No mesmo instante, caiu sem sentidos sobre o banco da carruagem adormecendo profundamente. Contudo, o rei e a rainha ficaram acordados e construíram um túmulo de vidro para que a sua filha ali repousasse em paz. Eles iam todo dia ao túmulo e choravam.
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