domingo, 28 de setembro de 2014

Branca de Neve 2ª parte



O caçador, obedecendo, encaminhou-se para o bosque com a menina. Mas, quando já ia cravar a faca no coração inocente da criança, esta começou a suplicar chorando:

Tem dó de mim, bom caçador, deixa-me viver... Ficarei no bosque e nunca mais voltarei ao palácio.

E, como era tão formosa, o caçador comoveu-se e disse-lhe:

Vai-te, pobrezinha! -E pensou: "As feras não tardarão a devorar-te!"

Sentiu-se, no entanto, aliviado por não matá-la.

Naquele momento passava por ali um veadinho, e o caçador, então, matou-o. Tirou-lhe o coração e o fígado e os levou à rainha como prova de haver cumprido sua ordem. A perversa mulher entregou-os ao cozinheiro para que os preparasse e depois os devorou, pensando que eram o coração e o fígado de Branca de Neve.

Nesse meio tempo, a pobre menina estava sozinha na imensa floresta. Sentia tanto medo que se sobressaltava ao menor movimento nas folhas das árvores, sem saber o que fazer. Saiu correndo por entre espinhos e pedras pontiagudas. Os animais selvagens passavam, saltando, a seu lado, mas não lhe faziam mal nenhum. Continuou correndo enquanto seus pés podiam carregá-la, até que o sol se escondeu. Viu, então, uma casinha e nela entrou para descansar.

Tudo ali era diminuto, mas tão caprichado e limpinho que não há palavras que possam descrever aquele primor.



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