Novidades

Desde que pisei por aqui - Campus do Vale - este semestre estive captando as novidades e uma que me chamou a atenção foi um biotério batizado de Centro de Reprodução e Experimentação de Animais de Laboratório. A placa inaugural afirma que foi inaugurado na gestão do último reitor: Hennemann.
As espécies de maior demanda no Brasil são: ratos e camundongos. Outros modelos solicitados são : hamster, cobaio, coelho , cão e primata não humano.
A primeira coisa que pensei foi no horror que os protetores de animais devem ter dessas atividades "monstruosas". Eles só não se preocupam mais em panfletar contra esse "biólogos e bioquímicos assassinos" porque a morte de animais de laboratório não representa nada comparado àquela para consumo humano.
Realmente o Campus do Vale está crescendo em infra-estrutura e isso é bom, discussões à parte.
Outra edificação que já recebeu apoio foi a do projeto antartica. O glaceólogo Jefferson Cardia Simões é o "cabeça" desta pesquisa. Voltou a pouco com a equipe da sua última expedição: 1ª Travessia Antártica Brasileira.
Conversei com a mulher dele, acidentalmente, na lojinha da Ufrgs - ao lado dos Correios - e fiquei sabendo alguma coisa interessante, que deve ter no site também. Por exemplo, que o material que veio da Antártica - cilindros de gelo - já está em análise no EUA. E a pesquisa busca reponder à perguntas do tipo:
- Existe de fato um aquecimento global?
- Por que motivo o nosso mar esteve tão frio este ano?
- Qual a história do nosso clima?
Para entender imagine um corte do gelo. Várias camadas sobrepostas das neves de anos sucessivos. Se um ano foi frio, a camada de neve é mais espessa. Se foi quente, mais fina. Se houve algum desastre ambiental a neve apresenta fuligem tóxica.
Desta maneira estuda-se a história do clima e faz-se previsões sobre o futuro. Quanto ao nosso mar gélido leva-se em conta que as correntes marítimas que por aqui passam vem todas da Antártica.
Então em breve o Prof. Jefferson vai poder analisar o gelo por aqui mesmo. Em uma câmara fria a 20 graus negativos. Ui! Prefiro quebrar a cabeça com os teoremas. No quentinho do nosso verão.