terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Teia de Aranha IX

Finalmente a conslusão do último episódio da teia de aranha:

Nas suas pesquisas noturnas o detetive Besouro-de-Chifre encontra um fóssil de vaca no sítio... é uma subespécie denominada 'vacuum leiterum'. Ao fazer exames de laboratório ele confirma a presença de uma substância: o bálsamo das missões. Então ele liga os fatos: foi depois da passagem dos missionários que as aranhas desapareceram. Foi assim: as vacas foram convidadas para culto ecumênico. Anúnciaram na rádio: Sexteto de vacas apresentando esta noite!

Após alguns instantes de reflexão o detetive descobriu: - "Aha! Os missionários deram o bálsamo das missões para as vacas catequisadas. Nos dias que se seguiram, as aranhas picaram as vacas e então... Mas que intrigante! O bálsamo das missões não era uma panacéia? Não era para ter feito milagres com a saúde das aranhas? E também com a das vacas? Para quê afinal os missionários deram isso para as vacas?" Intrigado ele fica a refletir de novo. - "Porventura seria usado como pílula anticoncepcional? Sim, para fazer com que as vacas ficassem castas! Meu Deus! Os missionários trabalham para o concorrente!"

"Sendo assim as aranhas ficaram estéreis, e foram aos poucos se extinguindo. Mas, as aranhas sobreviventes poderiam ter simplesmente desistido da carne de vaca e se tornado vegetarianas."

Qual não foi a surpresa do detetive ao inspecionar a horta! As aranhas tinham se mudado para lá.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Frutos da Feira do Livro

Fazia um tempinho que eu estava tentando terminar um ensaio, faltava só o arremate. Foi depois de uma circulada pela Feira do Livro da capital que eu consegui dar a laçada final. Vou expor os argumentos:

Primeiro: A visão cabalística judaica da fábula da cigarra e da formiga de La Fontaine é a seguinte: a cigarra folga demais é certo, mas a formiga trabalha demais. Esta reflexão foi tirada de um livro do Rabino Nilton Bonder. O mais irônico de tudo isso é que La Fontaine nasceu em berço de ouro e nunca precisou trabalhar para se sustentar. Procure em qualquer enciclopédia.

Segundo: Jesus também faz uso dos seus conhecimentos de cabala judaica quando ele diz: Marta, Marta estás ansiosa e afatigada com muitas coisas; mas uma só é necessária, e Maria escolheu a parte boa, a qual não lhe será tirada.


Terceiro: Essa tirei de um livro de um sexólogo alemão: O europeu é o antípoda do hindu. Ele é o ser faustoso que procura dominar não a si mesmo mas o mundo, que luta não por repouso mas por movimento, não pela renúncia mas pelo gozo e pelo trabalho.

A civilização que produziu os sacerdotes hindus e o ioga foi aquela que deixou os textos sagrados conhecidos como Vedas. Estes escritos pregam a doutrina da renúncia ao mundo e do domínio de si próprio. Ensinam ser a vida um nada, todo acontecimento uma ilusão, todo prazer amargo no fundo e mandam o homem procurar sua felicidade na abstenção de todo gozo corporal, no domínio de toda paixão e na ensimesmação. Sob esta filosofia de vida encontra-se em certas cidades hindus faquires sentados em permanente estado imóvel sobre colunas ao sol causticante, de braços erguidos para o céu ou esquecidos do mundo imersos na contemplação do seu umbigo...

Quarto: Faltava um toque de ironia, pra não ficar tão sisudo este ensaio. Encontrei-o em um livrinho sobre ocultismo da Ediouro na Feira do Livro. Não é mais publicado, estava nos saldos. Diz lá:
A forma mais reivindicada de exercício mágico é o Abramelin, conhecimento contido no Livro da Mágica Sagrada de Abramelin, o Mago. De acordo com as normas do Abramelin, para conseguir poderes mágicos é necessário submeter-se a um longo processo de purificação da alma, eliminando os desejos carnais, mesquinharias e esperanças de lucro. O grande detalhe observado é que, depois de eliminar seus desejos carnais e esperanças de lucro, o adepto não saberá para que servirão os seus poderes mágicos recém descobertos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O cão pode aprender as palavras?



Bem, visto que o Vitalino desapareceu para a Itália com o texto para proficiência, que ele tinha se "comprometido" a traduzir para mim, tive que traduzí-lo eu mesma, com um pouco de esforço. E posso dizer que gostei da experiência. O tema do texto é a fofura da foto:



Sempre o cão foi definido como o melhor amigo do homem: isto não apenas porque nos ligamos a ele e ele se liga a nós de um ponto de vista afetivo, mas também porque é capaz de compreender, à diferença de seu progenitor (o lobo), os nosso gestos, e é capaz de comunicar-se conosco intencionalmente. De fato, ainda que linguagem feita de palavras não faça parte da sua modalidade comunicativa é capaz, como outras espécies de mamíferos (chipanzé e golfinho), de aprender que as coisas tem um nome e de administrar um vocabulário de mais de 200 palavras.

É o caso de Rico, um border collie que vive com os seus proprietários na Alemanha. Rico conhece o nome de mais de 200 objetos, entre os quais jogos para crianças e bolas, e é capaz de trazê-los ao mestre sob pedido. Quando Rico tinha 10 meses os proprietários lhe ensinaram a reconhecer objetos deste modo: eram colocados sobre o piso três diferentes objetos e lhe era pedido para tomar um em particular. Se Rico escolhesse o certo era premiado com comida ou com o brinquedo.

Deste modo Rico aumentou gradualmente o seu conhecimento dos objetos: normalmente os proprietários introduziam um novo objeto repetindo o nome 2 ou 3 vezes; depois do que Rico podia brincar com o novo objeto e este era inserido na "coleção" dos outros objetos.

Em 1994 Rico foi levado ao Max-Planck, Centro de Pesquisas em Psicologia Evolutiva e Comparada da Alemanha. Aí lhe foi feita uma série de testes cognitivos, cujos resultados confirmaram o fato de que Rico conhece o nome de mais de 200 objetos e que é capaz de aprender o nome de novo e recordá-lo por uma semana.

De fato, quando os pesquisadores inseriram um novo objeto entre aqueles familiares a ele, e pediram para recuperá-lo utilizando uma palavra que ele não tinha nunca ouvido antes, Rico foi pegar o novo brinquedo. Quatro semanas mais tarde Rico tinha efetivamente integrado a palavra em seu vocabulário. Parece que Rico aprende o nome dos novos objetos como fazem as crianças mediante aquilo que os cientistas definem "mapeamento rápido". As crianças e Rico são capazes de inferir qual é o objeto solicitado porque, entre aqueles que têm à disposição, é o único que não conhecem.

O fato de que Rico seja um cão crescido em casa, adestrado pelos proprietários e não pelos especialistas faz supor que, à parte a capacidade sugestiva da espécie e a sua predisposição ao aprendizado, qualquer cão tem potencialmente a capacidade de compreender a palavra humana e, se usada tanto quanto pela criança, pode tornar-se como Rico.


Creio que consegui tirar uma nota boa nesta tradução, o Vitalino me daria 99 com certeza. Uma observação que cabe aqui: o border collie é das raças mais fáceis de adestrar. É o que se denomina um 'cão inteligente', e isto significa que ele não é teimoso e que é submisso. Outro ponto: os alemães são técnicos até no relacionamento com os cães, que coisa!


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Enfim as fotos!











Bem, como prometido estou postando as fotos da Mocinha e da Princesa, bem como da nova moradia delas. Elas estão gostando bastante.


A Mocinha já está mais 'madura' agora, não chora mais tanto. Ela está no cio e tem que ficar presa quando saio pois senão a cachorrada da vizinhança pula a cerca atrás dela. Ela come banana com aveia todas as manhãs para ficar bem forte e viver muitos anos comigo. Aqui todos tem muito ciúmes delas duas porque elas são as minhas pupilas.

A casinha eu mesma que construí, com restos de material de construção. Dizem que fazer uma atividade diferente desenvolve o 'outro lado do cérebro'. Mas, ainda não é a casinha dos sonhos. Um dia, elas vão ter uma casinha com aquecimento para não passarem frio, especialmente a Mocinha, no inverno.

Elas passeiam em todos os dias ensolarados na 'floresta', que fica para além do portão lateral da casa. Correm muito e a Mocinha carrega os sapatos na boca pelo quintal afora, se houver algum dando sopa.

Ando pesquisando coisas superinteressantes e volto em breve para dar mais notícias.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ela de novo

Tirei umas breves fériazinhas e estou voltando pra falar de novo da Mocinha. Tudo aconteceu numa dia ensolarado... Acontece que eu inventei de tirar as medidas dela - tórax e cumprimento - para comprar uma roupinha. Tem feito bastante frio de renguear cusco. E, ela não tem aqueeeeeele cobertor igual ao da Princesa. Resultado: 50 cm de tórax e também de cumprimento. No momento exato em que fui medidar o tórax ela estava roendo osso, fez cara feia e me mordeu. Claro, que não é aqueeeeeeela mordida, é malemal um arranhão na pele. O problema é a cara feia que ela faz e a rapidez com que ela ataca. Assusta qualquer um!

Bem, esse evento todo, teve algumas consequências. Primeira: descobri que ela é da 'marca' Daschund Standard, e não Miniature como tinha escrito da outra vez. Ela não havia completado nem um ano ainda e eu acreditava que ela já tinha atingido o tamanho adulto. A gente descobre pela cirnunferência do tórax e não pelo peso. Acima de 35cm é Standard.

Segunda: mal vesti a roupinha, ela pôs-se a roer o tecido e o pior, a Princesa, não gostou muito, ficou agressiva com ela, e as duas brigaram mais do que de costume, nem ao menos dormiram juntas na mesma casinha como fazem geralmente. Felizmente, no outro dia já fizeram as pazes. Ah, me esqueci de contar que agora as duas tem canil e casinha de concreto beeeem grande. É uma suíte, tem um banheiro também, elas só fazem as necessidades ali. E tem, também, a antiga casinha de madeira tamanho P da Mocinha, que abriga ora uma ora outra, a Princesa fica um tanto entalada lá dentro.

Eu gosto de conviver com os animais, comecei a entender melhor as pessoas desde então. Muitas ações mal-compreendidas resultam dos instintos básicos de sobrevivência, gregário e de reprodução, que no animal são bastante evidentes e geralmente bastante tolerados também. E os humanóides exageram um pouco o instinto moral, coisa que só existe neles.

Só por curiosidade andei lendo mais sobre o Daschund e encontrei algumas observações notáveis e indispensáveis ao bom convívio com esta raça. Ela foi fabricada por caçadores alemães que buscavam um cão ágil, resistente e pequeno o bastante para entrar em tocas de texugos, lebres e coelhos. O resultado foram nove diferentes padrões.


Quando foram desenvolvidos nos séculos 18 e 19, os alemães procuravam uma raça capaz de cavar rapidamente os buracos na terra em busca da caça. Os cães deveriam ser corajosos, persistentes, agressivos para com as suas presas e resistentes o suficiente para lutar até a morte com texugos entocados e encurralados. Embora seja mundialmente apreciados como cão de companhia, exceto na Alemanha e Inglaterra onde ainda é usado para caçar, todas as características físicas do Dachshund comprovam sua verdadeira vocação: perseguir e atacar animais que se escondem na terra. Basta olhar o corpo longo, as patas curtas mas extremamente musculosas, as unhas fortes, dentes afiados, maxilares poderosos, e o espírito admiravelmente alerta, combativo e destemido para ver do que estes pequenos cães seriam capazes ao encurralar suas vítimas.

Se, no início, o Dachshund era um valente e destemido caçador, hoje deixou, em grande parte, de lado suas antigas atividades e transformou-se num animal de companhia. Inteligente, esperto e bastante brincalhão, o Dachshund é também um excelente cão de vigia. Sempre atento, ao menor sinal de aproximação de estranhos late bastante. É um excelente companheiro para crianças e brinca mesmo depois de velho. Convive de forma tranqüila com outros animais e com outros cães mas não foge de uma briga caso seja provocado. Outra característica importante da raça é sua independência, o que lhe valeu uma (talvez) injusta fama de desobediente. Na convivência em família ele é um excelente companheiro, gosta e respeita a todos, mas dedica-se a apenas uma pessoa que elege como dono.


Agora, acredite se quiser: uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, deu ao Dachshund, o título de “Cachorro mais feroz do mundo”. A pesquisa apontou que um em cada 12 Dachshunds atacaram seus donos e entrou na publicação científica Applied Animal Behavior Science. Foram pesquisados 30 raças e 6 mil donos. Veja Reportagem publicada pela Revista da Folha em 20 de julho de 2008. Na minha opinião, o Daschund pode ser sim o “Cachorro mais feroz do mundo”, no sentido de que é o cão que ataca o dono com mais frequência. Mas o ataque dele tem mais o tom de reclamação do que de fúria. Acredito que o verdadeiro objetivo desta pequisa seja o de defender certas feras que andam soltas nos quintais do vizinhos...

Veja a opoinião de outro blogueiro:
Quem pensava logo em Pitt bull como a raça mais feroz, engana-se. Não estamos falando de poder de destruição. hehehe... Mas eu nunca vi um Dachshund feroz. Só correndo, pulando e brincando feito louco. Não sei de onde eles tiraram essa pesquisa. Deve ser mais uma daquelas pesquisas furadas que alguns antas teimam em chamar de “ciência”.

Fico, devendo as fotos do "pessoal" e da "suíte", tirei algumas já, mas não consegui ainda clicar daqueeeele ângulo... Infelizmente, não pude incluir, por falta de espaço, muitas anotações engraçadas sobre o Daschund, de criadores profissionais. Tudo que li a respeito é bem verdade! Quem quiser conhecer mais o "alemãozinho de perna curta", que vá atrás.
















segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Que é globalização ?




Continuando com a série de provas para proficiência e línguas encontrei outro texto sobre globalização desta vez no espanhol. É de autoria de Oscar Barahona. Achei bastante idealista, mas vai lá:


O conceito globalização tem sido mal entendido e destorcido, às vezes intencionalmente. Não se trata de facilitar os negócios de um banqueiro nova-iorquino com outro de Singapura, como se tem dito. Muito menos é fortalecer a empresa de grande porte e internacionalizá-la com o único proveito de seus donos, nem de propiciar um livre comércio entre países que favoreça somente os grandes e no qual se pratiquem impunemente a “lei do funil” ou a “lei da selva”. Seguir por esse caminho equivocado seguirá fomentando a violencia e impedirá o progresso que requer a humanidade, como um todo e em todas as ordens. Por isso o conceito “globalização” deve ser clarificado e reorientado para que gradualmente se alcance o objetivo de todo processo de desenvolvimento econômico e social: cristianizar a economia e fortalecer o ser humano em todo o mundo. Isto significa que não é conveniente seguir aumentando o poder do Estado que, embora é necessario que exista, é preciso eliminar-lhe as restrições indevidas e prejudiciais para o ser humano.

A globalização tem um objetivo cardinal: a paz interna de cada país e, consequentemente, a paz internacional permanente. Não haverá paz enquanto imperem injustiças. É indispensável que os governantes enfatizem mais o combate à pobreza extrema, às desigualdades sociais e, além disso, que haja um grande esforço em proteger e desenvolver vigorosamente o setor campeiro e o homem do campo. Esse e outros desequilíbrios internos preocupam e devem ser eliminados logo e com firmeza para bem de todos os habitantes de cada país. A globalização, por suposto, também envolve abolir as fronteiras físicas e universalizar o respeito às tradições e às características de cada nação.

La Nación 19/09/2001








sábado, 16 de julho de 2011

Sobre globalização e sobre culturas




Nos póximos posts pretendo partilhar com o leitor algumas provas de proficiência em inglês. Nessa migração do francês para o inglês, tem tudo a ver falar um pouquinho sobre o Canadá, que é o único país que tem os dois idiomas como oficiais. Estava pesquisando algo num tempo de folga quando encontrei uma referência à origem do nome Canadá: O nome parece vir de kanata - grupo de tendas - em iroquês. Há quem julgue que venha de cant'ata, que em algonquim significa 'bem vindo seja'. É possível também que descubra a decepção de espanhóis, que, vendo as terras glaciais, teriam exclamado 'aca nada'. No que teriam se enganado, pois há muita riqueza no Canadá. E agora o texto 1:

Embora a palavra globalização sugira um processo compreensivo e óbvio, é um termo incompleto. Não indica precisamente o que está sendo globalizado: a suposição é que significa a emergência de uma única economia mundial, à qual todas economias devem integrar-se, ou mais acuradamente, ser integradas, na voz passiva. Acadêmicos dos EUA descrevem globalização como a confrontação entre civilização global e culturas locais. Uma razão para o sentido de incompletude na palavra globalização talvez esteja na sua origem: a palavra globalização é uma contração eufemística de civilização global; e que é como ela é promovida.

É ingênuo assumir que economia, sociedade e cultura operam em esferas separadas. Na verdade, a maneira na qual entidades geográficas são agora designadas mostra a crescente porosidade destas noções. Uma economia avançada, uma nação industrializada, uma economia madura são confrontados com um país em desenvolvimento, um mercado emergente, uma sociedade libertária. Os termos quase podem ser trocados. Isto sugere que, uma vez exposta à globalização imperativa, nenhum aspecto de vida social, prática habitual, comportamento tradicional permanecerá o mesmo.

Tem havido, de modo geral, duas reações principais no mundo, que podemos chamar de ‘os fatalistas’ e ‘os resistentes’. É significante que entre os mais fatalistas tem estado os líderes do G-7. O ex-presidente Clinton disse que globalização é um fato e não uma escolha política. Toni Blair disse que é inevitável e irreversível. Pode ser considerado paradoxal que os líderes das mais dinâmicas e expansivas economias do mundo apresentem uma visão tão passiva e desafiadora daquilo que são, afinal, arranjos feitos por homens. Estes estão entre os regimes mais ricos e mais proativos, os quais podem travar guerra sem fim contra a grande abstração que é o terror dos regimes caídos e declarar uma lei comercial mundial para os pobres e outra para eles mesmos.

É o seu desamparo na presença destas poderosas potências culturais e econômicas meramente pretexto? Estes são dois aspectos de resistência. Um é a reafirmação das identidades locais – mesmo se local de fato significa espalhado sobre partes muito grandes do mundo.

A reclamação local é frequentemente focada no campo da cultura – música, canto, dança, artesanato e folclore. Isto sugere uma tentativa de quarentena dos efeitos da integração econômica; um tipo de cordão sanitário construído em torno de uma cultura minguante. Algumas pessoas acreditam que é possível conseguir o melhor de ambos mundos – elas aceitam as vantagens econômicas da globalização e buscam manter algo de grande valor: língua, tradição e costume. Esta é a reação relativamente benigna.

A outra tem tornado-se muito familiar: a violenta reação, o ódio de ambos globalização econômica e cultural as quais muitos nem meramente percebem, mas sentem no mais íntimo de seu ser, como uma inseparável violação da identidade. O ressentimento de muitos muçulmanos ( não só extremistas) com relação aos Estados Unidos e Israel, a postura defensiva do fundamentalismo hindu, oposta tanto ao Islã quanto ao Cristianismo, são as mais vívidas dramatizações disto.







quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dia de Vitória



Hoje é um dia de vitória, fiquei sabendo que eu passei na proficiência pra francês. E não só passei, mas fui uma das primeiras a entregar a prova. Não fui só eu que levei dois dicionários, teve até quem levasse três. Não pense em um dicionário de bolso, pense em uma enciclopédia. É. Fica aí uma dica pra quem ainda vai fazer a prova e não quer se matricular em um curso regular. Comece fazendo aulas de proficiência na Ufrgs, são dois semestres. Depois pegue um livro de introdução à leitura do francês e estude-o todinho, leia texto por texto. Mas não precisa fazer listas de vocabulário, isso pega com o tempo. Depois compre uma gramática, ou pegue na estante de casa, se tiver a sorte de ter uma. E também uma tabela de conjugação de verbos, é indispensável, mesmo que o seu dicionário-enciclopédia, tenha uma. Elas nunca são completas. Você vai precisar de um bom dicionário francês-francês e de um francês-português.

Pra completar retire uns livros de aprendizagem do francês, na biblioteca de Letras e leia pelo menos um. Na verdade não é pra ler, é pra estudar, nem que leve meia hora pra completar uma simples página. São extratos da literatura francesa tipo Le Comnte de Mont-Cristo, Le Rouge et Le Noir, e outros. Quando você estiver na maior empolgação chegará a data da prova! Pode ler o Le Monde Dipomatique também, tem na biblioteca e na livraria.

Ah, e é indispensável estudar pelo menos umas três provas de semestres anteriores pra saber qual é o tipo de pergunta que eles fazem. Não tem pergunta do tipo maldosa, creia-me, só tem uns textos que exigem muito do vocabulário. Então reze pra não cair um destes. Ainda assim, se cair, não leia todo o texto, leia primeiro as perguntas e, então o trecho necessário para respondê-las. Quanto a mim, acho que minhas orações foram atendidas porque os textos eram de um assunto que me é familiar. Portanto não tive a menor dificuldade com o vocabulário. Anotei alguma coisa depois que saí da prova e faço questão de passar em frente.

O texto 1 'Como vai a matemática?' trata da condição atual da matemática na França. Fala da interação cada vez maior entre os diferentes domínios da matemática e entre esta e as demais disciplinas, particularmente a física ..."As expectativas mais vivas estão na interface da matemática com as demais áreas do conhecimento". No entanto ..."é ingênuo imaginar que tudo se reduzirá à matemática apesar do seu alcance ser universal". O autor aborda também a polêmica da diminuição dos efetivos dos estudantes em matemática na França, o que é grave para a história deles, porque 12 dos 48 laureados com a Medalha Fields são provenientes de instituições francesas. A desculpa seria de a carreira de pesquisador não ser promissora. Engraçado, só agora eles teriam descoberto isso?

Fica uma pergunta no ar. Será que este fenômeno ocorre nos outros países também, em particular no Brasil? Será que essa diminuição é sobre o total de estudantes em matemática ou sobre o total de estudantes em geral? Em outras palavras, não seria apenas uma diminuição relativa, dada a quantidade de novos cursos da área ambiental e tecnológica que vem surgindo? Em nosso meio, há a opinião de que a procura por cursos segue tendências, e que atualmente, a preferência seria pela área de saúde, que já está a tempo saturada.

O outro texto "Estudantes, quem são vocês?" revela uma estatística feita com estudantes franceses e conclui algumas coisas interessantes:
i)mais da metade dos estudantes de graduação são mulheres;
ii)no doutorado fica meio a meio;
iii)estudantes mesmo sem dinheiro tem condições mais favoráveis que os demais jovens;
iv)o ensino superior não tem abertura social;
v)os aspectos considerados na escolha de uma carreira são o trabalho e prazer trazidos pelo estudo, além da qualidade, bem como o ingresso no mercado de trabalho.








sábado, 11 de junho de 2011

Entrando no DAGE






Este semestre estou escrevendo menos não é por falta de assunto. Aliás até tenho fila de posts. Mas demoro porque tenho que selecionar um deles. Se tivesse só um seria mais fácil. Hoje resolvi escrever mais algumas frases das paredes do DAGE, que é na minha opinião o diretório do campus do vale que tem a expressão cultural mais proeminente. Talvez não seja a de maior alcance porque fica restrita às reuniões e paredes deles mesmos.

Do armário tirei o seguinte:
PAPEL HIGIÊNICO (NÃO ROUBE) - PORTA 2

CAFÉ E FILTRO (QUANDO ACABAR COMPRE E TRAGA PARA O DAGE) - PORTA 7

Esta afirmação ficou incompleta:
O CONCEITO DE NATUREZA NÃO É NATURAL
Faltou o conceito.

Não entendi a quem se dirige:
TU SÓ NÃO É MAIS BURRO POR FALTA DE ESPAÇO (NANA)

Esse é o atual 'esquema' semanal do DAGE:
DESNORTEÑA-SE NESTA TERÇA NO DAGE
Antes era a HORA FELIZ DA GEO
O pessoal é metido com voz e violão também, não é só gogó.

Também falam com o espelho:
TU É SECRETÁRIA. NÃO. É AUTO-GESTÃO.

Diversas:
PRA QUE(M) SERVE O TEU MEMORIAL?
VAMOS A LA PLAYA OoOoO
"SIGAM-ME OS BONS, OS RUINS JÁ ESTÃO LÁ::"
CABELO

E como sempre política:
"CADA UM DE LOS PARTIDOS QUE NO ESTÁ EN EL PODER ES, EN EFECTO, UN ESTADO EN SOMBRA"




quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pensamentos e escutas






Quando a gente volta da faculdade vem todo mundo conversando e rindo no ônibus. Tem gente que faz declarações sinceras, por exemplo: "estes anos na faculdade foram os melhores". Ou, "tem dia que eu não gosto de pensar, fico igual a um vegetal".

Será mesmo que o vegetal não pensa? Qual é a definição de pensamento? E o girassol? Ele "pensa": "oba, olha o Sol, vou me girar na direção dele".

Sei lá aonde, eu li que o homem é um animal racional. Mais do que isso, é o único animal racional. Certa vez, um professor de física, disse que o homem é um animal, embora a igreja tente convencer-nos do contrário. Era um tipo polêmico e gozador. Eu, na época, fiquei escandalizada, a mentalidade religiosa ainda me dominava. Obrigada, professor, por abrir a minha cabeça. Verdade, sem maldade.

Agora, pense no seu cãozinho de estimação. Ele come o seu jornal algumas vezes, mas uma hora ele aprende que não deve comer mais se não é ralhado. Ele vê o jornal e "pensa" nos seus gritos e desiste da empreitada. Já a minha Mocinha não deixa de comer o jornal porque eu não ralho com ela. Eu deixo ela mais ou menos livre pra fazer o que quiser, mas tem limite, claro. Acho que eu devia mesmo é cancelar a asssinatura do jornal.

Eu não sei qual é a definição de pensamento, mas comparando os animais, especialmente os mamíferos, com o homo sapiens, estes estão para uma calculadora HP como o homem está para um supercomputador. Já o girassol, eu o comparo a um ábaco, aquele instrumento antigo de fazer contas com "contas".

Eu gosto mesmo é de pensar na potência do raciocínio do Criador do Universo, o Grande Arquiteto Do Universo como diriam alguns. Não me parece mais um mistério que Ele conheça o futuro, que seja o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim - na descrição do livro do Apocalipse. Porque Ele conhece a equação diferencial do universo e, além disso, é ele quem dá as condições iniciais, ou as condições de contorno. Estou arriscando no terreno da Matemática Aplicada. Então, nessas condições, considerando que o sistema não é caótico, ainda que alguns estudem a ordem no caos, só pode acontecer de Ele conhecer o fim desde o princípio mesmo.

Tem gente que pensa que eu estudo dia e noite. Não é bem assim. Uma coisa que eu preciso "contar" aqui, é uma declaração: Eu sou um ser iluminado. Não dessa seita dos filósofos iluministas da qual Voltaire fazia parte. Eu sou iluminada pelo Espírito, The Holy Ghost. E não sou a única pessoa dessa seita dos iluminados pelo Espírito. Qualquer que ouvir a voz dEle e abrir a porta também será iluminado. Tudo começa no plano espiritual. Pense na dualidade espírito-matéria. Pense que só existe espírito e matéria. Então, o pensamento, como não é matéria, tem que ter relação com o espírito.

Nós, da seita dos iluminados pelo Espírito, vamos aonde Ele nos guia, lemos o que Ele nos orienta. No mestrado, a gente tem um orientador. O Prof. Jaime Ripoll é o meu orientador. Ele está pra Europa agora, estou me virando por aqui com ajuda da minha co-orientadora, a Prof. Lisandra Sauer. No plano espiritual, o Espírito é o nosso orientador. Por causa da ação dEle não gastamos o dia e a noite toda pesquisando, vamos direto ao que interessa. É brilhante isto. É maravilhoso diriam alguns! E tem seu preço, Ele exige a nossa lealdade.

Bem, deixa eu voltar a pensar na minha dissertação agora. Por que o Prof. Jaime não facilita tanto as coisa pra mim quanto o Espírito.





quarta-feira, 11 de maio de 2011

Esse é pra terminar




Só vou postar mais um texto sobre ética senão vou deixar o leitor saturado de tanta ética. Tinha mais três ainda, porém, como estes falam de ética na ciência - publicação, produção e avaliação científicas - creio que não interessaria a todos. É interessante definir uma sigla antes para ficar mais fácil de entender.

TIC - Tecnologias de Informação e Comunicação

Na moldura da "sociedade do saber" (e da globalização), é possível identificar um certo número de tendências chave (Nowonty, Scott e Gibbons, 2001). A primeira delas é a aceleração - e, estreitamente ligada a esta, a complexidade. A aceleração e a mudança são geralmente percebidos como fenômenos tecnológicos e econômicos (o impacto das TIC e o triunfo do "mercado"); e, além disso como lineares e previsíveis. Mas a aceleração é também um fenômeno científico, intelectual e cultural - e é geralmente literalmente incontrolável. Tudo flutua.

A segunda tendência é a incerteza - ou o risco, pois ao lado da "sociedade do saber" se encontra a outra, isto é, a "sociedade do risco" (Beck, 1992). Essa incerteza comporta dois aspectos. O primeiro é tipicamente descrito em termos negativos, a saber o mau lado do crescimento econômico e das mudanças sociais em termos de poluição ambiental e de rupturas familiares.

Mas o segundo aspecto mais positivo é que o êxito da ciência é geratriz (e sempre o foi) de incerteza; logo que um problema é resolvido, há outros que aparecem. Durante um certo tempo ficava restrita ao interior da esfera intelectual com relativa segurança. Atualmente, ela inundou a sociedade em seu conjunto. Assim a incerteza está intimamente ligada ao potencial, que por sua vez é um elemento chave na produção de inovação.

A terceira tendência é que a Sociedade do saber é um terreno contestado - em dois sentidos diferentes. Em primeiro lugar como eu (o autor)já o afirmei, seu impacto não fica limitado à economia. Seu impacto é tanto social quanto cultural. O cotidiano dos indivíduos é tecido de nomes de marcas que são geralmente elas mesmas "localizadas"; as chances de vida que constituiam outrora os índices brutos para o cálculo econômico da direita "de mercado" e da esquerda "socialista", foram substituídos pelos estilos de vida, leia-se: pelas marcas de vida. É em um sentido muito real que a "sociedade do saber" vai "mais longe que o mercado".

Em segundo lugar, a "sociedade do saber" - e mais particularmente a globalização - são altamente ideológicas. O triunfalismo associado à idéia de "fim de história" (para citar o título - ingênuo - de uma obra de Francis Fukuyama lançado há uma década) está deslocado (Fukuyama, 1992); a idéia que a nação, ou o Estado providência é substituído pelo Estado "mercado" em uma grande mudança histórica (como o sugeriria um outro autor americano Philip Bobbitt) é geratriz de falsas idéias (Bobbitt, 2002).

Mas a globalização não diz respeito somente ao avanço do capitalismo democrático - animado (infelizmente) na maior parte do tempo pelos valores neo-liberais, em lugar daqueles sociais-democráticos - mas também as resistências mundiais à globalização do mercado livre: Greenpeace é um nome de marca tão completamente conhecido quando Coca-Cola. Em uma importante medida, as atitudes com respeito à globalização do mercado livre substituem as tradicionais divisões políticas direita-esquerda nos países desenvolvidos.

Exitem movimentos que se opõem diretamente aos valores "ocidentais" e tão inaceitável quanto seja a Al Qaida, é também um produto da globalização do ponto de vista das técnicas e das tecnologias que ela emprega. A antiga questão sobre o contraste entre modernidade e modernização volta à tona: antes, considerava-se impossível bem modernizar sem tornar ao mesmo tempo "moderno". Uma das consequências da globalização foi reabrir essa questão.

SCOTT, Peter. As dimensões éticas e morais do ensino superior e da ciência na Europa, Conferência Internacional, 2004, Bucareste.



Não sei se alguém notou, parece que a culpa é sempre da ciência ou no máximo da tecnologia que ela gera. Pense sobre isso!




segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mais sobre ética




Este é o segundo texto de proficiência, que também fala sobre ética.

O grau de interação entre as elites sociais e políticas de uma parte e as elites intelectuais e científicas de outra parte foi sempre importante - e aumentava ainda em tempo de guerra. As duas Guerras Mundiais não somente estimularam o crescimento do ensino superior, por assim dizer, promovendo a democratização das universidades, mas também sublinharam as relações ilícitas entre os poderes político, militar e científico. Diante da era das universidades de massa, os intelectuais de espírito crítico tinham tendência a se agrupar em torno de outras instituições, geralmente de jornais ou de periódicos - ou bem eles evitavam integrar uma instituição e permaneciam " ao vento" segundo os termos significativos de George Steiner (Steiner, 1965); as universidades de elite não lhes ofereceram um ambiente propício ou compatível. Elas entretanto ofereceram um ambiente para formar os futuros dirigentes da administração do Estado e das profissões de elite, senão para o meio dos negócios e da indústria.

Os sistemas de ensino superior de massa, pelo contrário, são muito mais abertos - não somente porque eles recrutam populações de estudantes que não provem geralmente dos grupos sociais privilegiados, mas também pelo fato que eles foram obrigados a incorporar tradições do saber não pertencentes às elites e mesmo as alternativas. Isso vem particularmente da necessidade de integrar esses novos estudantes, mas é também o resultado do fracionamento e da proliferação do saber. Superficialmente existe uma "linha" mais estreita entre as escolhas dos estudantes e as disciplinas oferecidas de uma parte e entre o mercado de trabalho de outra parte no ensino superior de massa do que no ensino superior de elite.

Neste sentido, os sistemas de massa são mais orientados na direção do "profissional" e menos "científicos". Mas isso pode conduzir à uma impressão errônea: a necessidade de deixar explícitas essas linhas entre o ensino superior e a economia pode também ser a prova do declínio das conexões implícitas e dos interesses pessoais estreitos. Os sistemas de massa devem ser planificados e regulamentados afim de controlar seu potencial de emancipação, sua liberdade deliberada. Não se pode lhes dar confiança na mesma medida que aos sistemas de elite. Os sistemas de ensino superior mais abertos (e democráticos) podem ter a capacidade de desenvolver uma "ética alternativa", diferente da ética dominante da sociedade.



sábado, 2 de abril de 2011

Nova Visão das Plêiades



Já escrevi alguma vez sobre as plêiades aqui há bastante tempo, quando relatava minha primeira observação astronômica no terraço da física. A abordagem é mais teórica desta vez.



O brilhante aglomerado estelar na constelação de Touro mencionado em Jó 9:9 e 38:31 é traduzido por Sete-Estrelo ou Plêiades dependendo da versão.

Tradicionalmente há sete estrelas nele, mas apenas seis são normalmente visíveis a olho nu. Pessoas com visão acurada podem detectar outras de menor luminosidade particularmente com a visão focada para um lado.

Uma visão das Plêiades mesmo através de um par de binóculos ou de um telescópio de baixa potência é uma visão inesquecível.

Tem sido sugerido que a doce influência das Plêiades mencionada em Jó 38:31 refere-se à força gravitacional que mantém os membros individuais deste aglomerado juntos nos cursos paralelos de vôo deles através do espaço.

Outros acham que a "doce influência" seja devido à evidente nebulosidade em que as Plêiades estão imersas, e que é iluminada como uma luz de neon pela próprias estrelas. Esta nebulosidade é claramente visível até com um telescópio "meia-boca".

Em Locksley Hall, Tennyson descreve sua visão das Plêiades:

"Many a night I saw the Plêiades, rising thro' the mellow shade
Quantas noites eu vi as Plêiades, erguendo-se através da sombra de veludo

Glitter like a swarm of fireflies tangled in a silver braid".
Brilharem como um enxame de vagalumes enredado em uma trança de prata.



sábado, 19 de março de 2011

Sobre política e sobre pêsames



Esta semana houve algumas paralisações na universidade promovidas pela Assufrgs. Conversando com um colega, ouvi o seguinte: "Eu sempre participava das manifestações da comunidade acadêmica, mas era todo semestre a mesma coisa, após as manifestações iniciais a coisa morria, então larguei de mão".

Interessante esta observação porque é exatamente assim que se faz política: se mantendo em evidência, quer existam motivos para a militância, quer não. Na última eleição por exemplo, muitos quase anônimos se despedaçaram em cima da hora com campanhas publicitárias beirando a opressão. E quem ganhou? Nenhum destes. Ganharam os que estiveram sempre em evidência. Agora, como se faz para manter o status político por tanto tempo varia desde o talento precoce até as oferendas a Iemanjá, etc.

Sem dúvida um dos alvos preferidos da crítica é a política. Um bom livro lá em casa diz que a crítica só faz com que a pessoa ou o grupo atingido justifique as suas atitudes. E acrescenta o exemplo interessante de uma personalidade de destaque que sob uma chuva de críticas se saiu com essa: "Não vejo como poderia ter agido de outra forma". NÃO VEJO! TO SEE OR NOT TO SEE... Não que o processo de ver coisas novas tenha fim. Ainda esta semana vi muitas coisas que certamente mudarão a minha trajetória.

Só pra terminar: para aqueles sofredores que lêem o meu blog e não gostam do que eu escrevo um recado: MEUS PÊSAMES!

Queria escrever sobre astronomia hoje por causa do perigeu da lua cheia, mas não vai dar. Fica pra próxima.





sexta-feira, 4 de março de 2011

Duas surpresas



Esta semana que se passou a Mocinha me emocionou pelo menos duas vezes. A primeira foi ter mordido o meu pé. Foi forte desta vez. Já fazia tempo que ela vinha se incomodando com a minha brincadeira de passar o pé nela quando ela estava deitada. Ela se virava pra trás e rosnava. Eu continuei insistindo. Da última vez passei o pé uma vez, ela rosnou. Passei a segunda ela me mordeu. Mas me mordeu sério mesmo. Ficou a marca de um arranhão no lugar que ela mordeu. Felimente ela é vacinada e a raiva está erradicada ao que parece. Agora parei com a brincadeira pra sempre.

Ela já havia me mordido outras vezes, durante o banho, por exemplo, pra acabar logo e só pra brincadeira também. Mas nunca tinha ficado uma marca como ficou desta vez. Ela está sempre mordendo porque ela é uma raça de caça e presa. A Princesa é o alvo preferido dela. E está sempre farejando tudo também. Se eu abro uma lata de sardinha na cozinha ela fica se lambendo toda e desesperada pra ganhar um pedaço. Esses dias tive que repartir o meu filé de salmão com ela se não ela ia ficar dando gritinho a tarde toda. E ela é bem alimentada, com a ração mais cara do mercado.

Fico só imaginando se ela fosse colocada para pastorear ovelhas. Pobres pernas das ovelhas... O Daschund Miniature, vulgo Mini-Linguiça, é um cão que originalmente era usado para a caça do texugo. O nome dele significa 'cão para a caça do texugo'. Talvez porque o texugo cava túneis em baixo da terra e o linguiça se encaixa perfeitamente nestes túneis ele fosse usado para desentocá-lo. Alguém já viu um texugo? Eu nunca vi. Quem sabe em algum zoológico pelo mundo afora more uma família de texugos.

A outra surpresa que ela me fez foi hoje de manhã. Não dá pra crer que ela tenha aprendido sozinha sem ninguém ensinar claramente. Foi a primeira vez que ela trouxe o meu jornal inteirinho até a porta dos fundos sem comer um único cantinho dele. Da outra vez ela só tinha rasgado o plástico e agora nada. Uma perfeita 'mordoma'. E pensar que de alguns jornais eu perdi a capa e a contra-capa e mais algumas partes. Também não está mais carregando os tapetes de dentro da casa.

Ela deve ter agora, aproximadamente um aninho de idade. Eu não sei bem porque eu achei a coitadinha na rua quando vinha voltando pra casa um dia. Ela e o irmãos dela foram colocados ali para doação e só faltava ela. Eu não sabia que ela era de raça nem que era tão afetuosa como ela é. Na hora eu só pensei em atender a necessidade urgente de cuidado pela qual ela passava. Eu nem mesmo tinha a intenção de ficar com ela. Tinha tanta pulga que as minhas pernas coçavam à noite. Pulava pulga pra tudo que é lado. Foi uma 'guerra às pulgas', vencida com muito banho e troca de panos.

Quase me arrebentei para levar ela pra casa no braço, andando cerca de dois quilômetros, sem poder mudar de posição porque tinha uma bolsa na outra mão. Quando eu não aguentava mais largava ela um pouco no chão e deixava ela caminhar. Fiz isso logo que cheguei em casa para poder abrir o portão. Entrei, fui largar a minha bolsa e quando voltei cadê a Mocinha. Achei que eu a tinha perdido. Fui encontrá-la a uns 100 metros dali no meio de um matagal. Tomei ela nos braços de novo e prendi-a bem. Mas quando voltei pra procurá-la daí uma meia hora ela tinha sumido. Fiquei tão triste, me culpei achando que ela tinha fugido por baixo do portão. Mais tarde acharam ela na horta. Ai, foi um alívio.

Ela já virou mocinha de verdade agora, mas ainda é fã de um colinho. Acho que ela me conquistou, porque agora eu quero que ela vá comigo pra onde eu for e quero também que ela tenha um namorado 'linguiço' - eu já apresentei alguns pra ela - e me dê uma ninhada de linguicinhas pra que ela fique sempre na minha memória.












sábado, 26 de fevereiro de 2011

Indefesos Animais



Estou de férias mas com pouco tempo pra escrever. Estou terminando a minha dissertação de mestrado, estudando francês, curtindo a temporada de piscina no clube, bordando uma tela, lendo muita coisa e fazendo muitas anotações. É bem verdade que algum dia eu dormi até tarde ou fiquei só preguiçando na cama até tarde. É uma preguiça muito produtiva sabe? Reflexiva.

Hoje queria abordar um outro assunto polêmico: a ética animal. Tudo começou com um filósofo bem intencionado... Outro dia ofendi uma defensora de animais dessas bem radicais militante e coisa e tal. Eu não tinha a intenção. Provavelmente ela é muito sensível... Foi só porque eu disse a verdade a ela. Eu disse a ela que eu poderia sim comer carne de jacaré... porque não sou vegetariana de todo, eu adoro carne branca... E recusei o panfletinho que ela me oferecia me justificando: Isto que tu segues é uma religião - afirmei. Olha o hindu - continuei - porque ele não come carne? Porque ele considera a vaca um animal sagrado. E o budista por que não come carne? Porque o budismo deriva do hinduísmo. E o iogue? Por que a ioga é ensinada nos vedas, os livros sagrados do hinduísmo.

Ela tentou me convencer que devia ser outro ramo do vegetarianismo ético, que não era o caso dela... Eu insisti: Se tu pegares a Revista dos Vegetarianos tu vais ver que a coisa toda pende pra esse lado.

O vegetarianismo que eu conheci por primeiro foi aquele dietético, o que prioriza a alimentação saudável. Essa história de proteção aos animais é só mais uma forma de paganismo - adoração a natureza - disfarçada de ética animal.

Desculpe se ofendi mais alguém. Eu acho que essas pessoas é que deviam me pedir desculpa por tentarem me enganar tão descaradamente.




sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Ano do Coelho



Bem, continuando, há pouco a dizer, mas é de importância. O coelho, por sua agilidade é símbolo de rapidez. Daí se pode prever que o ano do coelho é um ano para rapidez, ou seja, para acelerar algo. Acelerar o quê? Acelerar o que já está em andamento, o movimento nova era, isto é, era de aquário. Seria a quarta era da nossa história. A atual é a era de peixes - avatar Jesus Cristo e as duas anteriores foram as eras de carneiro - avatar Moisés - e era de touro - avatar Krishna. Avatar é o líder espiritual. Leia mais abaixo sobre as Eras Egípcias:

A Magia da Civilização Egípcia é especial e única no mundo. Seus conhecimentos sobre o mundo dos mortos e dos mistérios dos céus, tornaram os egípcios os verdadeiros precursores da Era de Aquarius. Afinal, o nascimento do Egito ocorreu num signo de AR, assim como a Era na qual estamos entrando agora.


Eras Astrológicas

Sacerdotes de antigas civilizações descobriram um aspecto celestial muito curioso. Eles observaram que a Estrela do Norte trocava de posição constantemente e, após 25.750 anos aproximadamente, ela voltava para sua posição "original", num processo cíclico.

A causa fundamental desta troca de posição é o giro que a Terra faz sobre seu próprio eixo (que tem uma inclinação de 23º 27'), num movimento conhecido como precessão dos equinócios. Esse movimento é lento e leva, mais ou menos, 25.750 anos para completar um ciclo.

Um determinado signo é atravessado a cada 2.146 anos (25.750 anos dividido por 12 signos) e durante esse período (ou era astrológica), o signo em questão influencia toda a humanidade. A transição de uma era para outra pode durar de 30 a 250 anos.

Esotericamente, cada era astrológica teve seu Avatar, ou grande mensageiro, que trouxe uma nova filosofia de vida para o momento. O Avatar da era de Touro foi Krishna, o de Áries foi Moisés (ou Akhenaton) e o de Peixes foi Jesus.

Vários povos esperam a vinda de um salvador para esse final de milênio, um Avatar que comandará o Juízo Final, eliminando todos os vícios da antiga civilização (era de Peixes) e preparando o terreno para um novo mundo (era de Aquarius). Esta idéia ainda é reforçada pelos cristãos que esperam novamente a vinda de Jesus.

Se considerarmos que cada era teve seu Mensageiro Divino, a era que inicia agora (Aquarius) também terá o seu. Os sinais de sua chegada já estão no AR.


Talvez eu escreva mais a respeito, mas a extensão da coisa é tão grande que aconselho o leitor interessado a pesquisar por si mesmo na internet e na biblia.
O que os profetas em geral, falsos e verdadeiros falam é que os eventos finais da história da hmanidade serão rápidos. Ver Apoc 17:12, Apoc 18:8 e 16. As expressões "um dia" e "uma hora" significam um curto espaço de tempo na interpretação profética de todos os teólogos.





sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Ano do Coelho



Após o Ano do Tigre, o Ano do Coelho começou nesta quinta-feira (3) com previsões positivas e inspiradoras. O período favorecerá a família e o crescimento pessoal, assim como a celebração de grandes acontecimentos segundo as previsões que eu li.


Os anos do Coelho: são 1999, 1987, 1975, 1963, 1951, 1939, 1927, 1915...

As horas governadas pelo Coelho: 5 a.m. às 7 a.m.
Sentido do seu Signo: Diretamente para o leste
Princípio da estação e mês: Primavera - Março
Corresponde ao Signo ocidental: Peixes
Elemento fixo: Madeira
Haste: Negativo
Cor: Cinza
Sabor: Salgado
Alimento: Peixe
Bebida: Vinho Francês
Condimento: Pimenta
Animal: Esquilo
Planta: Rosemary
Árvore: Vidoeiro prateado
Metal: Bronze
Instrumento musical: Tambor
Dia do Mês: 8
Número: 20

Em 3 de fevereiro de 2011 comemora-se o Ano Novo Chinês, marcando o término do ano do Tigre e início do ano do Coelho.

Seja comendo a grama de um exuberante tapete verde, morando em uma montanha ou quando é tratado como animal de estimação, sempre há um ar de felicidade na aparência de um coelho. Pouca coisa parece incomodá-lo e ele simplesmente segue sua vida de maneira calma e pacífica. E, embora muitas coisas possam acontecer no Ano do Coelho, ele pode tocar a vida de todos nós de modo positivo e inspirador. Esse é um período que favorece a família e o crescimento pessoal, assim como a celebração de grandes acontecimentos.

No mundo político, os Anos do Coelho são de diplomacia e negociação. Em 2011, tendo em vista as tensões e as guerras em curso, muitos líderes mundiais vão estudar meios de se progredir, explorar alternativas e tentar chegar a um consenso. Durante o ano, serão fechados alguns acordos cuidadosamente negociados, que não só vão trazer paz a certas regiões problemáticas, como também ajudar a reduzir as emissões de carbono, desmantelar armas e lidar com os problemas econômicos do mundo. Neste ano, veremos uma série de conferências de cúpula e, consequentemente, o fortalecimento dos laços entre os países e os líderes mundiais.

Economicamente, muitos países terão um crescimento lento, mas estável. Para ajudar, muitos governos oferecerão ajuda financeira para incentivar o investimento e promover o crescimento, assim como para reduzir o desemprego. Além disso, depois das lições da crise bancária, controles mais rígidos serão instituídos e a política de mais de um governo ou órgão de fiscalização será de incentivo cauteloso. Haverá oportunidades de ganhos em muitas bolsas de valores no mundo inteiro, com algumas altas extraordinárias. No entanto, elas podem ser seguidas de correções igualmente fortes e os investidores não poderão se dar ao luxo de baixar a guarda ao decorrer do ano.

O Ano do Coelho provavelmente também será marcado por avanços importantes na medicina, não só no tratamento e até mesmo na cura definitiva de certas doenças, como também em matéria de prevenção e diagnóstico precoce.

Outra característica do Ano do Coelho é que ele favorece significativamente a cultura, e alguns artistas vão ultrapassar limites e criar obras realmente extraordinárias.

Neste ano, também estaremos intensamente voltados à educação. Os governos estarão ansiosos para distribuir bolsas e incentivos para quem estiver disposto a seguir sua vocação ou aprofundar sua educação.

Como a ênfase do ano será no desenvolvimento pessoal, muitas pessoas vão passar a pensar mais em seu estilo de vida. Seja se preocupando mais com o próprio bem-estar, seja se interessando por coisas novas, ou se matriculando num curso ou programa de estudos, vão descobrir que o Ano do Coelho favorece o crescimento pessoal e as oportunidades estarão à sua mão. Mas elas precisam ser agarradas.

O Ano do Coelho também favorece os valores familiares e muita gente vai dar um jeito de passar mais horas agradáveis com as pessoas que amam.

Ficam favorecidos os valores familiares, e muita gente vai dar um jeito de passar mais horas agradáveis com as pessoas que amam.

O Ano do Coelho, com um todo, será muito intenso e interessante. Muita coisa vai acontecer no palco do mundo e, mesmo que haja perigos, tensões e momentos trágicos, também haverá motivo para esperança. É um ano para debates, diplomacia e, o que é mais importante, voltado ao crescimento pessoal.

Curtis o Ano do Coelho é uma questão de aproveitar as oportunidades que aparecerem, principalmente tirando mais de si mesmo e de suas forças pessoais. Embora alguns signos possam ter mais sucesso que outros, o Ano do Coelho será promissor e muito encorajador. Utilize-o bem.

Enquanto o Ano do Coelho não chega, clique aqui e confira as previsões para cada signo no Ano do Tigre.


Bibliografia - "Seu horóscopo chinês para 2011", Neil Somerville, Ed. Nova Era.

No proximo post falarei mais a respeito do ano do Coelho fazendo uma comparação entre o que os astrologos e os profetas dizem a esse respeito.


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ainda as pichações do DAGE




Hoje, eu sou Napoleão! (poxa! mania de grandeza!)

O conceito de Natureza não é natural. (no words)

"Tu só não é mais burro por falta de espaço" (Assinado por NANA)

ARTE PELA ARTE. SE ARTE É A REPRESENTAÇÃO MAIOR DA VIDA POR QUE O CAPITALISMO EMPOBRECE A ARTE? (hei de concordar que arte de parede de diretório é bem pobrezinha mesmo)


É DEUS NO CÉU E NÓS NO CORCEL" (Este recebeu resposta: QUE MIGUÉ!!)

NOSSA NEUTRALIDADE ACADÊMICA DÁ RESULTADOS (neutralidade de fachada quer dizer)

Tu joga bola ou é só gogó? (é gogó)

"O MEO...PELO AMOR DE DEUS" (Ass: PEDRO FRANZ BÊBADO)

CACHORROMORFISMO (este é um tipo gramatical genérico)

TUPI OR NOT TUPI THAT'S THE QUESTION!


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ainda as tiradas do DAGE




SÓ A LUTA MUDA A VIDA (Verdad)

Don´t drink and drive, SMOKE AND FLY (poster com o desenho de um negão fumando maconha)

Adiada é perdida (para os mal-resolvidos)

NOELGUARANY (alguém entende?, me traduz aí)

Eu também quero entrar no DAGE! Carlitos. (Inscrição na porta do diretório)

Fuso 226673098N, 488395E (Na parede, do lado de fora)

Pra que serve o teu baseado? (vingança, pra quem perguntou no colégio "Pra que serve a raiz quadrada?")

Uma urna no DAGE? Deixe sua sugestão. (recado acima da urna)

Como é que este Sol tá frio hoje se uns dias atrás tava tri quente e é o mesmo Sol?

(THEO APUD CABELUDO assina a dúvida filosófico-geográfica)

"O importante é o principal; o resto é secundário" R.B.K. LA OCHO DALE!

(o sujeito não teve nem coragem de assinar o nome tamanha a abobrinha)

Digite 00 e confirme (recado dos anarquistas)

MIM NÃO CONJUGA VERBO (parabéns, o autor deve o ingresso na geografia a isto)

Borboleta só se fode. O negócio é ser bicho cabeludo. (diário do DAGE) Ou aranha venenosa. (observação feita por outro)

Não gostou? Reclama na urna. (vou por um bilhetinho lá)