Masi adiante voltei a me encontrar com a abelha:
- Como vai srta abelha?
- Bem obrigada - respondeu ela sem me dar muita atenção.
Eu já estava acostumada a esse tratamento. Então não me importei. Fui logo falando o que tinha em mente:
- Pode me fazer um favor srta abelha?
- 100 contos a hora.
Pensei rápido. Eu tinha vários contos em casa no meu PC. Eu mesma os havia escrito. Achei que valia a pena a proposta da abelhuda astuta.
- Negócio fechado - estendi a minha mão e ela me deu uma ferroada em sinal de aprovação.
- Ai - gritei.
Meio sacana essa abelha. Mas tudo bem. Dizem que esse tal veneninho é bom pra reumatismo.
Ela continuou firme no seu trabalho de sugar o suco que estava derramado na mesa do bar do Antônio.
Eu podia tê-la matado. Ah, podia. Afinal, ela me picara sem dó nem piedade. Só que eu precisava dela. Ela ainda não tinha realizado o serviço que eu queria.
- Qual é a flor dessa vez? - ela se adiantou antes que eu falasse.
- Vai lá no gabinete B290 e descobre o que vai cair na prova de amanhã.
A abelhuda parou, botou as asas na cintura e ralhou:
- Srta Lisany, isso não se faz.
- Nem por 100 contos a hora? - tentei persuadí-la.
- Eu só faço negócio limpo.
Ahã. Abelha metida a honesta essa!
Pra me extorquir ela não tem vergonha.
Preciso te contar. Eu a matei. Sim, sim, sim. Levantei o meu calçado bem alto e POF! Pensando agora até me arrependo. Foi uma covardia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário