A prova pra levar pra casa é, à primeira vista, a maior barbada, marmelada como diria o Alberto. Pura ilusão. Já chorei por causa desse tipo de prova. Sentada na escada com a folha em branco na mão tentei em vão, por mais de uma hora, fazer um esboço mental da resolução. Geralmente só de olhar a gente já sabe quais teoremas vai usar na solução. Qual! O professor nem sequer tinha dado a matéria.
Prova pra levar pra casa boa é aquela tipo estudo dirigido. Cada passo vem explicado: Agora faça isso e depois isso para obter aquilo e por fim isso pra obter aquele outro. Mesmo que leve mais de dez páginas pra escrever todo o desenvolvimento da coisa tu sempre te sais bem e consegues tirar uma nota boa. Até bem próximo de 10, porém no máximo 9,9. É incrível, eles sempre encontram uma bobagenzinha pra te descontar uns décimos. Pode ser inclusive o grafite fraco ou a letra ruim.
A prova pra levar pra casa é um pouco como a prova de consulta, só que esta última, feita em sala de aula, mesmo que tome uma tarde toda, que o professor saia pra tomar um cafezinho e deixe a turma sozinha livre pra discutir as questões, na grande maioria consegue ser pior. Acho que é pelo nervosismo. O fator tempo possui a propriedade de cegar os olhos e bloquear o raciocínio quando deixa o sujeito nervoso.
Por fim a prova pra levar pra casa é uma benção apenas aparentemente, porque tu não precisas estudar tanto pra ela. Mas tu ficas o fim-de-semana todo, às vezes com feriado no meio, preso em casa, matutando, os teus amigos te convidando pra festa de aniversário, passeio no shopping, assistir filme até tarde e tu só não não não, passa por anti-social e perde a oportunidade de aproveitar a vida. Mas quê. Tudo tem seu preço.
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