quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Raízes Históricas do Gaúcho
Algumas pessoas ficaram escandalizadas com a caricatura que fiz do gaúcho esses dias. Afirmei com convicção que, quando o turista põe o pé no RS, o que lhe aguarda é um gaúcho laçador com um relho (equivalente social do laço) na mão pronto para lhe dar uma bordoada. Não estou aqui pra pedir mil perdões, antes para justificar a afirmativa. Da obra "Rio Grande do Sul, Terra e Povo", Editora Globo:
A formação do RS é um dos capítulos mais recentes da história brasileira. Basta dizer que a integração definitiva de seu território só se completou no início do século XIX.
Mas, justamente por isso, por ter sido o único ponto do território nacional em que a ocupação portuguesa se chocou, de imediato, com a espanhola, a fisionomia do RS foi sempre a de uma fronteira em armas. Esta circunstância conformou um tipo de cultura que já aí começa a diferenciar-se do resto do país.
No correr do século XVII, quando os missionários espanhóis da Companhia de Jesus instalaram na margem esquerda do Rio Uruguai os seus aldeamentos, mais tarde reduzidos aos Siete Pueblos, convergiram para a região que hoje constitui o território estadual duas forças rivais: a expansão espanhola, representada pelo Jesuíta a serviço dessa nacionalidade, e a portuguesa, encarnada pelo Bandeirante.
No litoral atlântico, a vila catarinense de Laguna; no estuário platino, a Colônia do Sacramento; e, terra adentro, a fortaleza do Rio Grande de São Pedro, embora distanciadas umas das outras vão-se depois articular num sistema misto de defesa e ataque. Mas, nas coxilhas abertas à atividade pastoril, a fronteira das duas culturas ibéricas continuaria indemarcada, oscilando conforme a própria mobilidade do pioneiro. Fixada nas areias litorâneas da entrada da barra, a civilização luso-brasileira teve de enfrentar, por isso, inicialmente, dois opositores: a Oeste, o silvícola dos aldeamentos, adestrado na arte da guerra; ao Sul e a Sudoeste, as tropas mandadas diretamente de Buenos Aires. Nos vales do Jacuí e do Uruguai, ou seja, nas duas grandes bacias fluviais por onde se deu a penetração do branco, os sertanistas de São Paulo e o índio missioneiro engalfinham-se em luta sangrenta.
continua
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Euclides sem Lágrimas II
...Sua própria ignorância facilitou-lhe renunciar à complicada escrita pictórica e aos ideogramas que embargavam o progresso das primitivas civilizações do Egito e da China. Lançou mão dos velhos símbolos, para representar as sonoridades de sua língua mais simples. Adotou um bom alfabeto com que começou a compor frases claras e simples. Ninguém lhes ensinara que "no princípio era o Verbo", que no princípio "era o caos" (entendi que haviam sido alunos de judeus...). A ordem (social, política, econômica, etc), fê-la ele, depois de se familiarizar com o caos (à sua maneira, meio pagã meio judaica).
Não sabemos se estes selvagens nórdicos que ocuparam o nordeste mediterrâneo tinham olhos azuis e cabelos louros (a única certeza que o autor tem é que eram arianos, ou seja, os arianos englobam um grupo maior de pessoas do que o nacional-socialismo alemão prega). Só sabemos que nada, em absoluto, justifica a crença de que as realizações científicas da civilização grega eram fruto de seu equipamento racial. Os dois famosos fundadores da geometria grega, Tales e Pitágoras, eram ambos de origem fenícia. A ciência e a matemática só penetraram no continente grego, quando este já se encontrava no fim de seu período de formação. A estrela da ciência grega já se punha no horizonte, quando o culto da filosofia começou. Grega nunca fora, no sentido continental da palavra. E a princípio, nem sequer o fora no sentido racial. (será que o autor sacaneou os gregos só por diversão? Não justifica que sim, mas também não justifica que não.)
A origem de Pitágoras talvez explique os sinais evidentes de influência chinesa encontrados em seus escritos. Pitágoras muito viajara pela Ásia. Quanto a Tales conhecera o Egito. Não cultivava a matemática como instrumento de perfeição espiritual. Provavelmente ficaria muito surpreendido se lhe dissessem que ela podia servir para isso. (parece que o autor quer esconder que os egípcios tinham a geometria sagrada por religião). A situação geográfica valeu a esses gregos jônios - como Tales - uma grande vantagem sobre seus contemporâneos chineses. Bem a podemos vislumbrar num fragmento de Demócrito. Eis as palavras dele:
"De todos os meus contemporâneos, fui o que mais viajou, o que mais conheceu a terra; visitei as regiões mais remotas, estudei os climas mais diversos, os mais variados países, ouvi mais gente. Ninguém me venceu em construções e demonstrações geométricas, nem mesmo os geômetras do Egito, entre os quais passei cinco longos anos."
Não é de admirar que Platão desejasse ver incendiadas todas as obras de Demócrito. Bernard Shaw elogiou a sabedoria do César fascista que assistiu, sem pestanejar, ao incêncio da biblioteca de Alexandria e à consequente destruição dos 60 tratados de Demócrito e de todas as realizações astronômicas dos alexandrinos. (aqui a astronomia é vista como a geometria dos céus). O mesmo fogo, por certo, destruiu também muita conversa-fiada inútil e prejudicial. Os males do intelectualismo grego (dos quais mencionei pelo menos um na série sobre trabalho), estes, porém, sobreviveram à destruição das chamas. Os bens, ficaram nas cinzas.
As únicas realizações substanciais que nos restaram foram a ciência corrompida (leia-se idealista, idealizada idealisticamente) de Aristóteles e a geometria platônica, levada por Euclides para Alexandria (e para muitas outras terras).
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Euclides sem Lágrimas
Encontrei num livro de Matemática uma breve história da literatura matemática e da literatura em geral, ou do que restou dela. Aí está o resumo: ...Até cerca de 2000 a.C muito pouco se fez no sentido de inventar princípios gerais relativos à contagem e medição das coisas (foi por onde a matemática começou). A literatura matemática ainda não existia. O traçado na areia continuou a ser, por séculos e séculos, o único método resolutivo dos problemas geométricos... Os métodos pelos quais os homens fizeram as primeiras construções geométricas, com o auxílio de cordas e cavilhas, fio de prumo e nível d'água, são bem mais notáveis que os livros sobre eles escritos (a arquitetura é a geometria das construções).
Aos chineses cabe a glória de terem sido os primeiros a lançar as bases de uma literatura de grandezas. Meio milênio antes do gregos, eles já haviam descoberto regras gerais importantíssimas relativas às figuras. Também sobre os números descobriram muitas coisas interessantes misturadas, porém, com boa dose de bobagens. Lamentavelmente apenas uma parcela de seus conhecimentos chegou até nós. O resto se perdeu. Como as duas bibliotecas de Alexandria, as primitivas bibliotecas chinesas foram incendiadas. Esta calamidade não foi obra da guerra. O incêndio foi propositado tal como a destruição da cultura alemã pelo chanceler Hitler. Ordenou-o um imperador que acreditava, como Bernard Shaw, que os homens haveriam de escrever melhor se lessem um pouco menos.
Enquanto os chineses escreviam seus primeiros livros de matemática, o continente grego era invadido por certas tribos nômades provindas do norte. Esses invasores arianos eram originários de desoladas estepes, de raras noites estreladas. Não conheciam a arte de escrever. Ignoravam as artes da construção e do comércio. Não dispunham de pesos e medidas. Só o que sabiam era assolar as costas da Ásia Menor, onde fundaram pequeninos reinos como a Lídia, insignificantes cidades-estado, como Mileto, bem no extremo da grande cadeia de portos comerciais fundados pelos maiores comerciantes e navegadores da antiguidade....
Foi por intermédio dos fenícios-semitas que o homem nórdico contraiu a sua primeira dívida para com os judeus. Dívida esta, de aluno para com professor. Com eles aprendeu a ler, a escrever, a contar.
continua
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Feira do livro, cultura francesa e reflexões
Dei uma passada na Feira do Livro de Porto Alegre no feriado. Achei interessante o título do livro "Nem só de caviar vive o homem". Conta a história de Thomas Lieven - que de pacato banqueiro alemão em Londres, de repente vê-se transformado em agente secreto durante a Segunda Guerra Mundial - e suas aventuras, ora a favor dos alemães, ora dos franceses e até dos americanos. Estas são contadas a partir de refeições que ele preparou e serviu e, que, de alguma forma foram marcantes em sua trajetória.
No momento, entre outros títulos, estou lendo "Le Combat des Chefs", uma hilariante aventura em quadrinhos do guerreiro Astérix. Coincidentemente, verifiquei no catálogo da Fnac a respectiva versão em português. Também encontrei edições antigas do Astérix na Feira do Livro. A que estou lendo é da biblioteca da Aliança Francesa. Astérix é um 'petit guerrier' que deve a sua invencibilidade à poção mágica do sacerdote druida Panoramix. Do mesmo modo Abraracourcix, o chefe da aldeia gaulesa, é considerado invencível pelos romanos devido à poção mágica do druida. Graças à 'genialidade' de Obélix, fiel parceiro de Astérix nas suas aventuras, o druida perde a memória e parte da razão. Isto porque o 'éléphant' Obélix querendo salvar Panoramix da emboscada projetada pelos romanos, erra a mira e o acerta com um golpe de menir - aqueles megalitos que ele carrega nas costas para cima e para baixo.
Para curar Panoramix, outro druida é encarregado, Amnesix. Este consegue levar a cabo a sua missão poucos minutos antes de os irredutíveis gauleses quase perderem 'o combate dos chefes' para os romanos.
Segundo constatei na internet o livro poderá servir de inspiração para uma nova adaptação cinematográfica em 2013.
O escritor francês Gérard de Sède, fala sobre a 'embriaguez sagrada entre os celtas':
"A poção mágica de Astérix não é mera ficção" - diz ele. Aqui Astérix é definido como o 'herói gaulês de uma história em quadrinhos ambientada na Gália ocupada pelos romanos, no século I a.C.' Diz mais: "Entre os gauleses, e entre os celtas em geral, o consumo de bebidas inebriantes era um ato mágico-religioso, cujo objetivo era provocar o entusiasmo poético e profético."
"Uma das pedras do altar de Nautes, descoberta no século XVIII, no perímetro de Notre-Dame de Paris, e conservada no museu de Cluny, mostra o deus em cuja honra se celebravam essas libações na Gália. Trata-se de Cernunnos, senhor da vegetação e, por conseguinte, de qualquer fecundidade material e espiritual. Tem cornos de cervo, essa galhada que cai e volta a crescer, aumentando de ano para ano, só começando a diminuir na velhice extrema, como acontece com as árvores da floresta".
"Cernunnos era considerado a alma dos vegetais. Quando se moía o trigo, ele morria supliciado, mas ressucitava na primavera com os brotos verdes dos cereais. Consumindo bebidas alcoólicas produzidas com grãos moídos, os celtas acreditavam incorporar, mediante uma espécie de eucaristia bárbara, a própria substância de cernunnos. Por isso, o nome cerveja é uma referência direta ao deus-cervo. O homem, embriagado, profetizava pela boca do deus".
Não só profetizava pela boca do deus como era também possuído pelo deus, daí a invencibilidade dos guerreiros gauleses.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
A nacionalização
O autor do livro Oktoberfest 90 anos, Haike Roselane Kleber da Silva, conta que "a campanha de nacionalização de Vargas atingiu a totalidade das sociedades de cunho étnico germânico, com o fechamento de algumas e a nacionalização de outras (mudanças de nome, de estatutos, etc). E os Haberer não ficaram fora desse processo. Foram integrados, em 1941, como departamento da Sogipa, para que pudessem continuar existindo. Na lembrança de alguns atuais integrantes do Departamento de Bávaros, este processo foi doloroso, no entanto, não se perdeu o humor".
O autor conta mais adiante que antes da nacionalização "o público para a qual a festa era dirigida consistia, basicamente, na população descendente de alemães, que vivia em Porto Alegre ou arredores". Valentim Braum descreve melhor: "Eram todos de origem alemã, de Porto Alegre, e vinha muito gente de Santa Cruz, Lajeado. Como havia poucos ônibus naquela época, as pessoas aproveitavam a festa para virem a Porto Alegre fazer compras. Festa no domingo e compras na segunda". Hoje, quem vai à Oktoberfest de Blumenau aproveita para fazer compras na segunda também, pois a região é um pólo da indústria têxtil e do artesanato. Quem vai à festa de Igrejinha aproveita para comprar calçados, etc.
A nacionalização também atingiu o caráter dos integrantes do Departamento de Bávaros. Conta-se que atualmente "nem todos os integrantes dominam o idioma da origem do departamento, o que não os exclui da possibilidade de aprender minimamente os cânticos do grupo. Não é mais necessário ser descendente de bávaro ou de qualquer outro alemão. O exemplo maior é o sr. Sérgio Rossi, de ascendência italiana, e que aprendeu a cantar as músicas em alemão. Para os que integram o grupo ele é uma família, ou ao menos isto desejam que seja."
Recomendo: quem for a Blumenau não deixe de visitar o museu municipal, e atrás deste, o "Cemitério de Gatos". Pessoalmente prefiro um gato vivo do que vários mortos enterrados. No entanto, um livro de História na minha estante diz que os templários adoravam um ídolo com cabeça de gato. Então, quando olhei o guia turístico da cidade não resisti à curiosidade. Bem, este ídolo está lá, no meio do cemitério de gatos. É bem provável, que o Dr. Blumenau, tenha sido um templário. Bem, e o que isso tem a ver com a nacionalização? Nada! Mas que gato preto dá azar dá! Agora, lembre-se do início da narrativa: "Atrás do chalet do Black, aparece uma rua inteira com barracas de variedades..."
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Inicia-se a Oktoberfest II
Daqui em diante vou resumir as atrações anunciadas para a primeira Oktoberfest:
...Também a arte plástica está bem representada... Todas as pinturas e trabalhos plásticos expostos são para a venda, ou serão leiloados no fim pela melhor oferta...no pavilhão da música a orquestra da Comunidade São José, sob a direção do sr. Petzhold faz soar as suas melodias. Também há um estande de pescaria onde se pode ganhar coisas bonitas por pouco dinheiro, isto é, se a sorte estiver de acordo. Para os alunos das classes superiores das escolas alemãs, foi instalado um estande de tiro ao alvo com 20 metros de comprimento, no qual os melhores atiradores podem ganhar belos prêmios. Para os atiradores adultos, foi instalado um estande de 50 metros de comprimento, onde os atiradores podem competir pelo seu troféu.
...Para alegria e humor saudável, recomendamos em especial a visita ao Teatro de Variedades Schichtl's, na Luitpoldalmshütte, onde entre outros, também o bem-quisto Quarteto Schrammel dá sua contribuição para o entretenimento do público... nas partes onde se pode passear bem à vontade, sem gastos, o visitante será levado a apreciar a região da Baviera superior, onde, além da montanha, vale, mato e campo, ele avista os belos lagos de cada lugar... O porão da Luitpoldalmshütte mostra outras curiosidades, como por exemplo, um legítimo fogão da "Luitpoldalmshütte" da Baviera para cozinhar a comida típica dos bávaros. Para divertir o público, o sr. Schöler vai colaborar com seu cinema (Smart-Salon).
Para outros divertimentos mais foi tudo ricamente arranjado. Aqui vamos fazer referência à instalação de uma inventiva cancha de bolão com bola voadora. Todos têm a mais bela oportunidade de se divertir com pouco dinheiro, uma vez que as entradas para as barracas de apreciações foram estipuladas em 100 e 200 réis. Para as crianças, o homem dos doces H. Neugebauer vai alegrar o estômago e o coração com seus famosos quitutes açucarados. Os apreciadores do esporte não devem perder as três grandes corridas que acontecerão durante o transcurso da festa. Para isto estão anunciados seis cavalos "puro-sangue". A pista circunda todo o parque da festa, com extensão de 1000 metros. Para os vencedores acenam belos prêmios.
Terminada a descrição do jornal, o escritor faz um comentário:
Pelo visto, uma programação de peso para uma festa que se realizava pela primeira vez... Valentim Braun lembra de uma história que era contada de geração em geração de que havia, em uma das Oktoberfest, uma barraca na qual se pagava para "ver o céu de Berlim à meia-noite". Quando todos estavam dentro da barraca, abria-se uma cortina no teto, de onde podiam ser vistos o céu e as estrelas. Isso era "o céu de Berlim à meia-noite". Os que participavam do engodo saiam dizendo das belezas que tinham visto para que mais pessoas entrassem na brincadeira. É possível que este episódio tenha acontecido na primeira Oktoberfest, já que são anunciadas ao menos duas barracas-surpresa: a de nº 5, considerada "a maior fraude", e a de nº 7, da qual "o conteúdo não pode ser revelado".
continua
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Inicia-se a Oktoberfest
A primeira Oktoberfest foi marcada para o dia 1º de outubro de 1911, mas não pode ser realizada em função do mau tempo que atingira aquele primeiro domingo. Mas a estrutura já estava montada, a programação acertada, o que estimulou ainda mais os visitantes para o domingo seguinte, ou ao menos é o que pretendia a imprensa alemã da cidade. No jornal Deutsche Zeitung de 6 de outubro, anunciava-se que era desejo dos Haberer "oferecer ao público alemão uma coisa que nunca tinha havido antes". O editor continua com uma descrição do que poderá ser encontrado, então, no domingo seguinte, na Oktoberfest dos Haberer:
Atrás do chalet do Black, aparece uma rua inteira com barracas de variedades onde se pode adquirir os objetos mais originais e mais bonitos por pouco dinheiro. A começar pelo quadro do grandioso panorama guerreiro, mostrando o ataque dos caçadores da Baviera na batalha de Weisenburg, naturalmente aparecem nesta tela também o Príncipe Herdeiro da Prússia "Fritz" entre outras personalidades importantes. Para se recuperar bem, o visitante encontra em seguida, ao lado, na barraca 2, no "Münchener Kindbräu", junto ao "Japonês Bruno", um chope da cervejaria "Ritter", que pode ser acompanhado ou não. Na barraca nº3, se encontra a grande exposição de máquinas na qual colaboraram as mais importantes firmas, como a "Krupp" de Essen, e "Krauss" de Munique, "Sutzer" de Zurique, entre outros que deram a sua colaboração.
Não era para revelarmos nada, mas já adiantamos que há uma máquina "Radiumpresse" da mais nova construção do modelo para uma guilhotina que mais tarde foi transformada para uma máquina de cortar carne (bizaaaaaaarro!). Há um canhão da Fábrica Krupp e um binóculo para observar os cometas, entre outras variedades para apreciar. O coordenador para todas as firmas expositoras na Oktoberfest é o sr. Reuter. A Exposição existente ao lado do campo de criação de gado, ligada ao tratamento e ordenha, na barraca nº 4, ainda está vazia, uma vez que os animais e os equipamentos serão trazidos somente na véspera da festa. Na barraca 5 vai haver uma grande novidade, a maior fraude! Sentimos muito mas não podemos revelar nada a respeito, porque a comissão da festa se mantém calada com dureza para não estragar a curiosidade dos visitantes. Quem quiser descobrir essa "tapeação" tem que arcar com os custos e ter experiência própria. Não precisam ter medo, não dói nada, como já descobrimos.
Ao lado, na barraca 6, o "Fidele Bauer" atende seus hóspedes com a especial cerveja Becker. Coisas muito apreciáveis também oferece a barraca de raridades nº7, cujo conteúdo também não pode ser revelado. Mas tanto é certo que o visitante se vê recompensado nisto. Como ponto culminante de tudo isto gostaríamos de indicar a grande "Exposição de Arte", a qual, com o nº 8, fecha a fila de barracas. A pérola dentro desta é uma mundialmente movimentada surpresa: o famoso quadro de Leonardo da Vinci, a Gioconda ou Monalisa, o qual, como é do conhecimento, foi substraído do Museu do Louvre em Paris. Os Haberer conseguiram com muito sacrifício o dinheiro para adquirir este tesouro extraordinário, naturalmente será pedido discrição para que a representação diplomática da França não fique sabendo do assunto.
continua na próxima
sábado, 20 de outubro de 2012
Oktoberfest 101 anos no Brasil
Neste final de semana começam as festividades da Oktoberfest por aqui, portanto escreverei um pouco nesta semana sobre as origens desta festa no Brasil. A origem da festa em si é tão remota e desconhecida quanto a origem dos povos germânicos. Há apenas alguns vestígios que os interessados podem investigar se assim o desejarem. Todas as explicações que se dá sobre a origem da festa na Alemanha são referentes a um renascimento dela. Provavelmente até tenha a ver com a Renascença. Comecemos pelo começo:
A Oktoberfest é bastante conhecida como um dos símbolos da colonização alemã no sul do Brasil. Sua incorporação às práticas dos imigrantes e descendentes é, no entanto, bastante posterior à realidade da imigração. Nos locais onde a festa ganha hoje a sua fama, como Blumenau/SC e Santa Cruz do Sul/RS, esta tradição remonta às últimas décadas do século XX. A partir da invenção desta tradição, foi alcançado grande desenvolvimento turístico e, por consequência econômico nestas cidades. Mas este traço característico da cultura bávara da Alemanha não teve seu início aqui no Brasil tão tardiamente como possa parecer. Porto Alegre, já em 1911, lançava a idéia de realizar uma Oktoberfest.
A SOGIPA foi a primeira entidade do país a realizar uma Oktoberfest. A iniciativa veio de um grupo de bávaros que, desde 1903, reunia-se para lembrar a cultura da terra dos seus ancestrais. Este grupo denominava-se Haberer. Desenvolveu sempre suas atividades dentro da SOGIPA, sendo uma delas a organização da Oktoberfest. Em alguns momentos a festa teve de ser suspensa, como na Segunda Guerra Mundial, devido às proibições advindas do conflito, retornando à prática após os ânimos terem sido controlados. A festa teve continuidade até a década de 60, quando a construção de uma sede social no Parque São João da Sogipa veio interromper a festividade por razão de segurança. Em 1980, a SOGIPA retoma a tradição com toda a força. Neste momento, a Oktoberfest passa a ser promovida pelo clube como um todo (a partir da orientação do departamento de bávaros) e entra em seu calendário como o maior evento do ano, reunindo em torno de 20 mil pessoas.
Na mesma época, outras localidades do interior do Estado e, sobretudo, de Santa Catarina buscam na festa uma forma de reavivamento das tradições alemãs em suas comunidades. A Oktoberfest ganha projeção nacional com os investimentos feitos sobre o evento de Blumenau, e esta passa a ser a Oktoberfest mais conhecida do país.
Por falar em bávaros, o brasão a que eu me referi anteriormente, quando escrevi sobre a Sogipa, é o brasão de armas dos bávaros.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Pós-eleição
Sobre mulheres em cargos de presidência e diretoria de empresas, política e outras profissões que exigem decisões rápidas e acertadas como piloto de caça, etc trago à baila uma dissertação sobre a duvidosa eficiência das mulheres neste aspecto:
Os caracteres sexuais secundários do homem: O hormônio sexual masculino exerce as seguintes ações: a criança cresce até atingir tamanho médio próprio ao sexo masculino, seus ossos se fortalecem, seus ombros alargam-se e a bacia permanece estreita... Os músculos se tornam fortes enquanto o revestimento gorduroso permanece moderado. A laringe aumenta e por isso a voz torna-se profunda. A pele cobre-se de pelos, no rosto aparece a barba, enquanto os cabelos permanecem curtos...
Os caracteres sexuais secundários da mulher: Sob a influência do hormônio ovariano, a menina cresce menos e permanece abaixo do tamanho médio masculino. Seu arcabouço ósseo é delicado, apenas a bacia torna-se mais larga e mais aberta que a do homem... Em consequência do pequeno crescimento dos ossos, o rosto permanece pequeno, o nariz curto, o maxilar estreito e a fronte baixa (tipo infantil). A laringe cresce pouco e assim a voz conserva timbre e altura infantis. Os cabelos são longos, enquanto no resto do corpo persiste o revestimento piloso infantil de "penugem de pêssego"...
As peculiaridades psíquicas da mulher: Como em sua estrutura corporal, também no caráter e na atitude psíquica permanece a mulher mais próximo da criança. Se ela está aparentada à criança é para melhor servir-lhe de mãe. Essa maior proximidade faculta-lhe compreendê-la melhor, enquanto o homem por seu desenvolvimento se afasta muito mais da criança e da infância que lhe ficam mais estranhas. Como a criança é a mulher feita mais para receber que para produzir, é mais aquecida pelo sentimento que iluminada pela razão, nela os instintos estão mais vivos que a consciência. Ela é mais inclinada a servir que a dominar, a sofrer que a magoar; e dessa forma sua natureza está colocada entre o homem e a criança para servir de esposa àquele, de mãe à esta e para constituir o centro de tão diversos membros da família.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Pura Euforia
Dei uma pesquisada hoje e encontrei letra e música do Bridal Chorus em alemão. Vou aprender já! Ópera é o céu! Aliás acho que vou entrar na aula de canto também já que eu me dei melhor no canto do que no piano. Eu era boa na técnica do piano, mas tinha problema ao enfrentar o público. Me afetava a concentração. No canto nunca me aconteceu isso. Já que eu gosto de estudar outras línguas posso unir o útil ao agradável. Fiquei sabendo essa semana que o meu ex violinista entrou na Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro. Fiquei muito feliz por ele. Se eu reencontrá-lo algum dia devo lhe felicitar muito por essa conquista. Ele sempre foi muito profissional e pontual nos compromissos dele. Só era um pouco sem-vergonha. Decerto é disso que o músico precisa pra enfrentar o público. Aí vai o link do coro a quem interessar:
Bridal Chorus
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
News News News
Pra quem ainda não sabe agora eu tenho três cães: a Princesa, uma collie preto e branco linda, a Mocinha, uma linguiça preto e dourado linda e o Caramelo, um dogue alemão dourado, lindo. Ele é filho da Princesa com provavelmente o cachorro do Rabello, o vizinho da frente. Tem quase um ano. Ele está numa fase de choramingar e latir grosso ao mesmo tempo. Já tem tamanho adulto. É típico da raça crescer rápido. Porém só alcançará a maturidade por volta dos três anos. Até lá ele ainda fará provavelmente algumas macaquices. Para esta semana está previsto que as duas entrem no cio e então já tiramos ele do canil para evitar problemas. Ele está se acostumando com a nova vida. Choramingou um pouco no início com era de se esperar.
Outra novidade é que também adotei um gato. Sério! Tá rindo por quê? Meu gato é branquinho, lindo. Só que é um gato quieto que não gosta muito de interagir comigo. Ele não é do tipo que gosta de colo e cafuné. Não! É um gato guerreiro, do coração duro. Mas eu gosto dele mesmo assim.
A propósito, sou a mais nova sócia da Sogipa, já é a segunda vez que eu me associo. E, bem, uma rápida observação no local permite a um visitante antenado compreender que a Sogipa foi fundada por alemães. Tem até uma casinha enxaimel com coraçõezinhos nas janelas e letreiros góticos nas paredes. Entender alemão já é difícil, em gótico piorou. Também tem um brasão de uma família alemã. E tem o nome de um alemão escrito em letras prateadas bem na entrada do centro de eventos. Vinha pensando nisso tudo no caminho, em participar da Oktoberfest da Sogipa, etc. Depois desviei o pensamento para outros assuntos e, para meu espanto, quando pisei no centro esportivo o que eu vejo? Um time de volêi de adolescentes altos e magros de cabelos louros de Nova Petrópolis.
Há ainda outra evidência de que a Sogipa é um reduto de alemães em Porto Alegre. A paróquia luterana e o colégio Pastor Dohms ficam bem atrás da sede, com acesso pela saída dos fundos. Essa paróquia me lembra de um casamento, a que eu não compareci, mas aguardava do lado de fora, enquanto o meu ex-namorado violinista acompanhava a solista no Bridal Chorus from Lohengrin, que ela interpretava em alemão. Não resisti à tentação de acompanhar em inglês em alto e bom som, mas a minha alegria durou pouco porque logo logo fui abordada por um guardinha, que decerto imaginava que uma ex-namorada vingativa do noivo viera estragar a festa.
domingo, 9 de setembro de 2012
Mais André Willième
O Brasil é um país pobre em recursos naturais, quer seja nas águas, no mar, na terra ou debaixo da terra. Todas as terras devem ser corrigidas com calcário e adubadas; ademais estão cheias de pragas vegetais e animais. A fauna silvestre é praticamente inexistente. As vacas, a maioria zebus degenerados, são famélicas e produzem miseravelmente três litros de leite por dia, enquanto uma vaca da Normandia dá trinta litros, da melhor qualidade. As reservas minerais são de um custo de exploração elevadíssimo, enquanto outras regiões do planeta podem produzir os mesmos minerais com lucro a custo muito mais acessíveis. O material humano é desastroso, por falta total de educação; os salários são lamentáveis, mas não há meios de aumentá-los devido à instabilidade político-econômica. E a eterna inflação que nutre políticos e burocratas, todos perfeitamente inúteis. As crianças, que nascem sem nenhum controle, são ineducadas, subnutridas ou abandonadas (30 milhões). No entanto, uma reduzidíssima elite discute as qualidades de Paul Bocuse, comendo caviar a 2000 o quilo (contrabandeado). A verdade - que nunca é dita - é essa: o Brasil é um país pobre. Somos nós, as mulheres e homens, que devemos criar os recursos alimentares e aproveitar tudo da melhor maneira possível. Por isso escrevo esses textos que vão provavelmente ferir ou escandalizar os fanáticos patrióticos que, em geral, são completamente inconscientes em relação ao conjunto do único país chamado Terra, um planeta insignificante no Universo. Dei aqui as melhores receitas práticas e nutritivas que conheço, levando em conta a terrível situação econômica das pessoas que vivem nesse país.
Taí mais uma opinião - um tanto exagerada - do irreverente André Willième.
Bouillabaisse
Olhem só o que encontrei:
À bessa é o mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas. Rui Barbosa, que se demitira do cargo de ministro plenipotenciário, quando da negociação do Tratado de Petrópolis, por se opor às diretrizes de Rio Branco, aceitara advogar a causa do Amazonas e chegara inclusive, não só a propor ação judicial, mas ainda a apresentar no Senado Federal projeto que mandava incorporar o Acre àquele Estado. O advogado contrário, Gumercindo Bessa, apresentara argumentos tão esmagadores e tão numerosos em favor dos acreanos, que logo se tornou figura respeitada nos meios forenses. Conta-se que certa vez um cidadão procurou o Presidente Rodrigues Alves pra pleitear determinados favores e com tal eloquência expôs suas idéias que o ilustre estadista teria observado: - O senhor tem argumentos à Bessa... Com o tempo a maiúscula de Bessa desapareceu. Entre os autores que registram essa origem da popular expressão se destacam Rodrigues de Carvalho, na "Revista Nova", nº 6 de abril de 1932, e Aires da Mata Machado Filho, no livro "Escrever Certo", 1ª série. Fonte: Dicionário Brasileiro de Provérbios, Locuções e Ditos Curiosos - R. Magalhães Júnior.
A origem da palavra bouillabasse é muito obscura e existem várias versões: "bouille à besse" (ferve à beça) parece uma idéia válida, já que o português é uma língua oriunda do provençal que foi misturada com o espanhol, e que o "à beça" continuou no português; foi também dito que os pescadores da região de Marselha fazem ferver (bouillir, em francês) o prato abaissés, isto é, de cócoras ou ajoelhados nas praias, em cima de pedras; se falou também que uma abbesse, abadessa em português, tinha inventado o prato, que seria o "ferve freira"; em provençal bouille pesce quer dizer sopa de peixes, se fala também de um sujeito imaginário, chamado Baysse. Fonte: Das Águas Brasileiras - André Willième.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Aníver
Essa semana é o meu aníver, dia 20 mais precisamente. Parabéns para mim. Para quem tiver interesse, já está na web a minha versão online da dissertação de mestrado, que na realidade é igual à versão impressa: Dissertação
Agradeço à todos que me ajudaram nas correções, fez toda a diferença no final. Retorno em breve.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Um neologismo bíblico
Encontrei a palavra Shekinah num livro e pesquisei algo mais sobre ela. Aí estão definições de fontes diversas, algumas com influência cristã, outras com influência pagã e outras com influência iluminista.
1) Shekinah. Significa sabedoria, é representada pelo sexo feminino que a personifica. Ela é mencinada no livro de Provérbios na Bíblia Sagrada, escrito pelo rei Salomão. Se tiver muita paciência poderá encontrar referências a ela em trechos obscuros do livro de Provérbios. Alcançar o conhecimento é algo semelhante à união com a Shekinah. Talvez daí tenha surgido o termo conhecer, tão frequentemente usado na Bíblia para indicar que alguém teve relações sexuais com outra pessoa.
2)Shekinah se estende para fora de Deus da mesma maneira que a mulher se estende para fora do homem, através da costela retirada deste.
3) SHEKINAH. Esplendor, glória ou presença de Deus habitando no meio do seu povo e o equivalente judaico mais próximo do Espírito Santo. O termo é posterior à Bíblia, mas o conceito está no ensinamento de que Deus habita no meio do seu povo (Êx 29.45). A glória de Deus é vista em fenômenos como relâmpagos e nuvens no monte Sinai (Êx 19.16) e a nuvem brilhante que descia sobre a tenda da congregação e guiou Israel pelo deserto (Êx 40.34). A glória divina também está presente de modo especial no templo e na cidade celestiais (Ap 15.8; 21.23). Foi vista na transfiguração de Jesus (Lc 9.32) e será vista quando Jesus voltar à terra (Mc 8.38).
4) SHEKINÁH É A FEMINILIDADE INTERIOR E É A FORÇA QUE MODELA E SUSTENTA TODA A CRIAÇÃO. ELA É O PRINCÍPIO DA SABEDORIA.
5)Shekinah: A presença de Deus, a santificação do universo molecular pelo Espírito Santo, é o que os antigos israelitas chamavam “hocma” - a ciência da alma, da afeição, da coragem e do ânimo, a capacidade para ver, para sentir, e portanto para agir como se o futuro dependesse de você.
Continua na próxima.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Trabalho - Conclusão
Pra terminar a série Trabalho vamos analisar os dois versos a seguir:
Eclesiastes 12:12: "Além disso, filho meu, sê avisado. De fazer muitos livros não há fim; e o muito estudar é enfado da carne".
Eclesiastes 1:18: "Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza".
Uma reflexão interessante sobre estes versos vem dos filmes de Hollywood. Não sei se alguém já parou para pensar que, se por um lado os filmes americanos ridicularizam o tipo nerd (cdf, caxias, etc), por outro lado, aonde é que estão os nerds mais nerds e mais celebrados (quem diria!) da atualidade? Não são aqueles tipinhos fundadores do Google e do Facebook? Não seria esta uma tática milenária de subjugar o povo pela ignorância? Os EUA não usam esta estratégia com o Brasil? E por que não aplicam o mesmo princípio a eles mesmos? O Google não está pondo em risco todos os segredos do império americano? Vê como Salomão era mesmo sábio em governar.
Para terminar, quero concluir que o rabino Nilton Bonder estava mesmo certo: a formiga trabalha demais. Perceba o leitor que só cheguei a essa conclusão depois de toda esta investigação. Não é porque é cabala judaica que eu acredito. A cabala, mesmo a judaica, foi desde o seu princípio infiltrada de outras filosofias, totalmente opostas às suas verdades milenares. Algumas dessas verdades foram pregadas por Cristo.
No próximo post falo mais um pouco sobre cabala.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Trabalho - Semi-Final
Revisitando a questão de Marta e Maria, quero acrescentar que o 'ouvir a palavra de Deus' implica em algo, alguma vantagem, que até agora não foi salientada. Lucas 5:5 fala de magia: "E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre havendo trabalhado toda a noite nada apanhamos; mas, sob tua palavra lançarei a rede". E todos sabem o que aconteceu, como as redes de 'Maria' voltaram cheias de peixes. Outra promessa mais para o futuro se encontra em Isaías 65:23, falando do paraíso: ..."Não trabalharão debalde"...
Outro ponto que levei muitos dias para esclarecer foi o das 'formigas de Salomão'. Lemos em Provérbios 6:6 que as formigas não são um povo preguiçoso, está certo? Agora, procure o verbete formiga na concordância bíblica. Ficará pasmo. As 'formigas de Salomão' são um povo impotente, diz lá, em Provérbios 30:25. Elas não relaxam, portanto não criam nada, não sabem fazer guerra, não estudam, não nada. Só trabalham e comem. Então por que será que Salomão fez tamanha lisonja às formigas? Oras, Salomão como rei de Israel usou da sua sabedoria para subjugar o povo; nada mais fácil de subjugar do que formigas. E ainda de lambuja elas produzem muitas riquezas para o reino que convertem-se em impostos para o rei.
Continuemos a pesquisa!
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Uma nova abordagem sobre trabalho
A escritora Taylor Caldwell em sua obra Médico de Homens e de Almas fala algo a respeito de trabalho. Quando descreve o caráter do personagem Diodoro ela diz o seguinte:
Nunca lhe ocorria como romano moral anacrômico, procurar algum divertimento sexual, nos fervilhantes bordéis de Antioquia, nem considerava próprio reunir-se a alguns companheiros romanos da cidade, para jogo, assistir a rinhas de galo, ou manter simples camaradagem. O lugar de um homem, depois de seu trabalho era o lar, segundo pensava Diodoro, por muito trivial que fosse a conversação da sua esposa. Bebia muito pouco à mesa e acreditava ser a embriaguez um dos pecados maiores. Assim sua única evasão estava no trabalho.
A palavra que mais explica este texto é o verbete 'evasão'. Neste contexto tem o sentido de distração. Entendo que a autora considera que além do trabalho a alma de um homem precisa de um pouco de distração, e que todos devem buscá-la, cada um com a quantidade de coragem que Deus lhe deu. Distração tem exatamente a ver com o padrão de ondas alfa que falamos no último post. Até existe a expressão 'entrei em alfa', que é quando o sujeito exagerou na distração e saiu totalmente fora de realidade, para o estado de transe. A idéia é aumentar a intensidade das ondas alfa no cérebro apenas.
sábado, 31 de março de 2012
Trabalho versus Descanso
Estou lendo, dentre outros, um destes livros, ditos de auto-ajuda - o autor que ajuda a gente. Fala algo sobre esforço:
Podemos aprender com os animais, em especial as formigas. Quando deixamos as coisas escaparem, pagamos um preço por isso. Os marinheiros sabem disto a respeito dos navios, os atletas sabem disso quanto a seus corpos, os estudantes quanto à suas mentes, e todos nós conhecemos o estado em que se encontra o nosso "quartinho do fundo". Qualquer jardineiro descobre desde cedo que as sementes brotam automaticamente. Você não precisa plantar sequer uma semente para ter ervas daninhas crescendo em seu jardim. As coisas só melhoram com esforço.
E sobre relax:
Você já notou o que acontece quando está tentando com muito empenho se lembrar de algo, chutar uma bola corretamente ou resolver um problema? Invariavelmente você não obtém o resultado que deseja. Geralmente, você e as pessoas em geral tem as grandes iluminações quando estão no chuveiro, na banheira, na cama ou usando o banheiro; lugares onde relaxam facilmente.
Do ponto de vista científico, quando relaxamos, nossas ondas cerebrais se movem em um ritmo mais lento - o padrão alfa -, no qual nos tornamos muito mais capazes e criativos. Nesse estado as soluções surgem mais facilmente. Mais uma vez podemos aprender com a natureza. Os pássaros e os animais trabalham, mas não trabalham dia e noite. Tente passar uma noite inteira falando com um papagaio. Os papagaios sabem quando é hora de parar. Assim como os ursos, os sapos, as renas e os roedores.
Agora é sério, só postarei mais duas vezes sobre trabalho.
Podemos aprender com os animais, em especial as formigas. Quando deixamos as coisas escaparem, pagamos um preço por isso. Os marinheiros sabem disto a respeito dos navios, os atletas sabem disso quanto a seus corpos, os estudantes quanto à suas mentes, e todos nós conhecemos o estado em que se encontra o nosso "quartinho do fundo". Qualquer jardineiro descobre desde cedo que as sementes brotam automaticamente. Você não precisa plantar sequer uma semente para ter ervas daninhas crescendo em seu jardim. As coisas só melhoram com esforço.
E sobre relax:
Você já notou o que acontece quando está tentando com muito empenho se lembrar de algo, chutar uma bola corretamente ou resolver um problema? Invariavelmente você não obtém o resultado que deseja. Geralmente, você e as pessoas em geral tem as grandes iluminações quando estão no chuveiro, na banheira, na cama ou usando o banheiro; lugares onde relaxam facilmente.
Do ponto de vista científico, quando relaxamos, nossas ondas cerebrais se movem em um ritmo mais lento - o padrão alfa -, no qual nos tornamos muito mais capazes e criativos. Nesse estado as soluções surgem mais facilmente. Mais uma vez podemos aprender com a natureza. Os pássaros e os animais trabalham, mas não trabalham dia e noite. Tente passar uma noite inteira falando com um papagaio. Os papagaios sabem quando é hora de parar. Assim como os ursos, os sapos, as renas e os roedores.
Agora é sério, só postarei mais duas vezes sobre trabalho.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Mais Trabalho
O texto referente a Marta e Maria pode confundir-nos e creio que, de fato, já terá dado origem a equívocos. À primeira vista parece que a argumentação de Jesus se concentre no contraste entre a imobilidade, a atitude absorta de Maria e a agitação de Marta. O mundo grego que foi o primeiro a receber o evangelho, estava profundamente marcado pelo dualismo espírito-carne, mundo - além-mundo, trabalho manual-contemplação intelectual, e viu neste epísódio duas personagens antagônicas: a escrava e a livre, a pessoa digna deste nome a subpessoa, aquela que não conseguiu realizar-se. Para o mundo grego de então, a contemplação, entendida como o olhar agudo, pentrante, prolongado, que se assenhoreia da realidade global do objeto contemplado, era a única atividade verdadeiramente digna do homem. Os trabalhos pesados, braçais, eram reservados aos escravos, aos sub-homens. O mundo grego jamais compreenderá, em toda sua profundeza, a imagem de Deus como um humilde oleiro que, com suas mãos habilíssimas, modela sua imagem e semelhança, que é o homem. Da mesma forma, jamais compreenderá "Deus que repousa" como um trabalhador que se extenuou pelo trabalho físico. Um leitor de cultura grega é levado a colher o episódio como imobilidade de Maria e azáfama de Marta.
Parece-me (ao autor) mais razoável colocar o centro do episódio no ouvir de Maria, no interesse que ela tem pelas palavras de Jesus. "Maria ficou sentada aos pés do Senhor, escutando-lhe a palavra". Infelizmente a narração do episódio na casa de Marta caiu nas "mãos dos gregos", que tiraram dela uma confirmação para a sua tese: "Vede, ficar à toa, como Maria, é o que todo mundo deve fazer; esta atividade contemplativa é a mais importante, a única realmente importante. A ocupação de Marta é de importância secundária". Insistimos, entretanto, em que o centro do episódio não é a imobilidade ou o êxtase de Maria, mas o interesse em ouvir a palavra de Deus.
Trechos extraídos do livro Alguém me Tocou do teólogo Arturo Paoli, Edições Paulinas, 2ª Edição, Título Original Contemplazione, Tradução Benôni Lemos.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Laboriosas formigas
Estou com um pouco de dificuldade pra postar porque tem dado um sol tão maravilhoso que é difícil ficar trancado numa sala fechada. Hoje finalmente consegui. Vou dar sequência ao tema da fábula A Cigarra e a Formiga. Vai dar uns dois ou três posts. O texto seguinte foi tirado de uma enciclopédia:
Essa aparência de inteligência que caracteriza o comportamento da formiga é, na verdade, um notável desenvolvimento do seu sistema nervoso. Um dos principais órgãos do sistema é a antena, de propriedades táteis e olfativas, ao mesmo tempo, que as formigas usam para se investigarem umas às outras toda vez que se encontram. As antenas duplas - um dos artículos é maior - individualizam as formigas entre todos os insetos, assim como a conformação do abdômen e a longevidade as distinguem entre os seus companheiros de ordem: a abelha e a vespa. Mas há um denominador comum entre estes, os mais evoluídos entre os insetos: seu caráter gregário.
Outro ponto que investiguei foi o texto de Provérbios 6 "Vai ter com a formiga..." do sábio Salomão. Um comentário de eruditos da Bíblia diz o que segue:
I)Preguiça é uma causa mais certa de pobreza e desgraça do que ser fiador para outro. O amigo creditado pode prosperar e a fiança nunca ser solicitada mas o vagaroso tem problema garantido.
II)Salomão foi um diligente estudioso da natureza. Ele ficou intrigado com o fato de as formigas levarem vida em comum em perfeita ordem e cooperação sem ninguém supervisionar o processo e ditar o trabalho que cada membro deveria fazer.
III)Tem havido muita discussão entre naturalistas e comentaristas quanto a se a formiga realmente tem tais hábitos como descritos neste texto, isto é, se ela de fato armazena comida para longo tempo. É hoje estabelecido, entretanto, que algumas espécies assim o fazem.
IV)A Septuaginta - versão da Bíblia traduzida por 70 sábios - tem a seguinte interessante adição ao verso 8: Ou vai à abelha e aprende quão diligente ela é, e quão duramente ela é engajada em seu trabalho; cujos labores reis e súditos usam para saúde, e ela é desejada e respeitada por todos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHTBBiB9AWjsHePBuqRHXJXiCCsfz7QBl-rXNoKLtnY6AtKZv7cPl6yCdGcwKg3dIj2jKeVhLV13ftwix9VyKjhMmjZpJlIyI9QWWLl8AgQh4pIl5XFUaAsBXczURfL63gQaqLKAjKviQ/s320/formiga-abelha-aranha-e-mosquito-thumb12768758.jpg)
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Em férias...
Volto em breve com tudo ao trabalho. Enquanto isso vou me refrecando na piscina do clube comercial de Taquara e lavando muita louça.
Boas férias para todos os que estão de férias hehehe...
Assinar:
Postagens (Atom)