sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
A identidade do Jack Estripador
Voltemos à era de Touro, avatar Krishna e daí passemos pela era de Áries, avatar Moisés, em seguida olhemos rapidamente a era de Peixes, avatar Cristo e, finalmente, vislumbremos a era de Aquário, avatar Maitreya. Estamos andando em cima do zodíaco, no sentido horário, percebe? Então vamos estudar essas eras baseando-se nas características de cada signo, que é o período do ano, em que o Sol passa pela constelação de mesmo nome. Vejamos, por exemplo, o signo de Áries, é masculino entre tantos outros adjetivos. E como era o deus deles, e a lei deles, não era tudo machista? Por acaso Moisés defendeu as mulheres como fez o avatar da era de Peixes? Pois Peixes é um signo feminino, coincidência? Aí está! Agora, pense na crise que cada fase de transição gera, crise econômica, crise social, etc Eu gosto de pensar que vivemos entre cada mudança de era uma transição ovo. Vá lá: galinha, ovo, frango, ovo, galinha, ovo, frango, e pode ser que às vezes saia galo em vez de frango, não sei bem.
Pois bem, no meio do "ovo" entre as eras de Peixes e Aquário, eis que surge, ele, o Jack Estripador. Ele, não era uma pessoa, ele, era uma conspiração aquariana, em miúdos: uma movimentação social servindo ao molde aquariano, isto é, do tipo do sujeito que vai ao Peque e Pague, se diverte e depois ainda chama a mulher de vagabunda, mata e estripa. A crise já passou. Ufa! Mas, observe bem, a sucessão das eras, não estamos andando sobre um círculo, o zodiacal, estamos andando sobre uma espiral. A espiral descreve a dissipação de energia de um oscilador harmônico amortecido com a passagem do tempo. Pergunta: e quando acabar a energia do nosso sistema (solar)?
sábado, 13 de dezembro de 2014
Branca de Neve 7ª parte
-Agora-disse ela-inventarei algo de que não escaparás. E valendo-se das artes de magia, em que era mestra, fabricou um par de sapatos voadores. Depois tornou a convocar o caçador. Novamente xingou-o por ter salvado a vida de Branca de Neve e mostrou-lhe a recompensa que teria se cumprisse o plano dessa vez.
O caçador atravessou as sete montanhas onde moravam os sete anõezinhos e bateu à sua porta:-Branca de Neve-gritou ele.
Branca de Neve abriu a janela e disse-lhe:-Siga adiante, que não devo abrir a porta a ninguém.
-Poderás, ao menos olhar o que tenho aqui-disse o caçador mostrando o par de sapato.
A menina estava precisando tanto de um sapato que esqueceu todas as recomendações e abriu a porta. O caçador estendeu-lhe o par de sapatos e ela calçou-os sem pestanejar. Imediatamente ela saiu voando mas conseguiu agarrar-se à chaminé da casinha.
O caçador lançou-lhe uma corda na qual ela se agarrou e foi puxada para baixo até o chão. Tirou então os sapatinhos e desistiu deles.
A rainha, de volta ao espelho, foi direto ao assunto:-Espelhinho, dize-me uma coisa: Quem neste país é a mais formosa?
E, como das outras vezes, o espelho respondeu:-Senhora rainha, vós sois como uma estrela, mas Branca de Neve, que mora nas montanhas com os sete anõezinhos, é mil vezes mais bela!
Ouvindo o espelho falar assim, a bruxa tremeu de ódio.
-Branca de Neve morrerá!-gritou.-Ainda que isso me custe a própria vida!
E, descendo à uma sala secreta onde ninguém tinha entrada a não ser ela, preparou uma maçã com um veneno fortíssimo. Por fora era linda, branca e rosada, capaz de dar água na boca da gente. Um só bocado, no entanto, era morte certa. Preparada a maçã, novamente chamou o caçador, e explicou-lhe o plano infalível. Este atravessou as sete montanhas, indo bater à porta dos sete anões. Branca de Neve olhou pela janela e lhe disse:-Não devo abrir a porta a ninguém; os sete anõezinho me proibiram.
domingo, 30 de novembro de 2014
Lixo?
Meu colega de trabalho me mostrou uma das músicas que ele fez no computador, ele é programador e usou de programação para fazer uns hits tipo tunti-tunti. Eu disse a ele que eu tinha gostado, mas que na opinião dos críticos de música aquilo era considerado um lixo.
Eu penso comigo que a música eletrônica e afins são considerados um lixo porque dão muita ênfase ao ritmo e pouca ou nada à melodia. Mais, a balada é considerada uma degeneração do baile, pelo mesmo motivo e por outros também, como a ausência de uma banda em carne e osso.
Bem, se a lógica for a mesma para músicas que dão muita ênfase à melodia então podemos tirar um "Jesus alegria dos homens", um "Panis Angelicus" pra lixo.
Creio que não é por aí, penso que a música rítmica tem sua utilidade nas academias por exemplo. E a música melódica serve muito bem à liturgia.
sábado, 15 de novembro de 2014
Quarto da bagunça
Arrumando o quarto da bagunça essa semana encontrei uns jornais velhos. Extraí uns artigos de um Zero hora de 14 de outubro de 1991, que são oportunos durante a Feira do Livro de Porto Alegre.
'A antologia Contos de Oficina 7, reunindo textos de 11 novos autores, terá lançamento hoje às 19 horas, no Centro Municipal de Cultura. Logo depois haverá uma performance sobre trechos da antologia, na sala Álvaro Moreyra, com direção de Breno Ruschel. A entrada é franca. Editada pela Livraria e Editora Acadêmica, a publicação tem apoio da Secretaria municipal de Cultura.
A Oficina Literária do curso de pós-graduação de Letras da PUC, de onde resulta mais essa antologia, é coordenada pelo escritor Luis Antônio de Assis Brasil e estimula o surgimento de novos autores. O trabalho se desenvolve em seminários sobre obras literárias de diferentes estilos e exercícios práticos de técnica e criação."Buscamos liberar de seus entraves psíquicos o escritor potencial que existe em cada participante", diz Assis Brasil'.
'Após vários meses fechado ao público em função de reformas no prédio, o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa reabre parcialmente suas atividades a partir de hoje. O setor de consultas a jornais será reativado, colocando à disposição do público uma das mais completas coleções de fontes escritas do País.
Fundado em 1974, o Museu Hipólito José da Costa, na Andradas esquina com Caldas Júnior, retoma parte de sua função enquanto instituição de memória e pesquisa na área da comunicação social. Além do jornalismo gráfico - agora reaberto - o museu abrange ainda as áreas de imagem e som (cinema, fotografia, televisão, vídeo, rádio e fonografia).
Mas é no setor de jornais e revistas que está o patrimônio mais valioso, pois abrange 64 anos de história do Rio Grande do Sul. Entre as centenas de títulos de seu acervo, podem ser encontrados exemplares do Diário de Porto Alegre de 1827, o primeiro jornal do Estado. Da segunda metade do século XIX são encontrados os jornais partidários que marcaram época, como A Federação, editado e impresso onde atualmente funciona o museu.
Entre os jornais mais recentes existem vários títulos já desaparecidos, como Última Hora, A Hora, Folha da Tarde, Folha da Manhã, Jornal do Dia, e Diário de Notícias.'
sábado, 1 de novembro de 2014
Branca de Neve 6ª parte
Chamou de novo o caçador, antes de mais nada xingou-o por ter salvado Branca de Neve. Depois mostrou-lhe ouro e pedras preciosas que ele ganharia se conseguisse cumprir o plano dessa vez. Mandou que o caçador levasse um presente a Branca de Neve: um vestido novo.
Então dirigiu-se às montanhas onde moravam os sete anõezinhos. Quando chegou à casinha, bateu à porta e gritou: - Branca de Neve!
A menina espiou pela janela e reconheceu o caçador. - Presentes da tua madrasta - avisou ele.
Branca de Neve abriu-lhe a porta feliz, pois imaginava que a sua madrasta estava satisfeita em vê-la longe.
Colocou, pois, o vestido, mas esse era tão apertado na cintura que ela ficou sem respiração e caiu como morta.
O caçador depressa desamarrou o cordão do espartilho. A menina começou a respirar levemente e pouco a pouco foi voltando a si.
Quando os anões souberam de tudo, foram logo dizendo: - A tua madrasta ainda não desistiu de te matar. Toma cuidado e não deixes entrar ninguém enquanto estivermos fora.
Quanto à bruxa, ao entrar no palácio, correu para o espelho e perguntou:
- Espelhinho dize-me uma coisa: Quem nesse país é a mais formosa?
E o espelho respondeu como antes:
- Senhora rainha, vós sois como uma estrela, mas Branca de Neve, que mora nas montanhas com o sete anõezinhos, é mil vezes mais bela.
Ao ouvir essas palavras o sangue quase parou nas suas veias, tão grande foi a surpresa que teve, pois viu que Branca de Neve continuava com vida. A rainha começou a passar mal e teve que ser acudida, para que não desmaiasse.
domingo, 19 de outubro de 2014
A Branca de Neve 5ª parte
E ficou em companhia dos anõezinhos. Desse dia em diante passou a cuidar da casa com todo o cuidado. De manhã, eles saiam para a montanha em busca de ouro e outros minerais. Quando, à tarde, regressavam, a comida já estava preparada. Durante o dia a menina ficava sozinha e os bons anõezinhos a aconselhavam:
-Cuidado com a tua madrasta, que não tardará a descobrir que estás aqui. Não deixes ninguém entrar.
Mas a rainha, certa de que tinha comido o coração e o fígado de Branca de Neve, pensou que era de novo a primeira em beleza. Certo dia, porém, colocou-se em frente ao espelho e lhe perguntou:
-Espelhinho, dize-me uma coisa: Quem neste país, é a mais formosa?
E o espelho respondeu:-Senhora rainha, vós sois como uma estrela, mas Branca de Neve, que mora nas montanhas com os sete anõezinhos, é mil vezes mais bela!
A rainha levou um choque, porque sabia que o espelho falava a verdade. Ficou sabendo que o caçador a enganara e que Branca de Neve não estava morta. Pensou, pois, noutra maneira de desfazer-se dela. Por fim teve uma idéia.
domingo, 12 de outubro de 2014
A Branca de Neve 4ª parte
Depois, o primeiro deu uma volta pela sala e viu que o lençol de sua cama estava um pouco amarfanhado. Exclamou surpreso:
- Quem subiu na minha caminha?
Os demais vieram correndo e todos gritaram:
- Alguém esteve deitado na minha caminha!
O sétimo, porém, ao examinar a sua, descobriu nela Branca de Neve adormecida. Chamou os outros, que acorreram logo e não puderam conter suas exclamações. Trouxeram a lanterna e iluminaram a menina.
-Oh, meu Deus! - diziam eles. Que bela criaturinha!
E foi tal sua alegria que decidiram não acordá-la, mas deixar que continuasse dormindo na cama. O sétimo anão se acomodou com seus companheiros, uma hora na cama de cada um, e assim transcorreu a noite.
Quando raiou o dia, Branca de Neve despertou e, ao ver os sete anões, assustou-se. Eles, porém, a saudaram amavelmente e perguntaram:
-Como te chamas?
-Branca de Neve - respondeu ela.
-E como chegaste à nossa casa? - continuaram a indagar os homenzinhos. Ela, então, contou-lhes que sua madrasta tinha dado ordem de matá-la, mas que o caçador lhe poupara a vida; que correra durante todo o dia até que, ao anoitecer, encontrara a casinha.
Falaram os anões:
-Queres cuidar de nossa casa? Cozinhar, fazer as camas, lavar e remendar a roupa e manter tudo em ordem e bem limpinho? Se concordares, poderás ficar conosco e nada te faltará.
-Sim - respondeu Branca de Neve. - Com muito prazer.
domingo, 5 de outubro de 2014
Branca de Neve 3ª Parte
Havia uma mesinha coberta com uma toalha branquíssima, com sete minúsculos pratinhos, cada qual com uma colherinha; e também havia sete faquinhas, sete garfinhos e sete copinhos. Junto à parede estavam alinhadas sete pequeninas camas, com lençóis de imaculada alvura.
Branca de Neve, que estava com fome e sede, comeu um pouquinho dos legumes e um bocadinho de pão de cada prato e bebeu uma gota de vinho de cada copo, pois não queria tirar tudo de um só. Depois, sentindo-se muito cansada, pensou em deitar-se, mas as camas que experimentou eram largas demais ou, então, muito curtas. A sétima, finalmente, serviu-lhe bem. Deitou-se nela e, agradecendo a Deus, adormeceu.
Já era noite fechada quando os donos da casa chegaram. Eram sete anões que se dedicavam a escavar minerais no morro. Acenderam suas sete lanterninhas e, quando a sala iluminou-se, viram qua alguém ali havia entrado, pois as coisas não estavam em ordem como as tinham deixado ao sair.
Disse o primeiro dos anõezinhos:
Quem se sentou em minha cadeirinha?
E o segundo:
Quem comeu do meu pratinho?
E o terceiro:
Quem cortou um pedaço do meu pão?
E o quarto:
Quem comeu de minha verdura?
E o quinto:
Quem usou meu garfinho?
E o sexto?
Quem cortou com minha faquinha?
E o sétimo:
Quem bebeu do meu copinho?
domingo, 28 de setembro de 2014
Branca de Neve 2ª parte
O caçador, obedecendo, encaminhou-se para o bosque com a menina. Mas, quando já ia cravar a faca no coração inocente da criança, esta começou a suplicar chorando:
Tem dó de mim, bom caçador, deixa-me viver... Ficarei no bosque e nunca mais voltarei ao palácio.
E, como era tão formosa, o caçador comoveu-se e disse-lhe:
Vai-te, pobrezinha! -E pensou: "As feras não tardarão a devorar-te!"
Sentiu-se, no entanto, aliviado por não matá-la.
Naquele momento passava por ali um veadinho, e o caçador, então, matou-o. Tirou-lhe o coração e o fígado e os levou à rainha como prova de haver cumprido sua ordem. A perversa mulher entregou-os ao cozinheiro para que os preparasse e depois os devorou, pensando que eram o coração e o fígado de Branca de Neve.
Nesse meio tempo, a pobre menina estava sozinha na imensa floresta. Sentia tanto medo que se sobressaltava ao menor movimento nas folhas das árvores, sem saber o que fazer. Saiu correndo por entre espinhos e pedras pontiagudas. Os animais selvagens passavam, saltando, a seu lado, mas não lhe faziam mal nenhum. Continuou correndo enquanto seus pés podiam carregá-la, até que o sol se escondeu. Viu, então, uma casinha e nela entrou para descansar.
Tudo ali era diminuto, mas tão caprichado e limpinho que não há palavras que possam descrever aquele primor.
Descontos de Grimm IV
Branca de Neve
Em um dia de inverno rigoroso, flocos de neve caíam do céu como plumas brancas. Uma rainha achava-se cosendo junto ao rebordo de ébano da janela. Enquanto cosia, olhando para os flocos, aconteceu espetar a agulha em um dos dedos e três gotas de sangue pingaram sobre a neve. E, como o vermelho do sangue se destacava, vivamente, sobre o fundo branco, ela pensou: "Ah, se eu tivesse uma filha, branca como a neve, corada como o sangue e de cabelos negros como o ébano desta janela..."
Pouco tempo depois, nasceu uma menina que era branca como a neve, de faces coradas como o sangue e cabelo negro como a madeira de ébano. Por isso lhe puseram o nome de Branca de Neve. Mas, ao nascer a filha, a rainha morreu.
Um ano depois o rei tornou a casar-se. A nova rainha era muito linda, mas orgulhosa e petulante e não suportava que alguém a superasse em beleza. Tinha um espelho mágico e, cada vez que se olhava nele, perguntava:
-Espelhinho, dize-me uma coisa: Que neste país, é a mais formosa?
E o espelho respondia:
-Senhora rainha, vós sois a mais formosa em todo o país.
A rainha ficava satisfeita, pois sabia que o espelho falava sempre a verdade.
Enquanto isso, Branca de Neve foi crescendo e se tornando cada vez mais linda. Quando completou sete anos, era tão bela como a luz do sol, e muito mais que a própria rainha. Esta, certo dia, perguntou ao espelho:
-Espelhinho, dize-me uma coisa: Que neste país, é a mais formosa?
Respondeu-lhe o espelho:
-Senhora rainha, vós sois como uma estrela. Mas Branca de Neve é mil vezes mais bela!
A rainha empalideceu de inveja e, desde aquele dia, cada vez que via Branca de Neve, sentia o coração apertar dentro do peito, tanto era o ódio que sentia contra a menina. E a inveja e o orgulho, como ervas daninhas, cresceram cada vez mais em sua alma, não lhe dando sossego dia e noite.
Certa ocasião, chamou um caçador e lhe disse:
-Leva esta menina à floresta, porque eu não posso mais vê-la. Deverás matá-la e, como prova de teres cumprido minha ordem, traze-me o seu coração e o seu fígado.
sábado, 6 de setembro de 2014
Perguntas para Reflexão
1)Chamar uma pessoa muito branca de lagartixa é considerado injúria racial?
2)Se sim, qual é a pena? Dez veraneios sem ir à praia serve?
3)Se não então as lagartixas vão continuar ligando a mínima pra o apelido?
4)Será que esses turistas que pensam que o Brasil é um país de macacos e bananas sabem que no Brasil também há lagartixas?
5)Será que eles leram O Diário de um Banana?
6)Será que eles sabem que lagartixas comem mosquitos?
7)Alguém aí se dispõe a escrever O Diário de um Mosquito?
8)Será que as lagartixas são nativas do Brasil ou são importadas?
9)Segundo a teoria de Darwin pode-se afirmar que o macaco evoluiu da lagartixa?
10)Se sim então o Planeta dos Macacos é mais evoluído economicamente que a Europa?
11)Se não então pode-se afirmar que a lagartixa degenerou do macaco?
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
A Bela Adormecida 2ª parte
Até que um dia decidiram consultar um sábio ainda relutantes, mas foram. Este aconselhou que chamassem todos os príncipes do reino e mandassem que eles beijassem a princesa. Ela os veria como num sonho e quando ela se apaixonasse por um deles acordaria. A sugestão do sábio pareceu magnífica aos olhos do rei e da rainha. Então, mandaram vir todos os príncipes do reino, um por um. Mas, depois de virem cem nada tinha acontecido de extraordinário. E só havia mais um, que jazia adormecido há muitos anos segundo o relato do sábio.
Ele lhes contou a lenda do Belo Adormecido do Bosque. Ele disse a eles que esperassem o príncipe acordar para chamá-lo ao seu reinado. Mas, o rei e a rainha sabiam que o sábio conhecia uma solução mais rápida, então ofereceram-lhe muito ouro e pedras preciosas, para que ele resolvesse logo o caso. O sábio pediu licença e invocou a décima-terceira fada, a que havia amaldiçoado o príncipe. Logo o sábio voltou e ordenou ao rei e à rainha que organizassem uma festa em honra à décima-terceira fada e o príncipe então acordaria do seu sono. Tudo transcorreu como o sábio dissera: o rei e a rainha fizeram uma festa em honra à décima-terceira fada, o príncipe acordou e veio ao encontro da Bela Adormecida do Bosque, ele beijou-a e no mesmo instante ela abriu os olhos. Os dois então se casaram, sob a benção das 13 fadas, e viveram felizes para sempre.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Descontos de Grimm III
A Bela Adormecida
Viviam, há muitos anos, um rei e uma rainha que todos os dias se lamentavam:
-Ah, se tivéssemos um filho!
Mas nunca eram atendidos. Certo dia em que a rainha estava tomando banho no rio, um sapo saltou das águas e lhe disse:
-Teu desejo será satisfeito; antes de um ano darás à luz uma filha.
E aconteceu o que o sapo anunciara; a rainha teve uma menina tão linda que o rei não cabia em si de alegria e organizou uma grande festa. Convidou não só seus parentes, amigos e conhecidos, mas também as fadas, para que elas abençoassem a criança. Havia no seu reino 13 fadas e, como o monarca só tinha doze pratos de ouro para servi-las no banquete, não teve outro remédio senão deixar uma dela sem convite.
A festa celebrou-se com todo o esplendor e, quando terminou, cada uma das fadas concedeu à menina um dos seus dons maravilhosos. A primeira lhe presenteou a virtude; a segunda, a beleza; a terceira, a fortuna e, assim, sucessivamente, dotaram-na de tudo quanto se possa desejar neste mundo. Quando onze fadas haviam pronunciado suas graças, apresentou-se, de repente, a décima-terceira que, desejando vingar-se por não haver sido convidada para a festa, exclamou, sem olhar para ninguém:
-Quando a princesa completar quinze anos será atingida por uma flecha e cairá morta.
Todos os presentes ficaram apavorados. Restava, porém, a décima-segunda fada, que ainda não havia expressado o seu desejo. Embora não tivesse poderes para anular a sentença fatal, pôde atenuá-la. Adiantando-se pois, disse:
-A princesa não morrerá, mas vai cair num sono que durará cem anos!
Enquanto isso, os dons concedidos pelas boas fadas foram se manifestando na menina. Ela tornou-se linda, modesta, amável e ajuizada, fazendo com que todos a estimassem.
No dia em que completou quinze anos aconteceu que o rei organizou um desfile para mostrar sua filha aos seus súditos. Então saíram na carruagem real, o rei, a rainha e a princesa. Logo atrás vinha outra carruagem com a guarda real. Imaginem vocês o que aconteceu: um rapaz chegou muito perto da moça e a guarda preparou-se para flechá-lo. No entanto, o atrevido moveu-se com tamanha rapidez que deixou o caminho livre para a flecha e esta acertou a moça. Acertou justo no dedo. Mal, porém, foi atingida, realizou-se a maldição. No mesmo instante, caiu sem sentidos sobre o banco da carruagem adormecendo profundamente. Contudo, o rei e a rainha ficaram acordados e construíram um túmulo de vidro para que a sua filha ali repousasse em paz. Eles iam todo dia ao túmulo e choravam.
sábado, 9 de agosto de 2014
Nota Importante
Essa nota foi encontrada no prefácio do livro "Converse em Italiano em 30 dias": Sendo a língua italiana uma das mais ricas que há, e existindo nela uma infinidade de sinônimos, a tarefa de organizar um livro que ensine a falar em trinta aulas não é nada fácil.
Acresce que embora sendo a Itália um país tão pequeno territorialmente, ali se falam várias dezenas de dialetos, patuás e regionalismos (que em geral são desconhecidos em outras cidades ou zonas). São conhecidíssimos os casos de pessoas que estudam italiano durante alguns anos e quando vão à Itália só se fazem entender em duas ou três cidades, e também compreendem o que lhes dizem apenas em raros lugares daquele formoso país.
Por estas razões, o italiano que se ensina nestas páginas não é, por assim dizer, o de Dante... embora haja quem entenda que é esse que se deve aprender, por ser mais correto e mais literário. Aliás, raras são as criaturas que entendem a linguagem antiquíssima e muito original e raríssimas as que tem cultura literária suficiente para isso...
Nesta modesta obra procuramos empregar o italiano que está em vigor atualmente, dando ainda, uma vez ou outra, um pouquinho desses dialetos utilizados por muitos milhões de italianos, para que se possa ter ao menos uma noção disto.
A fim de exemplificar melhor, desejamos dar desde já, nesta nota, algumas expressões e certas pronúncias, além de uns poucos sinônimos. Esta língua é a de uma terra que no passado possuía um elevadíssimo índice de analfabetismo, de maneira que o povo aprendia "de ouvido". Ora, tudo quanto ouvimos apenas, em lugar de ler e estudar, sofre numerosas deturpações. A maneira de escrever também varia um pouco, pois ora escrevem várias palavras separadas, ora numa só. Alguns acentos se destinam a facilitar a pronúncia. Aliás, o único acento que os italianos usam é o grave.
Vejamos então, alguns exemplos, com dialetos e tudo:
rapaz, moço ................ ragazzo, giovane, giovine, masnèn
fazer ..................... fare, far, faccire
tomate ........................ pomodoro, pummarola, pommoro, pommadò
jornal .................... giornale, giornal, iornale, iurnale
Deus ....................... Dio, Iddio, Iddì, Di
Mocinha .................... giovinetta, giovanetta, giovine, fia
amanhã ..................... domani, dimani, doman, dimane
Nossa Senhora ................ La Madonna, a maronna, a marò
No meio ...................... nel mezzo, immiez, immez, nu miezzo
Escola ....................... scuola, iscuola, scola, scuò
e assim sucessivamente.
Enfim, no italiano... vale tudo, por assim dizer. Nas localidades próximas da fronteira com a França falam um italiano afrancesado. Há uma parte da Itália onde, para dizerem "Quem foi aquele que colou aquelas colunas?" (Chi è quello che ha incollato quelle colonne là?)dizem assim: "Chi calè colù che la culè cule colonne là?"
Uma coisa não varia, em todo o território italiano: é o falar cantando. Sim, esse idioma não se fala, mas canta-se... nos mais variados tons e ritmos. O que muito concorre para isto é o fato de serem quase todas as letras dobradas; ora, isto quase sempre faz as vezes de acentuação, produzindo uma breve pausa entre cada uma das letras duplas. Ademais, esta língua tão bela e sonora se fala acompanhada de inúmeros gestos com as mãos, os braços, a cabeça e o corpo, como se unissem à música, a dança.
Acrescentaremos por fim, que o italiano se fala, geralmente, em tom alto, agudo, forte, com gritos, exclamações teatrais, violência, imprecações, pragas, ameaças, insultos... Dir-se-ia que o povo italiano traz no sangue a essência dos vulcões que agitam o seu solo.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Descontos de Grimm II
A Gata Borralheira Era uma vez um homem que tinha duas esposas. Este homem tinha três filhas, uma da primeira esposa e as outras duas da segunda esposa. Acontece que a filha da primeira tinha a pele muito branca, mas o coração negro e maldoso. Seu nome era Emanuelle; e as filhas da segunda tinham a pele bronzeada, mas o espírito alvo como a neve. Eram muito trabalhadeiras estas duas, Mona e Lisa eram os seus nomes, mas Emanuelle era preguiçosa e fofoqueira. Mona e Lisa cresceram fortes e robustas e Emanuelle cresceu franzina e branquela, pois estava sempre dentro de casa enquanto suas duas irmãs estavam estendendo roupa, cuidando o jardim, colhendo verduras na horta e frutas no pomar.
E assim chegaram dias em que Mona e Lisa deram um basta, diziam elas: - Quem quiser pão terá de merecê-lo. Essa preguiçosa que vá para a cozinha! Tiraram-lhe seus lindos vestidos, fizeram-na enfiar roupas velhas e deram-lhe um par de tamancos para calçar. Então levaram-na para a cozinha, e gritavam rindo:
- Vejam a bela princesa, como está bem vestida!
Ali passava ela o dia inteiro ocupada com trabalhos pesados. Pela manhã levantava-se antes de raiar o dia, carregava água, acendia o fogo a lenha, cozinhava e lavava roupa. E não era só isso. Suas irmãs ainda ralhavam com ela constantemente para que não fugisse aos deveres. À noite cansada de tanta trabalheira logo adormecia numa cama improvisada junto ao calor do fogão. Por isso andava sempre empoeirada e suja e todos em casa a chamavam de Gata Borralheira por causa das cinzas do fogão.
Certa vez o pai, pretendendo ir à feira, perguntou às irmãs Mona e Lisa o que desejavam que lhes trouxesse de presente.
– Lindo vestidos – disse uma delas.
– Pérolas e pedras preciosas – disse a outra.
E tu Borralheira – indagou o pai – o que desejas?
– Pai na sua volta, corte o primeiro ramo floreado que lhe tocar o chapéu e traga-o para mim.
O homem, que era rico, comprou belos vestidos, pérolas e pedras preciosas para Mona e Lisa. De regresso, ao cavalgar pelo mato, um ramo de ipê lhe fez cair o chapéu. Quando chegou em casa deu a cada filha o que haviam pedido. Borralheira pegou o ramo e plantou-o no quintal. O ramo foi crescendo, crescendo até tornar-se uma bela árvore. A Borralheira ia lá três vezes por dia, chorava e rezava para não ter mais que trabalhar daquele jeito.
Aconteceu que o rei organizou uma festa que deveria durar uma semana e as moças mais formosas foram convidadas para que o príncipe herdeiro escolhesse dentre elas a sua esposa. Quando as duas irmãs Mona e Lisa souberam que haviam sido convidadas ficaram que não cabiam em si de alegria e chamaram logo Borralheira que não havia sido convidada.
– Penteia-nos – disseram-lhe. Escova nossos sapatos e fecha as fivelas. Vamos à festa no palácio real.
Borralheira obedeceu mas começou a chorar porque também gostaria de ir ao baile. Pediu pois à sua mãe que a levasse.
– Por que não fui convidada, por que não fui convidada? – murmurava ela.
– Quem sabe o convite se extraviou Emanuelle – disse-lhe a sua mãe.– Vá tomar um banho para tirar as cinzas da tua pele, depois vista o teu melhor vestido de festa e adorna-te com as tuas melhores jóias.
Então ela foi e vestiu um vestido bordado a ouro e prata e uns sapatinhos adornados de seda. Infelizmente, a mãe de Mona e Lisa não gostou da ideia de Emanuelle ser eleita a princesa. E pra não arrumar briga a mãe de Emanuelle proibiu-a de ir ao baile. Quando Mona e Lisa chegaram ao lugar da festa, o príncipe que era alto, olhou por cima das moças, e falou:
– Falta uma moça , o censo diz que há 300 moças no meu reino. Eu tenho ciência de tudo que se passa no meu domínio e eu sei que falta uma moça prendada que dispensa até o uso de criados. Mandem buscá-la!
Enquanto isso Emanuelle chorava e suplicava à sua mãe que a permitisse ir ao baile. A moçoila levou um susto quando a carruagem real parou na sua porta e mandou-a entrar. Enxugou logo as lágrimas e recompôs-se. Só então entrou na carruagem. Logo estavam de volta no baile. O príncipe foi ao seu encontro, deu-lhe a mão e dançou com ela. Depois dançou com as suas irmãs Mona e Lisa, uma de cada vez. E tornou a dançar com ela. Dançou com todas as moças convidadas. E sempre tornava a dançar com ela. Se acaso outro se aproximava para convidá-la, ele dizia: – Ela já tem par. Borralheira dançou até tarde, quando, então, quis voltar pra casa.
– Vou acompanhar-te – disse-lhe o príncipe, pois pretendia pedir a sua mão ao seu pai. Mas ela conseguiu escapar-lhe e se refugiou no celeiro junto com os gatos. Era arisca a Gata Borralheira.
No dia seguinte, na hora de começar a festa, a carruagem veio apanhá-la de novo e trouxe-lhe um vestido mais belo que aquele do dia anterior. Quando a moça se apresentou no palácio, todos ficaram assombrados diante da sua beleza. O príncipe que já a esperava o tempo todo, logo tomou sua mão e só dançou com ela. Se aparecia outro para convidá-la, ele dizia: – Ela já tem par.
Quando a jovem quis retirar-se, o príncipe a seguiu ansioso para pedir a sua mão. Ela, porém, desapareceu rapidamente no celeiro de gatos. Ele procurou-a aqui e ali, abriu a porta do celeiro e só viu vários pares de olhos mirando-o fixamente. Então fechou a porta intrigado e, Emanuelle saiu de trás da porta.
No terceiro dia, a carruagem veio apanhá-la e trouxe-lhe um vestido magnífico, como ainda não tivera igual, e os sapatinhos eram inteiramente dourados. Ao se apresentar na festa com aquele traje belíssimo, os convidados se surpreenderam tanto que não podiam fechar a boca de admiração. Alguns a tiveram por ladra, pois, diziam eles “Da onde ela arrumou a fortuna que custa esse vestido?”.
O príncipe só dançou com ela e, se alguém a convidava ele dizia: – Ela já tem par. Na hora de sempre Borralheira se despediu. O príncipe quis acompanhá-la, mas a moça lhe escapou com tanta rapidez que ele não a pode seguir. Desta vez, porém, o príncipe recorrera a um ardil. Deixara um cavaleiro de plantão na casa da moça em localização estratégica. Assim, mal a moça adentrara o celeiro dos gatos foi agarrada pelo braço. De volta ao palácio o rei a recebeu e também ao seu pai.
No dia seguinte a mãe de Mona e Lisa protestou:
– Mona e Lisa são muito mais bonitas que essa..., essa Gata Borralheira; merecem muito mais a oportunidade de ser princesa.
E o marido que já havia aceito dar a mão de Emanuelle em casamento acabou por ouvi-la para acabar com a importunação. Voltou ao palácio levando as duas consigo e bradou:
– Só posso dar a mão de Emanuelle se Vossa Alteza aceitar desposar primeiro uma dessas minhas duas filhas.
E o filho do rei lançou mão de mais um ardil, ofereceu às duas irmãs um casamento pomposo com dois ilustres duques e o título de duquesa a cada uma delas. Trato feito e selado! De volta para casa o cocheiro cantarolava:
"A noiva verdadeira não é essa que aí vai! É a cozinheira, é a lavadeira, é aquela por quem o coração do príncipe cai!"
Ao chegar o dia do casamento, estavam as três moças uma mais formosa que a outra e entraram juntas na igreja, e festejaram juntas no mesmo baile e foram felizes para sempre.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Descontos de Grimm
Essa é a minha versão do conto da Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina tão boa e carinhosa que todos, só de olhá-la, lhe ficavam querendo bem. Mas quem mais a estimava mesmo, era a sua avozinha, que já não sabia o que fazer para mimá-la. Certo dia deu-lhe, de presente, um chapeuzinho vermelho, de veludo. Assentava-lhe tão bem que a pequena não queria usar nenhum outro e por isso a chamavam de Chapeuzinho Vermelho. Disse-lhe um dia sua mãe:
– Chapeuzinho Vermelho, aqui tens um bolo e uma garrafa de vinho; leva-os para tua avozinha. Ela ficará mui contente. Põe-te a caminho antes do sol forte e, quando estiveres lá fora, anda direitinho e não te afastes da estrada; poderás encontrar o lobo mau. Quando entrares no quarto, não te esqueças de dizer “bom dia”.
– Farei tudo como disseste – respondeu Chapeuzinho.
Acontece, porém, que a avozinha morava no bosque, cerca de meia hora da vila. Quando Chapeuzinho entrou no bosque, levantou os olhos e, ao ver dançar os raios de sol por entre as árvores e tudo em torno cheio de lindas flores, pensou “Se eu levo um ramo à avozinha, lhe dou uma alegria; é cedo ainda e chegarei a tempo”. E afastou-se do caminho para entrar no bosque à procura de flores. Quando colhia uma, parecia-lhe que, um pouco mais adiante, havia outra ainda mais bonita e, assim, penetrou cada vez mais no fundo do mato. E eis que surge o lobo. Chapeuzinho assustou-se mas surpreendeu-se com ele pois mostrou-se “camarada”:
– Onde vais Chapeuzinho?
– Vou à casa da minha avozinha.
– Queres que eu te acompanhe? Há muita maldade por aí, tu precisas de proteção.
– Quero sim, vou levar essas flores para ela e, também, bolo e vinho. Chegando à casa da avozinha, Chapeuzinho bateu à porta.
– Quem está aí?
– Chapeuzinho Vermelho que traz bolo e vinho para ti. Abre!
A avozinha reconheceu a voz da netinha e abriu a porta. O lobo não perdeu tempo e, de uma só vez, devorou as duas. Ficou com uma pança de 5 meses de gravidez. No entanto, o caçador ouvira os gritos das duas e pusera-se a caminho da casa da avozinha. Quando chegou lá viu a avó na cama, com as cortinhas fechadas, a touca quase lhe tapando o rosto, apresentando um aspecto muito esquisito.
– Avozinha – disse ele – como estão grandes os teus olhos.
– É pra te ver melhor.
– E como estão grandes as tuas mãos.
– É pra te pegar melhor.
– Mas, avozinha, que boca mais horrível.
– É pra te comer melhor!
Mal disse isso o lobo saltou da cama e foi atingido por uma bala da espingarda do caçador. O lobo caiu semi-morto. O caçador largou a espingarda, pegou o lobo de ponta-cabeça e sacudiu bem, devolvendo assim Chapeuzinho Vermelho e sua avozinha à vida. A menina exclamou:
– Como me assustei! E que escuridão na barriga do lobo!
O caçador deu mais um tiro no lobo que caiu morto no chão. Os três, então, se sentiram muito felizes. O caçador tirou a pele do lobo e levou-a consigo. A avozinha comeu o bolo e bebeu o vinho que Chapeuzinho lhe trouxera. A menina, por sua vez, pensou “Nunca mais me afastarei, sozinha, do caminho, quando minha mãe o tiver proibido”.
domingo, 29 de junho de 2014
Murais da Ufrgs II
De um antigo relógio alemão
soa uma sincronizada melodia
seguida de doze secas badaladas.
É meia-noite.
De um lado da sala,
uma lareira de tijolos escurecidos pelo fogo
aquece o ambiente, emitindo um desarmonioso jogo de sombras.
Suas labaredas avermelhadas entre suaves tons azulados,
contrastam apenas com a luz de um pequeno lampião enferrujado
sobre uma rústica mesa de madeira.
Por entre as frestas da janela,
cujos vidros um tanto embaçados permitem
a visão da lua e das estrelas reluzindo opacamente
em meio a bruma que cobre toda a cidade;
penetra, causando um frio doído de solidão,
o Vento,
que em harmonia com o incessante vai-e-vem
do pêndulo do relógio,
leva à uma sufocante depressão melancólica
e faz com que, lá fora, as folhas das árvores
dancem, numa melodia compassada
de agudas notas cálidas.
Espelho Natureza de Viviane Grahl
terça-feira, 17 de junho de 2014
Murais da Ufrgs I
Éramos tantos...
Éramos índios, negros, mulatos, mulheres, amarelos, homens, crianças, brancos, enfim...
Muitos de nós, feito piratas, uníssonos, falávamos em saquear os navios, seus lemes, seus mapas, mistérios, segredos.
Em naufrágios contidos na coragem, revelaríamos o que só as águas sabem guardar.
Renato Gusmão em Café com Angu - crônicas e outros poemas.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Animais Abandonados
Ontem estive na festa do mel em Ivoti e tive uma surpresa agradável. Ao pararmos pra pedir informação, nos deparamos com uma casa cheia de gatos, 35 a 40 gatos abandonados que foram acolhidos nesta casa. Quero mencionar dois projetos que visam amparar animais abandonados: viladospeludos e patasdadas. Houve um sarau em prol deles agora dia 24 no Salão da Paróquia Matriz de Porto Alegre a fim de arrecadar verba para estes projetos. O sarau contou com música acústica, teatro, lojinha deos projetos, sebo, cantinho da mágica, rifa e comes e bebes vegetarianos, onde quero me deter:
O ocultismo cristão não admite a purificação em um só plano pela boa razão de que o homem, não sendo melhor do que um outro homem, seu irmão, é preciso desenvolver ao mesmo tempo o psíquico, o astral e o físico, lembrando-se de que nenhuma árvore lança os galhos floridos para a luz do Sol, sem lançar no sentido contrário as duas raízes para a obscuridade terrestre. Se o mental não tiver sido purificado com a eliminação dos pensamentos de ódio e ciúmes, e se o espiritual não foi dinamizado pela caridade e a oração, de nada adianta limpar o corpo físico pelo método vegetariano, do qual os verdadeiros reveladores só faziam uso pelo período máximo de 40 dias, como complemento, e não como determinante das outras purificações centrais.
domingo, 18 de maio de 2014
Máquinas da Democracia
"Muito se há dito e escrito ultimamente sobre o 'americanismo'. O homem dos Estados Unidos, em sua nova introspecção, procura com insistência algum traço, algum hábito ou essência, que possa ter tido como americano e único. Este estudo está se tornando cada vez mais penoso. Aqui e ali investigadores chegam a suspeitar do valor das estatísticas, dos gráficos, das médias, das curvas, das tábuas e dos mapas plantados de alfinetes cabeçudos. E pedem aos poetas que lhes exprimam, numa visualização, o americanismo.
É possível que os vates hajam conseguido mais que os estatistas. Os leitores de Carl Sandburg, que lhe apreendem o todo da poesia, ficam em suspenso e fazem esta pergunta. Em Vincent Benét encontramos uma sugestão do americanismo mais impressionante que todo o esforço da Brookings Institution.
Existiu na adolescência da nação um americanismo fácil de ser formulado - mas já desapareceu. O 'cleft dust' de Benét - o pó, as esquírolas da clivagem - era diferente de todos os modos europeus, a não ser que recuemos até aos nômades que, originariamente, migraram para os sertões da Europa, vindos do Oriente ou do Sul. O modo americano era o modo solitário. Não um individualista na acepção que damos hoje a este surrado termo, isto é, um produto do desapontamento; mas um indivíduo completo em si mesmo. O sufixo ista aparece quando o americano já ia deixando de ser a coisa designada. Como todos os 'istas', ele era uma criatura frustrada, desapontada. Remova-se a oposição que gera os 'istas' e desaparecerão os fascistas, os comunistas, os feministas, os militaristas, os pacifistas, os coletivistas, e surgirão grupos humanos normais, gente do comum, fêmeas, militares, homens pacíficos, seres gregários - se é isto o que por natureza eles são".
O americano, portanto, na fase do pioneirismo, foi um ego integral. O seu não-ego - o mundo externo: a floresta. Por meio de processos por ele mesmo concebidos, derrubou as árvores, arrancou os tocos, estabeleceu-se na terra e fe-la menos agressiva para os que vieram depois. A tecnologia que neste processo o americano desenvoldeu tornou-o coletivo.
Há perigo nesta afirmação. É excessivamente perigoso personificar, ou deificar, a Tecnologia, a Máquina. Tudo não passa de coisas feitas pelo homem e não devem ser confundidas com elementos naturais, tempestades, terremotos, queda de meteoros ou o movimento dos planetas - forças fora do controle humano".
Extraído do livro Máquinas da Democracia de Roger Burlingame.
domingo, 4 de maio de 2014
O fungo do centeio
Jerome David Salinger (Nova Iorque, 1 de janeiro de 1919 — Cornish, New Hampshire, 27 de janeiro de 20102 ) foi um escritor norte-americano.
Em 1951, publica seu primeiro romance, The Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio no Brasil e À Espera no Centeio ou Uma Agulha no Palheiro em Portugal), que torna-se um sucesso imediato. Sua descrição da alienação da adolescência e da inocência perdida através do seu protagonista, Holden Caulfield, com vocabulário e girias , serviu de influência para toda uma geração de novos leitores, especialmente adolescentes. O livro continua tendo uma vendagem estimada em 250 mil cópias por ano. O sucesso de The Catcher in the Rye chamou atenção do público para Salinger, que, a partir de então, torna-se recluso, publicando menos do que antes.
O protagonista Holden Caulfield, 17 anos, conta uma breve história que se passa aos seus 16 anos. Depois de reprovar em quase todas as matérias, o adolescente rebelde de família abastada é expulso do internato para rapazes em que estuda e por não suportar a ideia de permanecer mais tempo ali, resolve voltar para casa mais cedo. Adiando seu retorno, começa a vagar pelas ruas de New York. A última coisa que ele deseja é estar em casa quando seus pais receberem a notícia de que ele reprovou mais uma vez. "Não queria estar por perto na hora em que eles recebessem a carta. Minha mãe fica muito histérica. Mas melhora bastante depois que digere um troço completamente." Durante sua curta jornada, Holden apanha de um cafetão por uma noite com uma garota que sequer chega a acontecer, encontra-se com uma ‘’ex’’ chata só pelo prazer de não estar mais sozinho, perambula pelos bares da cidade à procura de algo para fazer e de alguém que responda para onde os patos vão durante o inverno, cada um desses acontecimentos regados a muito álcool e cigarros a todo instante. Sempre crítico, Holden nunca gosta completamente de algo. Para qualquer situação existe um comentário rebelde e depreciativo. "Tomara que quando eu morrer alguém tenha a feliz idéia de me atirar num rio ou coisa parecida. Tudo, menos me enfiar numa porcaria dum cemitério. Gente vindo todo domingo botar um ramo de flores em cima da barriga do infeliz, e toda essa baboseira. Quem é que quer flores depois de morto? Ninguém." Decide então ir ver sua irmãzinha, Phoebe, por quem nutre uma admiração que não faz questão de esconder. Durante o encontro com ela, entendemos o porquê do título. Phoebe começa a perguntar sobre o que ele realmente gosta e o que gostaria de ser, já que vê no irmão críticas constantes sobre tudo. Ele responde que gostaria de impedir crianças que estivessem brincando num campo de centeio de cair no precipício existente nele. Holden(HOLD THEM) não quer deixá-las cair nele. “-Você sabe o quê que eu quero ser? – perguntei a ela. – Se eu pudesse fazer a merda da escolha? (...) Fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto, a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o quê que eu tenho que fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo.’’ Por fim, o protagonista decide nunca mais voltar pra casa. Marca um encontro com sua irmã para despedir-se dela, porém a pequena insiste em ir com ele, o que o faz – depois de um surto - desistir.
Parece que o autor tem alucinações visuais com garotinhos brincando em um campo de centeio à beira de um precipício. Veja lá:
O esporão-do-centeio ou cravagem-do-centeio(Claviceps purpurea) é um fungo parasita que ataca o centeio, e do qual se extraem vários alcaloides e substâncias de uso medicinal. É um fungo conhecido por ser alucinógeno, e usado para fabricar LSD. Quem ingerir o fungo pode desenvolver uma doença atualmente denominada de ergotismo. Claviceps é um género de fungos, vulgarmente chamados cravagens, que inclui cerca de 50 espécies quase todas elas tropicais. O membro mais proeminente deste grupo é Claviceps purpurea. Este fungo infecta o centeio e outros cereais, produzindo alcaloides que causam o ergotismo em humanos e outros animais que consumam grãos contaminados com o corpo frutífero (esclerócio) do fungo.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
O Estilo Implícito
Volto a falar a respeito da relação Pentecostes e Torre de Babel. Não me pareceu que a Bíblia estivesse errada, mas apenas que um mesmo Deus tenha agido de forma diferente em circunstâncias diferentes, ou mesmo, que não era o mesmo deus, ou eram manifestações distintas do mesmo deus.
Quero repassar ao leitor algo que achei num livrinho muito especial, uma relíquia, fala sobre o estilo em que a Bíblia foi escrita. Muitos não a compreendem por causa deste estilo, porque carecem de um mestre que explique a verdade contida dentro do casaco. E estes livros que são chamados de apócrifos foram retirados justamente por não terem sido compreendidos.
"As Escrituras estão escritas, em grande parte, num estilo - o Estilo Implícito - ao qual a mentalidade do homem moderno não está habituada. O home moderno é educado por meio do Estilo Explícito, e formou o hábito de pensar, falar, escrever por este estilo e, por isso, acha dificuldade no Estilo Implícito.
A maneira mais clara de dar uma idéia da diferença entre estes dois estilos é apresentar alguns exemplos.
Na sua Epístola aos Hebreus, Cap IV, versículo 12, São Paulo escreveu:
"A Palavra de Deus é viva eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes; chega até a separar a alma e o espírito, as juntas e as medulas, e dicerne os pensamentos e intenções do coração".
Se São Paulo tivesse usado o estilo explícito ao qual estamos acostumados, teria escrito m.o.m. assim:
"A alma e o espírito são duas partes diferentes da personalidade do homem, que podem até ser separadas uma da outra.
Mas normalmente essas duas partes funcionam muito intimamente ligadas, quase como se fossem uma coisa só; torna-se difícil separá-las"."
continua na próxima
sábado, 22 de fevereiro de 2014
A árvore dos Souza
Pesquisei algo sobre o sobrenome souza e encontrei alguma coisa: A origem do nome vem da natureza, é seixo, em inglês pebbles e seria a forma arcaica do nome, muitas vezes grafado sousa ou soza. Interessante que Pebbles Flintstone é uma das filhas da família Flintstone. Então essa é a genealogia do homem das cavernas. Abaixo um breve histórico do sobrenome, foi o melhor que pude encontrar até agora:
O sobrenome Sousa, ou a comum variação Souza, de origem portuguesa, não se sabe ao certo de qual palavra ele se originou, uns acreditam que provem do latim Saucia, que significa pedra, já outros dizem que provem de saza, que por sua vez significa seixo, coincidentemente ou não Sousa também é nome de regiões de Portugal, em que estão um rio chamado Sousa e uma povoação chamada Souza.
As referencias mais antigas sobre esta família citam a região próxima ao rio Souza na qual, entre os séculos VIII e XI, os donos das suas terras assimilaram para si o nome do rio. Desta linhagem gerou-se o ramo nobre da família, que tinha uma parentela com os reis de Castela, Leão e os antigos reis visigodos, por isso em três dos quatro brasões referentes à família Sousa no armorial português, vê-se alusões às armas de Castela e Leão, mas sempre com os escudos azuis do brasão real português simbolizando sua nacionalidade e sua fidalguia.
O sobrenome Sousa por ser um dos mais antigos de Portugal, passou a ser usado por diversas famílias portuguesas, e no Brasil desde o século XVII ele foi dado a índios e posteriormente a escravos, o que torna o sobrenome Sousa um dos mais populares no Brasil.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Sherlock Holmes está vivo
Hoje pela manhã, segui o conselho do Keep Calm and Paint your Nails. Por cima do perolado passei o Armadilha Tropical, da coleção Risqué Penélope Charmosa. Vou fazer um parêntesis, a Risqué já tem base pra homem, mas é difícil ver algum que se arrisca a usar. Até aqueles ousados que usam um brinquinho numa orelha. É, vamos lá rapazes, Paint your Nails. Retomamos o assunto adiante.
A polêmica de hoje gira em torno do seguinte artigo: Conan Doyle. Ele começa assim: Sherlock Holmes é famoso por ser supra-racional, contudo seu criador Sir Arthur Conan Doyle, alegava comunicar-se com os espíritos dos mortos. Andrew Lycett considera este paradoxo na véspera do 150° aniversário do autor ...
Pergunta: Há ou não há um paradoxo? E se o detetive fosse ambos supra-racional e interlocutor dos mortos? Quem discorda se manifeste. Como mencionei em outro artigo, a posição do detetive, sentado quieto no sofá, sugere a mediunidade. Mas, não exatamente como um cavalo de santo, cujo santo possui o corpo inteiro do médium. No caso dele, possui apenas o lobo frontal do cérebro. Ele literalmente entra em alpha. Com auxílio da cocaína ele dá um mergulho nas profundezas do subconsciente para arrancar de lá tudo que foi esquecido e mais alguma coisa. As drogas tem lá sua utilidade.
Não aconselho o leitor a fazer o mesmo, só é indicado pra profissionais. Quem, depois de assistir um salto ornamental na televisão, ou ao vivo, tentaria fazer o mesmo na sua piscina de fibra de vidro de 1m e meio de profundidade?
Vamos pra a segunda parte. Bem, quem leu Sherlock Holmes sabe que ele é um profundo conhecedor tanto da natureza humana como de todo tipo de detalhes técnicos. Ele os guarda em pilhas de apostilas, tudo muito bem organizado para ter alcance rápido. Por exemplo, ele sabe identificar a profissão de um homem pelos calos que ficam nas mãos, ele também sabe dizer pelas cinzas, que tipo de tabaco o sujeito fuma; ele conhece os costumes dos adoradores da furiosa deusa Kali e tantas outras divindades. Em suma, ele é um erudito, mas não um erudito de biblioteca, ele é objetivo no que interessa ao seu trabalho.
Entonces vejamos o que o cientista americano Clifford A. Pickover fala sobre a supra-consciência no seu livro Aliens testam seu QI:
"A ciência é a única droga que realmente expande a consciência" Arthur C. Clarke;
"Você não precisa sair do quarto. Continue sentado à sua mesa e ouça. Nem mesmo ouça, só espere. Nem mesmo espere, continue bem quieto e solitário. O mundo se oferecerá espontaneamente a você para ser desvelado, ele não tem escolha, rolará em êxtase a seus pés" Franz Kafka
Somado à esses dois ainda podemos deduzir que Sherlock usava o método científico, pois que o seu autor foi um leitor ávido de Edgar Allan Poe, chegando a trocar o almoço por um livreto deste, que foi filiado ao ocultismo nas fileiras dos pitagóricos. Podemos agora dizer que o maior detetive de todos os tempos tinha todas as ferramentas necessárias para alcançar a verdade. Ele realmente tinha o "Espírito da verdade que está em vós" do qual Jesus Cristo fala.
As características físicas: uma pele alva, pálida, também contribuiam para o seu ofício, pois que, a pele que deixa passar os raios UV também deixa passar os raios X e os raios Gamma e toda a sorte de raios cósmicos. Pense nisso a próxima vez que você se achar um branquelo ridículo. Pense: Nós somos aquilo que comemos? Para mais detalhes
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
De volta ao Asterix
Em La démocratie, j'aime ça! o jornalista Laurent Laplant ensina como soar o sino para a macacada ir comer. Ele apresenta aí, olhe no Google Books, três maneiras velhas que funcionam. A primeira é a lei do mais forte, a segunda é o combate dos chefes e a terceira é a hereditariedade.
O autor do livro faz referência a esse episódio do Astérix:
O centurião Langelus - Esses gauleses continuam a nos ridicularisar.
Perclus - É preciso encontrar uma solução, ó Langelus... senão Roma vai nos dar o bilhete azul!
Langelus - E sabes de alguma solução, Perclus, meu ajudante-de-ordens?
Perclus - Talvez... Faz tempo que estou servindo neste país e conheço bem os costumes dos seus habitantes. E um costume que pode nos ser útil é o COMBATE DOS CHEFES...
Langelus - O COMBATE DOS CHEFES?
Perclus - Exato. Na Gália, quando o chefe de uma tribo quer se tornar chefe de duas tribos, desafia o outro chefe para um combate. O derrotado tem que se submeter ao vencedor juntamente com toda a sua tribo.
O autor continua com outro exemplo: Davi e Golias em I Samuel 17 versos 1-11. O tal filisteu só media 6 côvados e um palmo de altura, algo como 3 metros. Não sei que mania de medir em côvado; parece uma medida de força-tarefa, porque o côvado vai do cotovelo à ponta do dedo médio, imagina o côvado do Golias e uma chave-de-braço dele... Ah, e mais um palmo, imagina a porrada! Mas eles lutavam com armadura, escudo, lança e escudeiro.
Enfim, se ver bem resume tudo no primeiro, os outros são subitens do primeiro. Esses dias eu dizia pra um rapaz que vai cursar Direito: De que te serve a lei se o teu rival está armado, e se ele maneja bem a arma? Vale a lei do mais forte.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Um quadrado perfeito
Volte ao final do último post. Tome os dados do "problema":
A entrada esquadriada pela mão do homem, é retangular. Dá acesso a uma galeria em declive, de 130 metros, prolongada por uma escadaria em caracol, com cem degraus, que leva ao adytum propriamente dito...
Direto às contas: imagine que a galeria tem declive de 15° para facilitar as contas, pois nesse caso, pode-se aplicar o seno da diferença entre 60° e 45°, que são valores conhecidos, tabelados, ou seja, sen(15°) = sen(60° - 45°) = sen(60°)*cos(45°) - sen(45°)*cos(60°). Observe que a altura da galeria em declive é dada por 130*sen(15°)m.
Agora, imagine que a escadaria em caracol tem um espaçamento entre cada degrau de 0,1m = 10 cm. A escadaria totaliza 100*0,1m de altura.
Some tudo levando em conta apenas a primeira casa após a vírgula e encontre, aproximadamente, o quadrado perfeito, 36m = (6^2)m. O valor exato é 43,646475863327699105356848891126m...
Há outras possibilidades para encontrar o quadrado perfeito 36m, por exemplo, tome o ângulo de inclinação 11,54°. Vá em frente, divirta-se!
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