quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
A Teia de Arranha VIII
Pra fechar o ano com chave de ouro: O Sumiço das Aranhas.
Essa aconteceu lá no sítio Sol Nascente. Uma proliferação de mosquitos desesperadora. Dê-lhe incenso e óleo de citronela todos dias. Haja citronela! Isso sem falar nos mosquiteiros nos aposentos e nas telas cobrindo as entradas da casa. O seu Manufidolhos, dono do sítio, precisou se desfazer de uma vaquinha, a Cara Branca, para dar conta de comprar tanto repelente de insetos.
Ora, havia naquelas redondezas, um detetive, o Besouro-de-Chifre, muito experiente este fulaninho. Apesar do seu pequeno tamanho, já havia resolvido vários casos importantes. Desde o caso da mutação do pelo do camelo, que tornara-se verde, e não era do capim, até o esvaziamento inexplicável da caixa d'água cheia de algas clorófitas.
Como todo mundo sabe, o Besouro-de-Chifre vive debaixo de troncos de árvores caídos ou sob cascas de árvores. O macho é maior de que a fêmea, sua coloração é de um marrom quase preta, dificultando enxergá-lo durante a noite. É solitário e tem hábitos noturnos, portanto faz seu serviço exclusivamente à noite. É o seu maior diferencial andar sem disfarce e sem ser percebido pelos seus predadores e contra-espiões. Com suas seis patas e duas antenas, é capaz de usar sua invisibilidade noturna para enganar até mesmo as atentas aranhas.
Recebeu oferta alta do Seu Manufidolhos, a cada novo progresso na investigação, um novo pagamento. Na primeira fase, o Besouro-de-Chifre, após revirar o sítio Sol Nascente, concluiu que havia muitas teias aparentemente abandonadas. Será que as aranha tinham combinado um migração em massa? Se sim, qual seria o motivo? Se não, que outra explicação existiria para o seu repentino sumiço? Teria este fato relação direta ou indireta com a proliferação dos mosquitos?
Mais possibilidades: teriam as aranhas daquela propriedade tomado uma overdose de chá de mosquito vermelho alucinógeno e caído durinhas no chão? Com essa hipótese em mente, o detetive Besouro saiu a caça de aranhas mortas. E sorriu: trouxe uma saca de farinha de trigo cheia de aranhas encolhidas para o seu Manufidolhos. Agora, a dúvida era: Qual a real causa daquela chacina de aranhas? Aguarde o próximo post e cuidado com os drinks de chá de mosquito vermelho alucinógeno no reveillon!
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Separa a Coisa da Semente
A Tomada da Bastilha
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Rápidos e Furiosos
Achei este título aí no para-choque de uma caminhão. Serve pra justificar o meu atraso quanto ao tema que vou expor. Queria falar sobre antídotos e venenos. Por exemplo banho de sol e protetor solar, aids e remédio milagroso, gripe do urso e vacina, etc.
Vou ensinar o leitor a ganhar djnheiro hoje. Juro! A idéia é simples. Primeiro vista o seu jaleco lá do curso científico, do laboratório de ciências e, na sequência vá para a cozinha. Cozinha bem equipada, de preferência com extintor de incêndio. Agora, faça uma poção mágica derruba-defunto. Dica: peça ajuda para um curandeiro. Mas peça também a fórmula da poção levanta-defunto. Pronto! Agora distribua bebidas grátis com a sua poção derruba-defunto. E na sequência do xilique, se ofereça para buscar um remédio na "farmácia". É só uma idéia pra quem tem pressa de enriquecer...
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O verdadeiro Sherlock Holmes, parte V
Essa é pra terminar. É um relato sobre Conan Doyle, como conferencista espírita, que se aproxima bastante, pra não dizer é tal e qual, o 'método investigativo' do seu personagem.
Quando nosso barco partiu do porto de Sydney, Austrália, com destino à Nova Zelândia, alguns tripulantes pareciam estar ansiosos. Sabe-se que muitos marinheiros são supersticiosos. Ouvi um deles dizer:"Cáspite! Temos a bordo seis pilotos do céu! Certamente teremos uma viagem tormentosa. Talvez o barco afunde antes de chegarmos ao porto".
O marinheiro enganou-se, pois o mar da Tasmânia esteve calmo como um lago durante toda a viagem.
Os seis pilotos do céu equivaliam a quatro ministros protestantes, um sacerdote católico e Sir Artur Conan Doyle, famoso como autor de Sherlock Holmes e como um dos mais destacados espíritas do mundo. Sir Artur possuía uma personalidade impressionante e era muito bom de conversa. Viajava pelo mundo todo, proferindo conferências em favor do espiritismo, e imaginara desfrutar uns dias de repouso durante a viagem. Equivocou-se, pois logo estava envolvido em uma série interminável de entrevistas e sessões.
Meu companheiro de camarote, representante de uma grande empresa industrial, planejava permanecer duas semanas na Nova Zelândia. Morava em Sydney. Pouco depois de nossa partida dessa última cidade, disse-me:
-Devo possuir faculdades parapsicológicas, pois desde a infância tenho estado a ver coisas. Creio que falarei com Sir Artur.
-É provável que você acabe se tornando-se espírita, adverti.
-Oh não - retrucou - jamais serei espírita. Não tenho qualquer inclinação religiosa,nem mesmo frequento igreja alguma.
Eu, porém, sabia o que estava dizendo. Quando ele retornou da entrevista parecia estar andando no ar.
-Meu amigo, comentou ele, este sujeito sabe mais a meu respeito do que eu próprio. Assim que iniciamos a conversa, quando lhe contei algo de minha pessoa, ele me disse:
"Você foi uma criança prematura não é certo?".
"Sim, repondi. Nasci de sete meses".
"Sua mãe também foi prematura - prosseguiu - e também o foi a sua avó". Informou-me vários outros dados.
"Como você sabe tudo isso?" perguntei.
"Dir-lhe-ei mais - continuou. Não apenas a sua avó, como os seus bisavós até a quarta geração foram prematuros. Você pertence à sétima geração e ao sexo masculino. Isso o torna um médium nato". Prosseguiu dando-me toda sorte de dados científicos e propôs: "Se você concordar gostaria de usá-lo como médium durante esta viagem".
Perguntei ao meu companheiro se ele consentiria com a proposta,ao que ele respondeu: "Claro que sim. Às quatro da tarde terei minha primeira sessão".
Cinco dias depois, ao despedir-nos, este senhor fizera arranjos para acompanhar seu no vo chefe a Londres. Não estou certo que tenha concretizado o plano, mas sei que enviou telegramas à firma e à família, informando-os da decisão. Nunca mais o vi.
A referida viagem proporcionou-me a oportunidade de estudar o espiritismo sob um outro ângulo. Não estou a par de todos os "dados científicos" apresentados por Sir Artur Conan Doyle a respeito de médiuns nascimentos prematuros. Mas sei que o salão reservado ao líder espírita pelo comandante do barco, esteve constantemente ocupado com a realização de sessões, e estas não eram desorganizadas nem vulagares. Dezenas de pessoas aproveitaram a "oportunidade" para assistir-lhes, e entre eles podiam ser vistas importantes personalidades.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
O verdadeiro Sherlock Holmes, parte IV
Já tinha decidido não terminar esta série, mas mudei de idéia, então vamos lá. A moral da história é a seguinte: nenhum detetive real ou imaginário, conseguiu as proezas "intelectuais" de Sir SherlocK Holmes em toda a história. Portanto, é óbvio, ele certamente mantém contato com forças sobrenaturais, quer dizer, conta com algum tipo de iluminação espiritual para que ele consiga resolver os casos que estão além da capacidade intelectual de um ser humano.
Os primeiros versos de Daniel 2 apoiam este argumento. Veja lá:
E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, Nabucodonosor teve sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono. Então o rei mandou chamar os magos, os astrólogos, os encantadores e os caldeus, para que declarassem ao rei os seus sonhos; e eles vieram e se apresentaram diante do rei. E o rei lhes disse: Tive um sonho; e para saber o sonho está perturbado o meu espírito. E os caldeus disseram ao rei em aramaico: O rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação.
Respondeu o rei, e disse aos caldeus: O assunto me tem escapado; se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo; Mas se vós me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas, recompensas e grande honra; portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação.
Responderam segunda vez, e disseram: Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a sua interpretação. Respondeu o rei, e disse: Percebo muito bem que vós quereis ganhar tempo; porque vedes que o assunto me tem escapado. De modo que, se não me fizerdes saber o sonho, uma só sentença será a vossa; pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo; portanto dizei-me o sonho, para que eu entenda que me podeis dar a sua interpretação.
Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram: Não há ninguém sobre a terra que possa declarar a palavra ao rei; pois nenhum rei há, grande ou dominador, que requeira coisas semelhantes de algum mago, ou astrólogo, ou caldeu. Porque o assunto que o rei requer é difícil; e ninguém há que o possa declarar diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne.
De fato, até a posição na qual ele resolve seus casos, conforme Watson o descreve, sentado numa cadeira, quieto, como um médium em transe, comprova o que afirmei no início. E além disso, seu autor era conferencista espírita e alguns dos contos falam de comunicação com espíritos. Fico devendo pra a próxima mais detalhes sobre estas afirmações.
Bem, se é assim, se esta é a realidade do detetive perfeito, então por que o autor não deixou tudo claro, alguém há de perguntar. Tenho minha hipótese, a qual tentarei explicar agora. É como no útimo filme do Sherlock Holmes. Está cheio de mensagens simbólicas da Nova Ordem Mundial. E por que não explícitas? Porque é justamente para iniciar sutilmente as pessoas interessadas ao ocultismo, como religião. Da mesma forma com as mensagens dos livros do "Maior Detetive de Todos os Tempos".
Diz num pequeno livro de bolso escrito pelo parapsicólogo alemão Kurt Hasel - o cara é verdadeiro, bem melhor que o padre Quededo - que muitos grafologistas se utilizam da comunicação com espíritos como método auxiliar de diagnose psíquica. Em segredo, obviamente. Também, há relatos de historiadores, contatarem espíritos para preencherem lacunas dos detalhes que faltam nos grandes eventos da história da humanidade. Se você acredita que lhe acompanha de perto um espírito "só seu" diariamente, além do seu anjo da guarda, pode imaginar, que ele sabe até o nome do seu perfume.
Todos esses profissionais praticam uma espécie de charlatanismo disfarçada, ou seja, o cara possui outro conhecimento complementar, que vem a tapar os furos daquele que ele alega ter e que de fato possui. Parece muito requintado pra ser verdade.
Em suma o grande objetivo do detetive como ventriloquo de Conan Doyle era difundir o espiritismo, tarefa na qual teve grande êxito, pois a verdade é que ele era um médium espírita. Imagine quantas milhares de pessoas foram iniciadas ao espiritismo através desta literatura prazerosa.
Um ponto importante antes pra concluir, às vezes a gente ouve algum extremista dizer : Não leia tal livro, não assista tal filme por isso, isso e isso. Creio que não é bem por aí. Não é este o foco da coisa. O cara pode ver estas produções culturais, o cara não pode é ser enganado.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
As Argilas do Brasil
Nesta semana que se passou tivemos semana acadêmica da matemática, da geografia e da física. Por conta disto andei circulando pelo campus e encontrei algumas coisas interessantes. Entre elas um artigo do jornal Courier de l'ouest do dia 8 de junho de 2010. Eis aí a tradução o mais literal possível.
Pra melhor compreensão do texto é relevante salientar que Vasles é uma pequena cidade do departamento francês Deux-Sèvres localizado na região Poitou-Charentes.
UM JOVEM VASLENHO DEBRUÇA-SE SOBRE AS ARGILAS DO BRASIL.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5V-j8huW9v-j226jI2jxpucMnGcG-ZR56oH4ePHv_0FYRzJXNFKT0pynJJDy_ZrW6eKjZxqzRgD_SfHyml6oT-JoX0t9wLFTwZIkoGx8w6Dw_xHr1_z1go3IpzmdBG3LG6aRmtmKU6b0/s320/imagem.bmp)
O primeiro francês a ir estudar geologia em Porto Alegre, no Brasil, é vaslenho. Uma bela imersão nesse país continente, para Fion Mc Gregor, onde há tanto a descobrir.
Com os olhos fixos sobre o solo, eles caminham sob o sol de outono do Brasil com o martelo e a lupa ao alcance da mão, para ter uma fenda fresca da rocha, examinar seu aspecto e tirar amostras.
Uma equipe de nove geólogos, profissionais e aprendizes, partiu em expedição nas minas de cobre de Camaquã, ao sudoeste do país. Entre eles, Fion Mc Gregor, filho de André criador de carneiros de Vasles e estudante do
mestrado nacional Argiles na cidade francesa Poitiers, vindo efetuar um estágio de três meses.
A estadia está centrada sobre as argilas nos meios associados às jazidas metalíferas. "São minerais onipresentes em nossa vida cotidiana, em domínios muito variados: desde os materiais de construção até a medicina e, certamente, como aqui, em geologia"; explica aquele que é o primeiro francês a vir a estudar a disciplina em Porto Alegre.
Um dos pioneiros desse intercâmbio é André Mexias, professor de geologia e primeiro brasileiro a ter estudado no Poitou... em 1988. "Nós temos a oferecer essa geologia "genial" e tão particular sobre a qual há muito estudo e trabalho a fazer. Aí nós temos muito numerosos assuntos a propor... E no próximo ano, esse mestrado entra no programa Erasmus Mundus, o que consolidará seu interesse internacional", explica o supervisor do estágio.
Na França, esse último só tinha estudado nos laboratórios. Hoje o Brasil dispõe dos mesmos meios de educação além do trabalho de terreno tão rico. Formações daqui em diante equitativas de um lado e outro do Atlântico que deixam esses professores universitários bastante orgulhosos.
O Deux-Sévrien abrindo o caminho desse intercâmbio está feliz dessa nova janela em seu curso. "Eu sempre procurei multiplicar as experiências ao nível de formação, pois isso abre novas perspectivas, novas maneiras de trabalhar, e é uma experiência pessoal muito rica. A gente aprende a se adaptar, a falar uma nova língua...".
Uma capacidade de adaptação, aliás, notável. Pois não é o inglês que eles falam entre eles, mas o português, aprendido muito rápido por Fion Mc Gregor, à força de leituras intensivas e de escuta. Tudo isso prmite um intercâmbio "de qualidade", talvez o primeiro de uma longa série. Pois as perpectivas são boas aqui para os estudantes. Se estima que 100% do território francês está geologicamente cartografado. Essa proporção é só de 10% no Brasil. Igual a dizer que as necessidades são imensas.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Duas surpresas
Estou de volta após estas "férias merecidas" e com novidades: vendi a cabeleira por duzentos paus e adotei uma linguiçinha fofa. Estou bem faceira com as mudanças especialmente depois que o meu cabelo se ajeitou de novo e o meu filhote se adaptou comigo e com a casa. Esta primeira foto é dela pequeninha logo que chegou.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMe5jiuL1GuaNVFNfZqtRtUi5yDdbV5mwmQshJtIw_trq6dUyckNXd_W_ZiveXeAlTpF8elT1oPfF84c6mBg7b96pv0tcsPHcAsJ5oqu4KncP-FzyOx0fZCcbn_x3qurlnsSgHizP5QGc/s320/MOCINHA_3.bmp)
Eu passeio com ela pra cima e pra baixo, ela me acompanha, se vou na feira, se vou fazer caminhada no parque. Às vezes ela se afasta de mim para brincar com outros cachorros ou perseguir quero-queros ou matar alguma curiosidade, mas sempre volta correndo para o meu pé sem precisar chamar. Ela tem vários nomes, o oficial é Mocinha. Outras vezes chamo ela de Linguiça Gorda, Gulodiça, 5 Kilos e por aí vai.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXaBNzEKd7LndjF8fhbWimJKoBMod67XYv-SQY6IRWDFtN1Zst1LoSpLpP0B02WRFOBcJz0cj3HWTAPqjopjAbwFC9res1jQHTkYXorAzDeMyL0amPUrd4T7DnZhgvgi86u28Js9JealY/s320/MOCINHA.bmp)
Ela gosta muito de colo e de leite. Eu coloco uma cadeira de praia na frente da casa e fico estudando e lendo enquanto ela dorme em outra ou brinca com a Princesa. Elas estão se dando muito bem. Gastei bastante tempo com ela dando banho pra matar pulgas e levando pra vacinar e tive que acordar bem cedo nos primeiros dias porque ela ficava chorando. Por isso fiquei alguns dias sem escrever, depois tinha prova daí fiquei mais alguns dias. Agora acalmou a correria.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTBYXUPqEkd0XXhKK_1p4E2lD2QwDvV81iDXEIS4J2JcI53rWCBChXznj5-z6kf2D1sswPRVFQ9C7zUkm9ZBdAO-KQbPSw9i9tWuQ2fiU6tYGPcavRF25iP-leYtUAW6lA-mO_rTexpZg/s320/MOCINHA_2.bmp)
E o meu cabelo logo vai ficar comprido de novo; embora tenha ficado legalzinho assim. A gente não tem opção quando vai vender o cabelo. É tudo ou nada. E ainda dizem que está curto. Subi na Galeria do Rosário, no segundo andar, uma dona cabelereira se aderiu a mim e me levou em uns dez salões. Virei umm fenômeno agora: todo mundo quer pegar no meu rabinho. Que coisa, não?
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Teoria da Conspiração
Continuando o último post, eu estava pensando numa solução para resgatar a minha pasta de piano. Se eu fosse lá e surrupiasse a pasta de música do irmão da guria eu poderia pedir a minha pasta como resgate ou na pior das hipóteses quem ri por último ri melhor. Ou também ele poderia revidar e carregar uma pasta de algum amigo meu. E eu por minha vez levaria as pastas de músicas dos colegas dele uma por uma...
O que ninguém suspeitaria, é evidente, é que nós ambos trabalharíamos para a nova ordem mundial de pastas de músicas. E que nosso objetivo seria fazer com que todo mundo tivesse que comprar uma pasta de música nova bem catalogadinha com o nome e o número do indivíduo. Dessa forma haveria uma centralização total de poder sobre os músicos e tal e as orquestras passariam a tocar só rock'n'roll e jazz e blues e quem sabe funk. Por que não?
Cuidado! Segure a sua pasta de música. Os terroristas das pastas de música estão chegando!
Mas voltando à realidade, eu tenho um plano infalível pra recuperar a minha pasta de piano. Depois eu conto como se sucedeu a coisa. Bah, eu sabia tudo de coração - de coeur - como diz em francês. E aquela peça a dois pianos era uma coisa preciosa...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
A Teoria de Cordas e o Berimbau
Quando eu estava na Física ainda - essa tirei do fundo do baú - circulava um baiano por aqui. Ele concluíra o mestrado uns dois semestres antes e agora voltara para tentar o doutorado. Nesse meio tempo estava sem vínculo com a universidade e então me pediu para retirar um livro sobre Teoria de Cordas na Biblioteca de Física.
O tipo quando não está caçando está jogando xadrez pela internet. Física é hobby, sabe com é, vida de playboy.
No semestre seguinte o Allysson - que era o sabe-tudo da fisica - me aparece com o livro na mão e pergunta com um ar de dúvida: - Lisany, tu leu esse livro?
Teoria de Cordas é algo muito avançado para um gaduando em física. E o baiano creio que passou pra o doutorado na UFBA porque daqui ele sumiu faz mais de ano.
Mas que tem a ver o berimbau com a teoria de cordas?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBil5TbgAf-MhGG2jahQ9-4jbJ1eu_sjCIWR0xtTkxqV4bS78dNNcSvxcsrETNT31Xt_ERDvDlCjHyjqNFXSrMvHEHwo0F1shMVfwglRgub2QrPlkgmrTp3gybzd1m2tznEnEYAQ7Ltxw/s200/berimbau.jpg)
Eu tentei explicar pra ele porque motivo o baiano gosta tanto de tocar berimbau. Eu achei que ele ia se ofender... Nem fez cócegas. Pena que não dá pra tirar uma melodia legal de uma corda só.
Por falar em melodia, tenho que resgatar a minha pasta de piano que um dia eu levei pra tocar na casa de uma colega e não voltou nunca mais. É uma sonho! Acreditem! Por último fiquei sabendo através de um professor da Física que a guria foi pra o Rio com a família. Mas a minha saudosa pasta deve estar na casa do irmão dela que ficou por aqui e que toca na Ospa. É bem capaz de eu ter que pagar o resgate por ela. Que coisa, não?
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Ainda sobre o 11 de setembro
Eu ia postar algo relativo ao 11 de setembro na semana passada. Não deu tempo infelizmente, porém acabei refletindo um pouco mais, e tenho agora mais argumentos para o que eu ia dizer.
A idéia partiu de um anúncio no mural da Letras.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu84WfsUkB5HB4dmHCJjda7ww_iqparIgCwgQ1tg8mwvVk_mRHTzRGjD5P0IL4cedBSpTRmPOM__W9go85Ec7Z4kEa-ZvSd7IkIjG7aKpX7HH_5oe1FmiPLDR_rT7qzqytk3g3c4odVQY/s200/imagem.bmp)
Convidavam a comunidade universitária pra um evento de integração do ensino da língua e literatura. Quando li isto me lembrei de um outro anúncio no mural da Letras, do ano passado. Desta vez convidavam para um festa das Relações Internacionais, que se efetuaria próxima ao 11 de setembro de 2009.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQm2ylCXe5O2lAyFBt7KQh69kOsIh1PAhhC16IJ-wJ9z845gBGBlgSNRCq5kuhFXIb0h_Nw5GxLNVT8aXpFFlGKsnGKHaotK9JOpjgtGlhlaKmUG9AdaWvG5snqgLCqqILvhoWC2zxyfI/s200/US+ARMY.bmp)
Bem, a sacada aqui, era a seguinte: RI é a abreviatura de Relações Internacionais. Um recado da turma pra gente.
Então, pra não ficarem pensando que defendo um lado ou outro vou tentar esclarecer algo sobre a guerra dos EUA com o ser abstrato terrorismo. De um lado teríamos judeus e do outro árabes segundo as evidências demonstram e as testemunhas afirmam. De um lado capitalismo feroz e do outro anti-capitalismo fundamentalista. Quer dizer, duas posições políticas opostas e duas raças que se rivalizam eternamente.
Porém, o que é mais notável, ambos lados seguem a mesma religião nesta história, a do ocultismo, o que faz tudo isso parecer um grande teatro, uma grande palhaçada. Eles são na realidade aliados. Isto os que estão por cima e que controlam e enganam os de baixo, é claro. Estes últimos sim, são os eternos rivais.
É exatamente como o caso das religiões protestantes. Embora a religião seja a mesma, ie, cristianismo misturado com heresias e fanatismos de espécies inimagináveis, cada qual segue a sua doutrina e rivaliza com os que lhe são diferentes: "os hereges pecadores que vão todos para o inferno". Mas em todas elas os que controlam e enganam os fiéis também seguem o ocultismo e portanto são todos aliados. Chamam uns aos outros de irmãos.
Por outro lado, existe uma pressão para derrubar Israel, com o objetivo de ajudar a acabar com as guerras entre árabes e judeus. E eles prometem fazê-lo do mesmo modo como fizeram com a URSS. Com o mesmo propósito - união - inventaram de construir agora um mesquita em Nova York perto da antiga sede das torres gêmeas, idéia esta que não está agradando muito, poderia-se dizer assim. Em NY no Yom Kipur - feriado judeu - a cidade pára.
É paradoxal isto: estimular e combater o terrorismo ao mesmo tempo, não acha? Outro dia peguei um panfleto com a mensagem XXXIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE INVERNO Critério prático útil para controlar o destino cotidiano: PAZ MALDITA Teatro Paradoxal do Desarmamento Nuclear. Escola Musso - SP.
John Lenon: I hope some day you will join us and the world will be one.
Quem é "us"? Esta é a chave do Mistério, a Grande Babilônia. Um dia Nimrod - fundador e rei de Babel (Babilônia) - tentou estabelecer um reino ocultista mundial. Contudo seu plano foi interceptado por Jeová. As línguas foram confundidas. No entanto a raiz permaneceu no solo das idéias.
Só pra terminar fica a pergunta do Capitão Presença que eu peguei no Centro de Vivências: POLÍTICA É A PORTA DE ENTRADA PARA DROGAS MAIS PESADAS?
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Furando o bloqueio
Não sei o que há, estou meio bloqueada pra escrever esta semana. Mas vou furar o bloqueio. Outro dia inventei de ensinar grego pra os colegas na aula de Geometria Riemanianna, quer dizer, não bem o idioma grego, apenas o alfabeto. Poxa! Me chamaram de CDF. Tá, que seja CDF. Eu sou feliz assim. Encontro prazer no aprendizado, especialmente quando ele oferece desafios, como é o caso do grego. Na matemática usamos direto e reto o alfabeto grego, porque o nosso só não chega. E os dois juntos ainda não bastam. Há uma infinidade de símbolos peculiares à lingua matemática de que se utilizam todas as ciências que se apoiam sobre esta, que é a mais elementar de todas.
Então, quando fazia ainda Introdução à geometria me abri pra o grego e decidi desmistificá-lo. Fui estudar grego no Instituto de Letras matriculada em Curso 2. Conclui o Grego I e o Grego II e fui bem aprovada. Parei por aí porque deu colisão de horário no Grego III e porque, imagina!, me tomava um tempo homérico. Do que restou sei o alfabeto grego como nenhum outro matemático e um pouco de cultura grega também. Tinha o Poseidon, o deus dos mares, e outros deuses safadinhos.
Queria chamar atenção aqui para a pronúncia de algumas letras gregas, se alguém tiver interesse, principalmente o M e o N, que são o nosso velho e bom 'mu' e 'nu'. Alguns falam mu (nu) outros falam mi (ni). A verdade é que o som fica entre o u e o i, como no tu, do francês. Aprenda agora: faça um biquinho pra frente como se fosse dizer u e diga i. É isso aí. Bem, era só pra chamar um outro assunto, este que é realmente importante.
No grego tínhamos o professor Dênis Schell, um homem das Letras e também graduado em Direito. Ele parece que tinha muita opinião pra dar, não sei se própria ou se como é mais frequente introduzida na mente dele por alguma alma viva. Então ele interrompia às vezes a aula pra desabafar estas idéias, ou enquanto caminhávamos no corredor, ele ia tagarelando sem parar. Certa vez se referiu à condição da política: - É uma imoralidade - dizia ele - o que andam fazendo em Brasília.
Bem, há pelos menos duas maneiras de dissecar a afirmação do estimado professor Dênis. Não, não é isso que você está pensando. Ele não quis dizer que os engravatados estão fazendo festinhas em honra a Poseidon. Não sei porque (porque aqui é junto ou separado?) o termo imoralidade vem sempre carregado de conotação sexual. Este é um erro muito frequente. Aprendi em um livro de textos franceses o que é imoralidade, ou pelo menos confirmei o que já sabia. O livrinho dá nos dedos de qualquer moralista de plantão.
Sabe como é, os livros franceses vem carregados de cultura obviamente francesa, e com uma insinuação erótica clara, uma espécie de convite à fazer farra em Paris. Então tu vais lendo e se tu és de direita tu vais contra as farras da esquerda e se tu és de esquerda tu vais contra as farras da direita. Mas no finalzinho, na última tradução tu pegas um poema intitulado Imoralité. Ali, com os olhos esbugalhados tu lês mais ou menos o seguinte:
É muito fácil ter filhos quando eles são todos bonitos, saudáveis e inteligentes. Mas se isto não acontece, o pobrezinho vira alvo de mofas, de ridicularizações e escárnio. Isto é uma imoralidade!
Mas não teve putaria - como diria o Patropy - na história, teve? Então cadê a Imoralidade? É preciso redefinir a noção popular de Imoralidade. Porque a Moral é a Lei de Jeová e a Lei de Jeová é o amor. Agora sim! Houve falta de amor, não houve? Em Brasília há falta de amor também, não há? Daí a Imoralidade.
No entanto, o que se usa no dia-a-dia é a Ética, que é a Moral na prática. Por exemplo, a Lei de Jeová diz que não se deve matar. Mas na prática às vezes as pessoas matam pra se defender. Quem decide entre uma situação e a outra é a Ética.
Agora a outra maneira de dissecar a afirmação do professor Dênis você já sabe, não é? Então vou pra casa. Benção!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
As jibóias e os enfantes
Bem, pra quem ainda não leu o livro do Pequeno Príncipe - ei-lo aqui outra vez - vou resumir o começo da história. O narrador do texto que é também o personagem coadjuvante conta brevemente que na sua infância, lá pelos 6 anos de idade ficou muitíssississimo impressionado com uma figura que ele viu em um livro. Essa figura retratava uma jibóia devorando uma fera. E mais impressionado ainda ele ficou com o que se dizia sobre a figura. Era algo como: As jibóias só pensam em comer e dormir, ora estão devorando uma presa, ora estão sesteando. Mentira, não é nada disso. O que ele leu foi exatamente: As jibóias engolem sua presa completamente inteira, sem a mastigar. Em seguida, elas não podem mais mexer-se e elas dormem durante os seis meses da sua digestão.
De lápis de cor na mão o princepezinho conseguiu traçar seu primeiro desenho. Era assim:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5aj193WVVtC8rwybOB5OVdZt6rQGGGC6fywtsFznfWiu1eF9ee5LKofvzszvBXvdNlvygYiLgTtxL7j-bI01TEm56Y8VqjL5UcmW73MNqxhkpdzqNrMoCy7Zu2J1z2K8wiJSvPy-eC_E/s200/resized_1.jpg)
Todo orgulhoso da sua façanha, ele mostrou sua obra-de-arte às 'pessoas grandes' e perguntou-lhes se o seu desenho lhes causava medo. E elas prontamente responderam-lhe: - Porque um chapéu causaria medo?
Mui decepcionado o príncipe fez um segundo desenho, mais detalhado, para que as 'pessoas grandes' pudessem compreender o que significava. Este era assim:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSzF8KTj0ukI24UPlPJULqlgFld99gScnFLRTPyF88mCSUyYBQLwzY3DyLbUG0oqCkrZVyqLyC2Y08o4YvXjIdNyTKqrwvg0awsPCKiX9_EuHEignlOQKuq8yYDrIj-kZT0qJmHTtYh08/s200/Untitled-1d.jpg)
Deu pra entender agora? Era uma jibóia que digeria um elefante.
Continua o personagem-narrador a contar a sua experiência: As pessoas grandes me aconselharam a deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas e me interessar de preferência à geografia, à hitória, ao cálculo e à gramática. Foi assim que abandonei à idade de 6 anos uma magnífica carreira de pintor (Ó coitado!). Fora desencorajado pelo fracasso de meu desenho nº 1 e de meu desenho nº 2.
Esta parte que é boa, pura ironia: As pessoas grandes nunca comprrendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças sempre e sempre lhes dar explicações.
Por isso, ele aprendeu a pilotar aviões e viajou, por quase todo o mundo. Teve, assim, ao curso de sua vida, montes de contatos com montes de pessoas sérias. Viveu muito no meio das pessoas grandes. Viu-as de muito perto. Mas isso não melhorou a sua opinião.
Veja lá, isto é um desabafo gente: Quando eu encontrava uma que parecia um pouco lúcida eu fazia com ela a experiência do meu desenho nº1 que eu sempre conservei comigo. Eu queria saber se ela era verdadeiramente compreensiva. Mas ela sempre me respondia: - É um chapéu. Então eu não lhe falava nem de jibóias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Eu me colocava ao seu alcance. Eu lhe falava de bridge, de golf, de política e de gravatas; E a pessoa grande ficava muito contente de conhecer um homem tão razoável.
Aqui termina o capítulo I. E considerando que já faz mais de meio século que o livro foi escrito, até que serve de consolo. Afinal, a alienção da burguesia paaarece ser um filme bem antigo.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Semestre Novo
Bah, entrei na sala de aulas anteontem e me perguntei 'o que estou fazendo aqui?'. Nove marmanjos e eu. Falei 'tinha que ter uma mulher na turma'. E o Di respondeu 'É muita testosterona pra uma turma só'. Ao lado dele o Eduardo Fischer quieto aguardava o início da aula. E eu como tinha uma dúvida ainda do semestre passado falei pra ele 'Ai não ri disso'. Daí que ele riu mesmo. E continuei 'mas eu não consegui provar porque o espaço l-infinito não é separável.'
Parece ridículo pedir ajuda em uma matéria que já se foi. Mas não se engane. Depois mais adiante tem Exame de Qualificação de Doutorado.
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Lamentável que o Patropy e a Paty não estejam aqui este ano para comer o meu bolo de aniversário. Bem, mas os bolos portugueses devem ser melhores que os meus. As doceiras portuguesas são as melhores.
###########################
Fiquei impressionada com o atendimento na sede da Faurgs. Isto que eu chamo de pessoal qualificado. O atendimento é algo muito acima da média. A gente que frequenta salão de beleza já sabe o que é ser maltratado. A não ser que tu vá no Hugo Beauty claro ou algo do mesmo nível. Ali na Faurgs só falta estender tapete vermelho e convidar pra jantar.
@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@
Não posso deixar de postar este testemunho. Um aluno formado no Instituto de Matemática da Ufrgs me confessou (eu tenho um consultório psicológico tipo confessionário pra controle das mentes).
- Comecei a fazer Direito mas acabei por desistir.
- Daí como tu não conseguiu se endireitar veio terminar de se entortar na matemática?
- É. Pra quem já tem uma tendência a matemática é o lugar perfeito.
Bem, vale ressaltar que a recíproca não é verdadeira, ou seja, nem todo mundo que faz matemática gosta de torturas.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Preciso contar essa. Tenho um fã. Sério, ele mesmo me contou. Falou que eu sou uma pessoa marcante na vida dele, porque "Tu não tem meias palavras". Argumentei que isso que ele considera uma virtude pode tanto me beneficiar como me prejudicar. É que às vezes me explodo em palavras inteiras e daí o mundo explode na minha cabeça hehe.
Ainda estava falando quando ele recebeu uma ligação no celular. Assim que terminnou perguntei quem era. E ele respondeu: "É um amigo aí que me pede pra dar uma mão de vez em quando por esse e aquele motivo e blablabla...". Não resisti, perguntei: "Mas dá só a mão ou dá outras coisas também?". E ele: "Viu, é isso que eu gosto em ti."
Fiquei lisonjeada, é claro, embora eu saiba que eu não mereço tanto por tão pouco. Gosto do reconhecimento merecido, sabe? Flauta mágica, bajulação, puxação de saco, conversa pra boi dormir, essa lista toda, não me traz alegria alguma.
Estou falando sobre tal agora porque inventei de entrar neste assunto de profecias e sei que ainda é valido o provérbio 'Ganhe a causa e perca o amigo'. Lamento se não pude agradar a todos. É de fato uma tarefa impossível.
Eh!
Quem está antenado já deve ter notado que no último parágrafo do último post onde lê-se Daniel 9 deve-se ler Daniel 8:14.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sir Isaac Newton e as Profecias
Mais duas semanas de férias ainda dá pra fazer muita coisa. Sir Isaac Newton correlacionou algumas passagens dos livros de Apocalipse e Daniel. Errou nos cálculos e também o evento, mas realmente os textos direcionam para algo muito interessante. Acredito que ele aproveitava bem as férias dele hehe. Talvez as pessoas não compreendam as nossas razões - Newton também era matemático, além de físico, teólogo e alquimista. A propósito, as pessoas adoram especular sobre a vida sexual dele. Parece que ele tinha fama de celibatário. Pode crer...
Estão na Biblioteca Nacional de Israel três manuscritos atribuídos a Isaac Newton nos quais ele calcula a data aproximada do fim do mundo. Por meio dos textos bíblicos do Livro de Daniel, chega à conclusão de que o mundo deve acabar por volta do ano de 2060. "Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes", escreveu.
A especialista em textos antigos Ben-Menahem diz que os achados de Newton complicam a idéia de que a ciência é exatamente oposta à religião. “Eles mostram um cientista guiado por um fervor religioso, por um desejo de ver as ações de Deus guiando o mundo”, ela disse a jornalistas de seu país. Os manuscritos foram comprados da Inglaterra em 1936.
Voltaire faz referências a Newton e suas interpretações do Apocalipse. No verbete "Apocalipse" do Dicionário Filosófico de Voltaire, ele escreve o seguinte:
"Bossuet e Newton comentaram o Apocalipse. As declamações eloqüentes de um e as sublimes descobertas de outro foram-lhes, todavia, muito mais honrosas que seus comentários".
"As Observações Sobre as Profecias de Daniel e o Apocalipse de São João" por Sir. Isaac Newton é um clássico completo. Publicado em 1733 pela primeira vez apresenta uma possível interpretação profética dos livros de Daniel e Apocalipse.
Peguei algo do globo.com. Veja lá:
Alguns dos estudos apocalípticos de Newton estão na obra "As profecias do Apocalipse e o livro de Daniel" (Editora Pensamento), traduzida integralmente para o português pela primeira vez. As análises newtonianas coincidem apenas em parte com o que os modernos estudiosos da Bíblia consideram ser a interpretação mais provável das Escrituras. Mas não devem ser lidas como sinal de que o cientista tinha um lado "retrógrado" ou "obscurantista", alertam especialistas. Pelo contrário: é bastante possível que a fé religiosa de Newton, e seu interesse por assuntos esotéricos, tenham facilitado suas descobertas.
"A gente tem de inverter a relação. Não é apesar de suas crenças religiosas e místicas que o Newton consegue dar o pulo do gato nos trabalhos sobre a gravidade; é justamente devido a elas", afirma José Luiz Goldfarb, historiador da ciência e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "Os próprios estudos bíblicos de Newton já denotam uma sensibilidade mais crítica e moderna, uma tentativa de estudar as profecias de forma quase matemática, usando cronologias detalhadas."
"A gente costuma deixar ciência e religião bem separadas, mas o fato é que os manuscritos de Newton, que chegam a 4.000 páginas, abordam principalmente esses estudos místicos e esotéricos", conta Mauro Condé, professor de história e filosofia da ciência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Com a morte dele, a Universidade de Cambridge e a Royal Society [principal sociedade científica do Reino Unido, da qual ele fazia parte], que tinham um modelo para o que deveria ser o trabalho científico, privilegiaram parte da obra dele e deixaram o resto vir a público de forma meio aleatória", diz o pesquisador.
O livro em questão, publicado após a morte de Newton com base em suas anotações, é basicamente uma tentativa de desvendar o significado histórico das principais profecias do livro de Daniel (no Antigo Testamento) e do Apocalipse (livro do Novo Testamento que encerra a Bíblia cristã). Ambas as obras são caracterizadas pela riqueza de imagens simbólicas -- animais, estátuas, chifres, trombetas -- que funcionam como uma espécie de linguagem cifrada que o profeta propõe à sua audiência, e que às vezes é desvendada logo após a descrição das visões.
Na enciclopédia virtual Wikipédia peguei este trecho no verbete Isaac Newton:
A sociedade secreta dos Rosa Cruz, foi possivelmente a que maior influência exerceu sobre Newton. Apesar de o movimento Rosa Cruz ter causado uma grande curiosidade entre os acadêmicos europeus durante o século XVII, à época de Newton já havia atingido a maturidade e se tornara algo menos sensacionalista. O movimento teve uma profunda influência sobre Newton particularmente nas pesquisas sobre alquimia e filosofia.
A crença Rosa Cruz de serem especialmente escolhidos para comunicarem-se com os anjos ou espíritos ecoa nas crenças proféticas de Newton. Os rosa Cruz proclamavam também ter a habilidade de viver para sempre usando o elixir vitae e a habilidade de produzir um sem limite de quantidade de ouro a partir do uso da Pedra Filosofal, a qual diziam possuir. Tal como Newton, os Rosa Cruz foram profundamente filosofo místico, declaradamente cristãos, e altamente politizados. Newton teve muito interesse nas pesquisas sobre alquimia mas também nos ensinamentos esotéricos antigos e na crença em indivíduos iluminados com a habilidade de conhecer a natureza, o universo e o reino espiritual.
Newton não estava satisfeito com a interpretação das profecias então corrente. Sustentava que os intérpretes não tinham "método prévio... Eles torcem partes da profecia, colocando-as fora de sua ordem natural, segundo sua conveniência".
Em harmonia com sua abordagem de questões científicas, Newton estabeleceu normas para interpretação profética, com uma codificação da linguagem profética a fim de eliminar a possibilidade de distorção ao bel-prazer dos intérpretes, e adotou o critério de deixar a Escritura revelar e explicar a Escritura.
Assim, a interpretação de Newton divergia da maioria de seus contemporâneos. Não estava interessado em aplicar a profecia para explicar a história política da Inglaterra, como alguns outros faziam, mas em focalizar o princípio da grande apostasia que ocorreu na igreja, e a restauração final da igreja à sua pureza.
Este interesse na restauração da igreja à pureza apostólica levou Newton a um estudo da segunda vinda de Cristo. Sua preocupação com o futuro o levou às 70 semanas de Daniel 9. Ele, como os dispensacionalistas de hoje, designava a última semana para um futuro indeterminado, quando a volta dos judeus e a reconstrução de Jerusalém iriam começar, culminando com a gloriosa segunda vinda de Cristo.
Bem, como se sabe, os mileritas "marcaram" o fim do período profético das 2300 tardes e manhãs de Daniel 9 para 1844. E Jesus não veio. Mas, não tiveram má sorte. Os seus seguidores já tinham doado tudo para a igreja mesmo. No livro "Os maçons", o pesquisador César Vidal, grande estudioso da História Universal, trata desse tema e, afirma que a profecia de Daniel 9 já se cumpriu. Vale a pena esse livro. Lembre-se sempre: O mundo é dos espertos. Newton era esperto.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Ainda sobre Nostradamus
Devo fazer algumas notas adicionais sobre a interpretação das profecias de Nostradamus. É importante lembrar que nem todas profecias dele se cumpriram, e outras se cumpriram com alterações ou atraso na data prevista. Isso sem falar nas profecias inventadas por almas criativas e atribuídas a Nostradamus. Por exemplo, na Segunda Guerra, os alemães inventaram uma profecia que prognosticava a vitória do Eixo. Mas os Aliados contra-atacaram. Também fizeram a sua versão da profecia Nostradâmica, agourando a derrota do Eixo.
Por este motivo se diz que Nostradamus é um falso profeta. Porque um profeta verdadeiro é definido como infalível. Nem pode ser também um desses que apresenta desculpas esfarrapadas para justificar as suas previsões erradas.
Outro questão a ser levada em conta. Para alguém estudar profecias é um pré-requisito não ser cético, nem dogmático, nem alienado, e, principalmente, não deve ser materialista, i.e., deve acreditar na dualidade espírito-matéria.
As profecias que apresentei anteriormente devidas a Nostradamus - não tenho informação contrária até o momento - valem a pena ser estudadas, ou porque já se cumpriram, ou porque tem similares no livro de profecias do apóstolo e profeta João (São João é só para os íntimos). Para ser mais clara, vou comparar os principais pontos, com base em alguns comentaristas do livro das Revelações, o Apocalipse. Para quem não quiser perder tempo catando e comparando comentários do Apocalipse, posso garantir que quase todos dão a mesma interpretação, com raras discordâncias, e que, todos erram em um mesmo ponto, não sei se por ignorância ou por falta de estudo ou por vontade de omitir a verdade. Não pretendo eu ser a única detentora da verdade. Tal conclusão é consequência de estudo comparado com outros leigos, i.e., não teólogos.
Vamos lá:
I)Aqueles que Nostradamus denomina os dois grandes chefes, João chama de a besta que sobe da terra e de a besta que sobe do mar.
E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. Apocalipse 13:1.
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. Apocalipse 13:11;
II)João também se refere a uma Guerra Mundial, chamada Armagedom. Muitos comentaristas do seu livro de profecias interpretam-na como sendo uma terceira guerra mundial;
E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom. Apocalipse 16:12-16;
III)João também concorda que 'um dia os dois grandes chefes serão amigos'. Primeiro ele explica que a segunda besta - a da terra - derrubaria a primeira - a do mar - e, mais adiante, ele acrescenta que ela tornaria a colocá-la de pé.
E vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. Apocalipse 13:3.
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. Apocalipse 13:11-16;
IV)Toda aquela lista de profetas do ocultismo João chama de 'O falso profeta'. Os comentaristas do Apocalipse geralmente, traduzem a expressão por "protestantismo apostatado", o que seria uma redução, i.e., um subconjunto do total.
E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Apocalipse 16:13
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes. Apocalipse 19:19-21;
Creio que escreverei mais um texto sobre profecias para explicar melhor o que significa "o homem de sangue", seguindo o raciocínio dos comentaristas de Nostradamus e de João. Quem não gosta de profecias, só lamento, há outros blogs bons de se ler, sobre banalidades bem interessantes...
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Poster da Princesa
Que me desculpem os meus poucos leitores, ultimamente tenho postado pouco. Estou naquela aflição de final de semestre. Prova, trabalho, dor-de-cabeça, etc...
Quem quiser (acho brabo) pode colocar a foto do meu cachorro como poster no seu PC ou até no seu celular, parede do quarto, banheiro.. por que não?
Relembrando Vinícius de Moraes: O uísque é o melhor amigo do homem, ele é o cachorro engarrafado. Discutia essa máxima certa vez com um conhecido, que se gaba de controlar a fúria dos seus pit-bulls via método submissão canina. Diz ele que o cachorro nunca pode passar na tua frente. Se não ele se exalta capicci? Tem que baixar a bolinha dele, segundo a psicologia animal desse sujeito. Até agora ele está inteiro. Sorte que tem porte de arma. Qualquer coisa...
Comentava eu sobre tal, que o cachorro é o melhor amigo do homem porque primeiro: a casa dele não é melhor que a tua, segundo, a mulher dele não é melhor que a tua, terceiro, a comida dele não é melhor que a tua, quarto, o carro dele...
Ele até concordou comigo. Inclusive acrescentou alguns outros itens na lista. Agora esta tal de ração humana me deixa dúvidas. Parece que tem gente com inveja do cachorro por aí...
Essa semana fechamos o portão de casa com tela, pra poder soltar a Princesa no quintal. Se não ela foge se apertando entre as frestas de ferro e morre atropelada. Tá que tá uma rainha...
Essa é a suíte dela.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHwErNCmA3zKvFSr9YSAkI-suz5kKJCgsRJG9jhT-51tDRfa-pdhPXXeCddOib4s6oERyeaMJc3jzV5O6BTb9GQzJxXggB1KpHdrCuvbm3-nzPIZlKLuOolrCmP4ufHlJRALTPE_fX92Y/s200/princesa.jpg)
domingo, 20 de junho de 2010
O reino das pulgas e a auto-limitação
Imagine uma pulga dentro de um vidro fechado. Agora, coloque-se no lugar dela (brabo isso). Tente sair do vidro. Pule, pule, pule e pule. Não conseguirá. Após algum tempo a pulga (não você) terá desistido. É como dar um choque em um ratinho de laboratório toda vez que ele se aproximar da porta da ratoeira. Ele aprende a passar longe da porta.
Findada a insitência da pulga, abre-se a tampa do vidro e ela continuará parada. Não sabe que já pode sair. Talvez se você der uma cutucada nela ela se atine... Este processo é um exemplo tosco de auto-limitação, não das pulgas, mas do gênero humano.
Acontece de algumas pessoas se auto-limitarem por desistirem fácil. A pulga do caso, por exemplo, poderia continuar insistindo em sair do vidro enquanto tivesse energia e, após ter cansado poderia parar um pouco pra tomar um fôlego em seguida retornando à luta novamente. Esses são os chamados teimosos.
Agora, suponhamos que a pulga tenha olhos e que, ao invés de ficar insistindo teimosamente ela se deite no fundo do vidro e olhe para cima a ver quando é que vão abrir a tampa. Bem, primeiro ela tem que ter esperança de que tal possa ocorrer. Caso contrário também estará se auto-limitando. Então a pulga fica lá paradinha esperando o momento mágico. Dessa forma ela pode poupar bastante energia. E com a energia poupada poderá resistir mais tempo sem se alimentar até que finalmente alguém abra a maldita tampa... As pessoas que agem assim são aquelas chamadas de racionais, quer dizer, não que as outras também não sejam, mas nelas esta característica é mais acentuada.
Falando em pulgas, me lembrei daquela piada: Duas pulgas conversando. Uma delas pergunta "Será que existe vida em outros cachorros?". Acrescento à piada, que a outra pulga respondeu "Se existe não sei, mas eu vou descobrir agora". E pulou do pelo ralo e sarnento daquele vira-latas magricela para um collie peludo, gordo e saudável que ia passando.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
A Teia de Aranha VII: O Meu Mosquito
A aranha e a libélula se encontraram na rua num dia muito ensolarado e, fofoca vai fofoca vem, a aranha deu uma cutucada na asa da libélula:
- Psiu! - fez sinal de silêncio com uma pata sobre a boca e com a outra apontou o mosquito que passava. A libélula observou disfarçadamente o mosquito e, assim que ele sumiu na esquina perguntou à aranha:
- O que é que tem? Tá de mosquito novo?
- Tá me dando bola.
- Jura?
- Juro. Me mandou beijo e tudo mais.
- Tudo mais o quê?
- Marcou encontro.
- Pra quando?
- Ih! Tá muito interessado no meu mosquito.
- Vai ver nem marcou encontro nenhum...
- Marcou sim.
- Se tu não me diz quando eu não acredito.
- Pra o dia em que o nome de Plutão mudar pra Plutinho.
- Tá me gozando?
- Não. O mosquito me disse que está próximo, segundo uma profecia de um profeta aí que ele leu não sei aonde.
- Ha ha ha tu me mata de rir. Esse mosquito tá é te cozinhando em fogo baixo.
- Desgraçado! Não é nada disso. Ele só é um mosquito meio... meio difícil.
- E desde quando tu se liga em mosquito difícil dona aranha?
- Desde sempre, oras...
- Ah, desculpe. Eu tinha certeza que tu gostava de mosquitos rápidos. Nossa! Olha ali que lesmão que vem passando!
- Não vi.
- Ah, já se foi. Era o lesmão the flesh.
- Não achei engraçado. E mais, esquece o meu mosquito. Ele é só meu. Meuzinho total.
- Como tu é aranhista.
- E daí?
- E daí que tu perde um montão de mosquitos com essa tua possessividade. Se o mosquito é libertário, por exemplo...
- Nem me fala. Faz me lembrar o mosquito das asas vermelhas...
- Pegou trauma eh?
- Pra sempre.
- Ah, o mosquito das asas vermelhas não é tão mau assim. Tu que não soube lidar com ele.
- Logo eu que tenho anos de experiência com mosquitos? Minha teia já pegou mosquitos de todas as cores, sabores, e tamanhos.
- De repente faltou um item importante, vital.
- Tipo o quê?
- Tipo mostrar quem é que manda "aqui nessa teia".
- Cala a boca.
- Olha ali, olha ali. Disfarça. Aquele ali não é o "teu mosquito"?. E aquela que tá abraçada com ele não é a cigarra?
- Cala a boca.
- O.
- Cala a boca.
- T.
- Cala a boca.
- E.
- Cala a boca.
- U.
- Cala a boca.
- M.
- Cala a boca.
- O.
- Cala a boca.
- S.
- Cala a boca...
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Minhas viagens
Estive analisando algumas profecias de Nostradamus, acho que todo mundo já ouviu falar dele. É um desses profetas ou porta-vozes do ocultismo. Veja outros, segundo catalogação de entendidos:
O Papa - Catolicismo Romano
Ellen G. White - A profeta da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Cesar Castellanos - O Profeta do Movimento do G12
Joseph Smith - O profeta da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Charles T. Russell - O profeta das Testemunhas de Jeová
Allan Kardec - O profeta do Espiritismo Moderno
Anton La Vey - O profeta da Igreja de Satanás
Christian Rosenkreuz - O profeta do Rosa Cruz
Harvey Spencer Lewis - O profeta da AMORC
Helena P. Blavatsky & Annie Besant - As profetas da Teosofia
Mary Baker - A profeta da Ciência Cristã
Masaharu Tanigushi - O profeta da Seisho-No–Ie
Toruchira Miki - O profeta da Perfecty Liberty
Mokiti Okada - O Profeta da Igreja Messiânica
Maharishi Mahesh Yogi - O profeta da Meditação Transcendental
A.C. Bhactivedanta Swami Prabhupada - O profeta dos Hare Krishna
Abulgasim Mohammad - Maomé - O profeta do Islamismo
Sidarta Gautama - O profeta do Budismo
Confúcio - O profeta do Confucionismo
Raimundo Irineu Serra - O profeta do Santo Daime
Alziro Zarur - O profeta da Legião da Boa Vontade
Lafayette Ron Hubbard - O profeta da Cientologia
A seguinte profecia devida a Nostradamus, todos os estudiosos concordam, fala de uma terceira guerra mundial.
Quando aqueles do Pólo Norte estiverem unidos
No Leste haverá um receio grande…
Um dia os dois grandes chefes serão amigos,
A Nova Terra terá atingido o auge do seu poder
Para o homem de sangue o número repete-se.
Não vou explicar os detalhes. Quem estuda entende. Para maior compreensão leia o livro O CÓDIGO DE NOSTRADAMUS - TERCEIRA GUERRA MUNDIAL.
Esta outra predisse o ataque às torres gêmeas:
O fogo correrá no Paralelo 45, a terra tremerá desde o centro e as torres da Nova Cidade serão abaladas. Dois grandes blocos se envolverão numa longa guerra e, então, ARETHUSA será banhada pelo sangue.
Quem estuda entende.
E a melhor de todas, tem sido atribuída ao presidente Lula. Enjoy it!
E próximo do terceiro ano do terceiro milênio uma besta barbuda descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul espalhando desgraça e a miséria. Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos. Trará com ele uma horda que dominará e exterminará as aves bicudas e implantará a barbárie por muitas datas sobre um povo tolo e leviano.
Esta última, se refere ao iluminismo alemão:
Uma seita nova de Filósofos
Desdenhando morte, ouro, honras e riquezas
Não ficará limitada às montanhas alemãs:
Multidões a segui-los eles terão poder.
Já foi cumprida. Estes filósofos tem estado muito ocupados desde então com a Nova Ordem Mundial, que é o governo da Nova Era. Para maior entendimento pesquise o Movimento Nova Era.
Quem quiser ler as centúrias completas tem todas aqui:
http://www.astrologosastrologia.com.pt/Nostradamus_Centurias_Quadras_Profecias.htm
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Pequeno dicionário
Tive prova de proficiência hoje. Estava marcada para às duas da tarde. E tinha que chegar quinze minutos antes. Eram dez pras duas eu estava pisando no campus, e eu ainda nem sabia qual era a sala. Passei no Instituto de Letras correndo, pra se porventura alguém soubesse, me adiantaria. Se não teria que passar na internet e me atrasaria mais. Na porta descobri que precisava atravessar uma roleta. E enquanto pensava em puxar o meu cartão de identificação da bolsa, dei de cara com o Prof. Fischer, saindo e, fiquei estaqueada olhando pra ele, não acreditando que realmente fosse ele. O cara é um mito, sabe, né? E ele esperou pra ver se eu ia reagir. Como eu não reagi ele sacou o cartão dele e passou na roleta.
Já na sala da Comissão de Proficiência, encontrei a responsável ao telefone e as salas das provas em um mural. Perguntei a ela será que me deixariam entrar porque "Eu estou atrasada" e ela respondeu "Vai, vai". Disparei pelos corredores até a biblioteca de Humanas e penei até achar um dicionário. Aqueles que eu usava quando fiz francês instrumental I e II não estavam lá. Na pressa peguei um volume grosso, passei no balcão pra retirá-lo e a moça levou horas pra me atender. Com o olho no relógio, já quase desistindo, faltava dois pras duas, guardei minha mochila que eu tinha deixado atrás dos bancos no armário e disparei a mil, com o fôlego que me restava para o prédio de aulas.
As palavras animadoras "Vai, vai" ainda ecoavam na minha memória. Subi as escadas até o segundo andar o mais depressa que pude e entrei na primeira das três salas indicadas no tal mural. Logo após mim entrou outra moça. Estava mais atrasada que eu. Que consolo. Procurei uma cadeira que não ficasse perto de ninguém e me sentei. Em seguida a monitora distribuiu as provas. No decorrer do exame vim a descobrir que aquela não era a minha sala de prova. Felizmente não me expulsaram.
Quando abri o dicionário a surpresa: francês pra francês. Pensei no pior. Que já era, que tinha perdido essa chance. Tentei sair pra pegar um francês-português mas me foi negado. Até podia sair, mas não pra pegar dicionário. No fim aquele me foi melhor, mais preciso nos significados, do que um comum. Um baita dicionário de 3000 páginas. O nome dele é o melhor de toda história: O pequeno dicionário de francês.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Notícias do Patropy - continuação
Fez outra pergunta:
- Vocês conhecem a minha bunda? Eu vou apresentar ela para vocês.
Pois é gurizada, ele baixou as calças e ficou mostrando aquela bunda escocesa branca dele, que situação. Eu estava cada vez mais surpreso com a minha “festinha”. E a coisa seguiu, as vodkas se indo também, e o Nyumbu cada vez mais falando de sexo. Até que em um dado momento umas das turcas vai embora. Até aí tudo normal, o diferente é que o Nyumbu saiu atrás dela dizendo que iria lá para buscá-la ou ter o que ele tanto falava.
Ninguém botou fé nele, mas dez minutos depois a turca liga para o meu quarto e pede para todos irem lá buscar o negão. Pois é ele estava lá tentando...., mas a turca nada. Bom se bem que em dez minutos, hahhaha.
A partir daí eu resolvi acabar com a festa, comecei a falar com as pessoas e aos poucos todos foram indo embora. Fiquei eu varrendo a casa, juntando os lixos e depois de uma meia hora ouço alguém batendo na porta. Era o Mohamad.
Ele dizia que estava morrendo , que não conseguia respirar , e que era alérgico. O fato é que ele estava podre de bêbado e mal conseguia se apoiar nas próprias pernas. Peguei ele e levei até o quarto dele. Chegando lá chamei o Elias e uma outra turca que falava a língua dele. Colocamos ele deitado , mesmo com ele dizendo que estava morrendo. Segundo o Elias , ele estava tendo alucinações devido a grande quantidade de bebida. Então quando ele estava quase dormindo ele dá um pulo da cama e começa a dizer:
-Eu to morrendo, não consigo respirar, por favor me salvem.
E isso aconteceu mais duas vezes, até que ele começou a falar sobre espaços de lagrange e dormiu. Que animada essa festinha não? Eu prefiro as de POA.
Outra coisa muito legal que aconteceu foi que o Diego veio me visitar. Ficou aqui três dias e conseguimos falar bastante de vocês, brincadeirinha. Passeamos , caminhamos um monte e até jogamos bola. Fomos também a uma janta com o pessoal da capoeira . Nessa janta uma senhora que tinha mais ou menos uns oitenta anos deu no meio do Diego. O querido ali , comendo feito um animallll, todos já haviam parado e o Diego a recém tinha aberto o botão da calça dele para a barriga se acomodar. Nisso essa senhora, que nunca tinha visto o Diego e que estava sem dar uma palavra, vira para o Diego e fala:
-Mas tu como hein. É só hoje, ou tu sempre come assim?
O Diego deu uma risadinha, ficou meio tímido e ..... seguiu comendo claro. Ninguém esperava que ele parasse né?
Outra coisa que eu tenho para contar para vocês é sobre a cultura daqui. Após sete meses já consigo ver a diferença entre um cara malandro e um cara mais comum aqui em Portugal. Se eu fosse descrever um cara aí do Bom Fim no que diz respeito ao jeito de falar seria mais ou menos assim:
-É um cara que no findi, depois de comer um churras vai para a Redença tomar um chimas com a gurizada e acha tudo isso dezzzzzzzz (lembra que um cara do bom fim tem aquele “E aíiiiiiimmm”).
Um cara daqui malandro ele usa calça mostrando a bunda e mais: ele tem uma característica forte, ele fala o “foda-se” (palavra que todo português adora) com bastante “ô” e bem de vagar, é bem na manha mesmo . É uma coisa mais ou menos assim:
-Vistes o sol que está lá fora ó Manoel?
-Fôôôôôda-se, sol do caraças.
Hoje, domingo de Páscoa fui à praia dar uma volta. Chegando lá tava um frio e um vento que me lembrou o minuano. Quase ninguém dentro do mar, pois é eu disse quase ninguém. Tinha uma família de esquimós, (se não eram esquimós pelos menos o cara devia ta sentindo os testículos na garganta porque com aquela água gelada sobe tudo) tomando banho de mar e de vento também e dois surfistas muito ruins que fez eu me lembrar de mim e do meu parceiro de surfe (na verdade eu e o Douglas passamos mais tempo em baixo da prancha, hahahha). Olha Douglas eu vou te dizer uma coisa: nós surfamos melhor do que eles.( esses caras devem ser ruins).
Gostaria de dizer também que eu (e todos os que não estão mais aí) continuo fazendo aniversário e as festinhas surpresa farão uma falta . Então podem continuar fazendo as vaquinhas para os presentes e mandando para a gente. Se quiserem mando aqui a minha conta corrente, ... hahahah
Certamente eu tenho muito mais para escrever mas isso tornaria o email mais chato ainda para vocês. Então termino desejando um ótimo pós Páscoa para todos , dizendo que eu adoro vocês e que eu irei passar alguns dias em off, pois a partir do dia 19 “ela vem chegando” e eu quero só aproveitar o meu amorzinho.
Grande abraço e até mais!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Notícias do Patropy
Finalmente o Patropy mandou sinal de vida. Muito grande a mensagem, portanto vou postar em duas partes no mínimo. E sem edição. Enjoy it!
Obs: Este e-mail contêm um conteúdo que poderia estar contido nas páginas do Diario Gaúcho, aquele jornal bagaceiro que só tem fofocas e tragédias. (Que frase terrível!)
Olá amigos!
Começo este e-mail dizendo que já fazem 7 meses que estou aqui. Impressionante como o tempo passa rápido, eu já tenho até um cabelo branco , hahahha. O certo que a saudade de vocês só aumenta e encontrar amigos como vocês é uma tarefa impossível. Confesso que nos primeiros meses eu não acreditava que iria suportar ficar longe da Pati , sem a minha família e sem os parceiros, mas hoje já consigo administrar a falta que os dois últimos me fazem, porque sem a Pati é impossível de viver.
Bom todos sabem que eu me mudei e quem não sabe , agora esta sabendo. Estou morando no mesmo lugar, só que agora em quarto de casal, com banheiro e banheira (te mete , agora é só chanpagne, moranguinho e banheira, só no romantismo) , sem espelho no teto (hei eu não moro num motel tá!) e tem uma cozinha que não se pode cozinhar (não me pergunta por que... português de Portugal .... hahhaha) . Em suma , como adora dizer o meu amigo Douglas, o lugar é bão, espaçoso e acho que a Pati (e quem vir nos visitar, não agora claro, porque seria uma sacanagem muito grande fazer isso logo agora que ela ta chegando) vai adorar.
Como eu me mudei e o lugar é espaçoso todos os meus colegas começaram a me pressionar para que eu fizesse uma festinha no lugar. Conversei com a Pati sobre a idéia e chegamos a conclusão de que seria muito legal , afinal eu andava com muita saudade dela e seria bom um pouco de diversão. Então no primeiro sábado após a minha chegada ao quarto chamei a galera e tava feita a merda (já vão entender o porquê da “merda”) . A Galera começou a chegar por volta da s dez da noite, e todos com algo em comum, qualquer tipo de bebida e uma garrafa de vodka em baixo do braço. Isso no início me deixou encucado. Imaginem uma festinha como uma garrafa de vodka por pessoa?
Devido ao grande número de garrafas de vodkas eu resolvi ficar só na Pepsi Cola, ainda bem que eu fiz isso. A minha decisão se baseava principalmente no fato de que eu estava recém chegando no quarto novo e quando você bebe as coisas absurdas podem se tornar meio engraçadas.
Então começa a festa, as pessoas começam a beber e no início temos apenas todos conversando e dando risadas. Alguns bebiam cervejas, outros licor de chocolate, outros começavam a beber vodka e a festa ia seguindo. Passada as duas primeiras horas as bebidas fracas acabaram e a vodka era o caminho mais natural. Todos começaram com a vodka e eu tomava café com leite, acreditem. Com vodka na cabeça a galera começou a dançar e as coisas começaram a esquentar. As duas colegas turcas colocaram músicas típicas da Turquia e trouxeram uma saía e o negão (africano) vestiu a saía e começou a dançar. Neste exato momento a Pati me liga, junto com o Di , a Thaísa e .... Eu atendi o skype, e no meio do breu e de uma gritaria eu falei : -oi meu amor! Ela espantada com aquilo, perguntou rindo um pouquinho para ser simpática:
-Patropy o que está acontecendo aí? Que animados que estão os teus amigos.
-É aquela festinha meu amor.
Nisso o negão vem e pede para falar com a Pati , que situação. Ela ficou tímida e pediu para o Di conversar com ele. Ele convidava o Di para vir para Portugal e falava um monte de coisa que eu não entendia, não esqueçam que ele estava com aquela sainha. A Pati e todos que estvam com ela foram para uma festa, meio apavorados, não era para menos. Depois disso o negão seguiu dançando e rebolando como se estivesse dançando a dança do ventre.
Nisso o meu colega escocês vem correndo e dá um carrinho, como aqueles do futebol e passa por baixo do negão , que se rebolava com as pernas meio abertas. Nesse momento eu começava a me preocupar. Para evitar uma bagunça excessiva eu coloquei uma lixeira no meio do quarto. No começo , todos vinham colocavam sua latinha na lixeira. Duas horas depois todos jogavam, do lugar onde estavam ,as suas sujeiras, isso fui muito legal. Naturalmente caíram umas sujeiras no chão, e eu neurótico (como o Lucas adora dizer) fui pegar uma vassoura. Quando eu volto vejo algumas notas de cinco euros em cima da minha cama, o Chris em cima de uma cadeira e todos gritando, sabem por que? Ele estava arremessando coisas de cima da cadeira na lixeira e isso valia dinheiro, a sujeira evidentemente era muito maior, e eu fiquei preocupado com a vizinhança, afinal existem vizinhos aqui.
A festa seguiu , as garrafas de vodka se acabando e o pessoal começou a ficar mais excitado. A coisa chegou a tal ponto que o Chris olhou para todos levantou , baixou o som e perguntou:
-Vocês conhecem as minhas tetas?
Todos só diziam:
-Não , não , não. E também não queremos conhecer.
- Ah, mas eu gostaria que vocês vissem elas, são tão belas. Vejam...
Pois é , ele mostrou as tetinhas dele. Mas não parou por aí.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Frases de Banheiro
Ainda sobre a questão da comunicação na Ufrgs captei algumas frases nas paredes de um banheiro. Só não vou dizer em qual Instituto porque talvez fique mal pra os caras e tal. Veja lá:
Perto do interruptor de luz alguém escreveu:
FAVOR FECHAR A PORTA
E outra pessoa respondeu:
E APAGAR A LUZ, POR FAVOR
Outras inscrições hieroglíficas e as respectivas observações:
SEM TEORIA REVOLUCIONÁRIA NÃO HÁ
MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO
LENIN
NA HISTÓRIA UM E OUTRO SÓ FIZERAM
MERDA COM O POVÃO
Sobre quem escreveu a última frase:
SE A TERRA NÃO ESTIVESSE EM MOVIMENTO TU
NÃO EXISTIRIA
Ainda sobre o povão
POVÃO = BOSTA
É O POVÃO ORGANIZADO E MESMO EXPLODINDO
ESPONTANEAMENTE QUE MOVE O MUNDO
Algum fanático do grêmio:
GRÊMIO
E os dribles correspondentes:
ISSO QUE SUJA O NOME DE UM TIME SEMPRE TEM UM BABACA
PRA RISCAR NA PAREDE
GREMISTAS SÃO PUTOS
CAMPEÃO DA SEGUNDONA
TODOS OS GREMISTAS SÃO BABACAS
GREMISTAS SÃO ARROGANTES !!!
A este alguém acresentou:
E VIADOS
Outro respondeu:
E COLORADOS SÃO LIXÃO
Também teve um fã do Xavante:
XAVANTE (BRASIL DE PELOTAS)
MELHOR TIME DO MUNDO
Sobre a maconha:
LEGALIZE JÁ
Algo realmente das cavernas:
SOHLIFADATUP
E algumas baixarias não recomendáveis para este sacrosanto blog.
Também sobre relacionamentos:
PORQUE OS HOMENS NÃO SÃO ROMÂNTICOS COMO ANTIGAMENTE?
Boa resposta:
PORQUE ANTIGAMENTE PRECISAVA SER PRA COMER.
HOJE EM DIA É SÓ PEGAR
Será?
Alguém com bom humor pelo menos:
O MUNDO É BOM PORQUE É UMA BOLA
SE FOSSE DUAS SERIA UM SACO
Declarações de uma gorda:
TE AMO MEU GORDO!
Também:
TE AMO GORDINHO
Declarações de um bebum:
TEQUILA BABY
PUNK ROCK ATÉ OS OSSOS
Verdades:
EMO = PUTO
SE PIXAÇÃO É CRIME ENTÃO POLÍTICO ROUBANDO É ARTE
DCE = MÁFIA DO PSOL
Ciências Sociais:
VIVA O CAPITALISMO
VIVA O MARXISMO
ABAIXO O PÓS-MODERNISMO
KARL MARX ERA PLAYBOY E MIMADO PELO PAI
HEINRICH MARX
Foi bem rebatida essa:
TEM GENTE MAIS MIMADA QUE NUNCA PENSOU NADA
Sobre o Toniolo:
TONIOLO VIVE
E a resposta:
TROTSKY TAMBÉM
Política:
CHAVES = DIREITA
Alguém pergunta:
E O KIKO?
Ainda sobre o Chaves:
ELE NÃO MORA NO BARRIL
MORA NO NÚMERO 8
E o símbolo da anarquia, que ultimamente tem seguidores declarados por estes corredores.
Marcando encontro:
VOCÊ VEM SEMPRE AQUI?
Não sabia que tinha aula aos sábados na FACED:
NÃO SÓ NOS SÁBADOS
Um desesperado:
COLOQUE SEU NÚMERO AQUI
E com sorte:
32616724 A QUALQUER HORA É SÉRIO
Um indignado:
QUE INUTILIDADE TUDO ISSO VÃO ESTUDAR
Tomou nos dedinhos:
PERDEU TEMPO TAMBÉM
E símbolos de macho e fêmea dizendo:
DUAS FÊMEAS = DOIS MACHOS = MACHO E FÊMEA
Também:
MACHO = FÊMEA
E declarações duvidosas:
NÃO EXISTE BISSEXUALISMO
OU SE É BIXA OU SE É MACHORRA
O autor foi reconhecido:
TÔ VENDO QUE TU NÃO É HETERO NEM HERMAFRODITA
Legal esse diálogo nas paredes. Amei mesmo.
Aula de conquista de novo:
SABE COMO SE MATA UMA DAQUELAS MULHERES PINTADAS,
DE SALTO, E ARROGANTES E FAZIDAS?
PUXANDO A DESCARGA ENQUANTO LAVA O ROSTO
Alguém mais experiente que este sugere:
POR QUE NÃO AS IGNORA?
domingo, 25 de abril de 2010
Sobre o Direito de Falar
Creio que a maior parte da comunidade universitária já está a par da discussão em torno do tempo de duração das formaturas. Entre duas e quatro horas é o que dura uma formatura na Ufrgs. A reitoria está decidida a diminuir este tempo custe o que custar, o que provavelmente custará o corte dos agradecimentos individuais.
O DCE diz que a Reitoria não está preocupada com o tempo e sim com as manifestações políticas e sociais envolvidas. E parece muito provável. Porque a formatura da Ufrgs não é apenas um ato formal, solene, como seria de se esperar de uma colação de grau. É o momento de os alunos fazerem um grau e principalmente falarem o que der na telha no breve tempo de agradecimentos que lhes é concedido.
O DCE propõe uma limitação do tempo mais rigorosa que a atual de cinco minutos, que na prática vira até 10 minutos. Dois minutos ficaria bom pra ambas as partes segundo a proposta do Diretório Central. É ridículo fazer uma censura ao que é falado evidentemente. Mas em muitos casos os membros da mesa se sentem atingidos, pra não dizer ofendidos, pelas declarações dos formandos, as quais seriam mais apropriadamente feitas em particular, no gabinete do alvo em questão. Claro que não causariam a mesmo efeito, como se chama isso?, pressão? seja o que for.
A formatura é uma espécie de Orçamento Participativo da Ufrgs, criado pelos alunos, óbvio, para se meterem nas questões administrativas no pior momento possível, um momento de festa. Talvez porque festa de pobre é bagunça e bagunça de rico é festa.
Se a universidade de fato conseguir dar um calaboca na gente, bom, não é o fim, ainda restam os oradores, as pichações no centro de vivência, as paradas em frente à reitoria e o que mais a criatividade puder produzir.
A pergunta que fica é: Quem está incomodado com o tempo de formatura? Os formandos? Os convidados dos formandos? O funcionário que tem que apagar as luzes no final? Quem paga a conta de luz? As produtoras?
Aos poucos as coisas vão se esclarecendo.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Bullying sem querer?
Essa música do Detetive aí embaixo soa quase um bullying, não? Que feio pra o autor dela, hein?
A Teia de Aranha VI
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEfuTmzytJqb5wZuVlk2Nv9TS9oUzeuyua0Ofr1M8z7hGwL9CxPbUIQHhD3b61YhoHeD_coVPC8XiWlC9vrtcd4QSTriW5JD_RoYrK-nG_ecAESITIz97khhcvjVauCdIr7kkqIqY5qPI/s320/1532838296_d38dea5821_o.jpg)
A aranha está bocejando e se espreguiçando na varanda da teia. Já são 15 pra meio dia. Foi cansativa a noite da aracnídea. Nisso despenca do ar um mosquitão de asas vermelhas bem em cima dela e derruba-a sobre aqueles fios mais resistentes do que o aço. A aranha sem poder respirar direito contempla um sorriso maroto e um olhar malicioso na face do mosquito invasor, que já vai arrancando as asas e despindo a aranha do seu casaco de pelos e... Passada uma hora o mosquito vai-se embora satisfeito.
No outro dia a mesma coisa. Só um pouco mais cedo. Dez pra as nove. A aranha está tomando o seu desjejum na mesa da copa - omelete de larvas de mosquitos - quando é surpreendida pelo mosquito de asas vermelhas que já vai mostrando a meia e a cinta liga e...
No fim da semana, a aranha está exausta e enfarada do mosquito de asas vermelhas. Pensa em se mudar temendo um novo ataque. Antes, porém, procura um terapeuta cognitivo-comportamental, o medidor de pau. Esse aí da foto.
-Seu medidor de pau vim queixar do mosquito de asas vermelhas. Eu desenvolvi uma fobia ao mosquito de asas vermelhas nos últimos dias. Sabe como são estes mosquitos de asas vermelhas... Tenho que ficar encerrada dentro da teia de medo. Com as portas fechadas, inclusive, se não ele vai entrando e... E agora seu medidor de pau? Haverá solução para mim a não ser sumir do mapa?
A aranha entrou num processo de exposição gradual e dessenssibilização ao mosquito de asas vermelhas. Primeiro teve que pegar a foto do mosquito de asas vermelhas na mão e contemplá-la sem desviar o olhar. Ficou taquicárdica. Suava tremendamente. Sentiu as patas fraquejarem, e por fim desmaiou.
Doutra vez, foi obrigada pelo medidor de pau a segurar um vidro com tampa dentro do qual estava o mosquito de asas vermelhas. Os dois se fitaram nos olhos. Rolou um deja vu. O mosquito de asas vermelhas ficou afoito. Tentou sair do vidro, forçou a tampa, mas, felizmente para a aranha, não conseguiu. Pôs-se a dançar. E cantarolar:
-It´s now or never, come hold me tight iiiii, please be my darling be my tonight. A aranha não pode suportar outra vez. Sucumbiu antes que o mosquito de asas vermelhas cantasse "Tomorrow will be to late". Porém, semi-acordada, ouviu-o guinchar "It´s now or never, my loooooooove won´t wait".
Aos olhos da aranha a terapia só a estava deixando ainda mais traumatizada. No entanto, como não havia outra esperança, decidiu prosseguir com ela. No terceiro encontro com o medidor de pau, este o levou para jantar e, chegando ao restaurante, quem estava lá? O mosquito de asas vermelhas. Era convidado do medidor. Ficou só puxando conversa com a aranha, já ia marcar um encontro com ela, quando foi interrompido por um pisão no pé. Conteve-se dali para a frente. Ficou na dele. Só então a aranha voltou a respirar, porque estivera com a respiração suspensa desde o início do jantar.
Na quarta sessão a aranha foi incentivada a pegar um cineminha com o mosquito de asas vermelhas. Não queria, mas não tinha saída. Iria, a contragosto, desde que o medidor de pau também fosse e ficasse escondido em algum canto da sala de cinema, de olho no mosquito de asas vermelhas.
Romeu e Julieta. A aranha se esgueirou para o canto da cadeira oposto ao do mosquito. No meio do filme - naquela cena em que o Leonardo di Caprio se ajoelha e chora convulsivamente - o mosquito tencionou avançar na aranha e, como era de se imaginar, foi interrompido - graças para a aranha - a tempo pelo medidor de pau, que saiu de alguma brecha invisível e sentou-se entre os dois.
NO final da sessão, o mosquito estava chorando e enxugando as lágrimas nas asas vermelhas. Prometeu à aranha que nunca mais iria pular em cima dela e que iria trocar as asas vermelhas por outras brancas e que se transformaria em um mosquito diferente, um mosquito em busca do amor.
A aranha foi embora satisfeita, crendo ter feito um bom negócio com aquele medidor de pau. Já ia longe, quando movida por uma curiosidade irreprimível virou-se para trás e a tempo de ver o medidor de pau estendendo uma nota de cinquenta reais para o mosquito de asas vermelhas.
Ato derradeiro:
A aranha volta correndo e grita: - Eu quero meu dinheiro de volta!
O medidor de pau responde: - Agora já era. Aranha mão de vaca!
A aranha vai-se embora. Está curada.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Sobre Detetives
Estava lendo algo sobre mentes criminosas na banca de revista enquanto aguardava o horário de tomar o bus. Dizia que o crime é praticado para espantar o tédio. Daí me lembrei do Sherlock Holmes que fala no Signo dos Quatro - já mencionei isto antes - "Minha mente rebela-se contra a estagnação. Dê-me problemas, dê-me trabalho, o criptograma mais obscuro ou a mais intrincada analise e eu estarei em meu elemento. Eu posso viver então sem estimulantes artificiais. Mas eu abomino a rotina monótona da existência. Eu anseio por excitação mental".
Quer dizer, ele usa a profissão para espantar o tédio. E ambos detetive e criminoso usam drogas nos intervalos. Até parece que trabalham em cooperação, ou seja, um depende do outro para espantar o tédio.
Aqui cabe uma pergunta oportuna. Não teria outra coisa que espantasse o tédio de ambos? Alguns especialistas em emoções defendem que em nenhum momento os contos sobre o detetive da rua do padeiro se referem a relacionamentos afetivos do personagem ou passeios na praça com amigos ou leituras agradáveis ou um mundo de coisas que depertariam nele emoções positivas. Sendo assim só restava os casos e a droga mesmo pra remediar o tédio.
Não estou com muita pressa de terminar a série sobre o Sherlock... Caiu na minha mão um detalhe importante sobre a vida do Dr. Joseph Bell na última segunda feira. E vai fazer uma diferença na conclusão da análise. Só tenho que pesquisar mais um pouquinho. Acho que enquanto não sai o último capítulo o leitor pode meditar um pouco na letra da música 'Detetive' da Comunidade Ninjitsu:
meu pai é detetive
enfrenta broncas legais
teu pai é despachante
e não faz nada de mais
meu pai é detetive
prende bandido e traficante
teu pai é um cagalhão
que se esconde
atrás de estante
meu pai é detetive
entrou na casa do ladrão
deu um tiro a queima roupa
que quebrou a televisão
teu pai é despachante
e é um carinha simplório
não despacha nem macumba
e tem medo de velório
meu pai é detetive
conhece todos os tiras
teu pai é despachante
frequentaté o bafo de bira
meu pai é detetive
e não trata de bolinho
e teu pai, na boa,
acho que frita um soinho
meu pai é detetive
e já foi pra punta de leste
conhece todo o brasil
e tira férias no faroeste
teu pai é despachante
trabalha no big shop
e na quinta vai pro paraguai
trazer relógio g-shok
A minha colega de apartamento Luciana e eu dançamos ao som de Detetive algumas vezes. Nunca me esquecerei dela e da música.
segunda-feira, 22 de março de 2010
O verdadeiro Sherlock Holmes, parte III
Preciso avisar aos apressadinhos de plantão para evitarem as conclusões precipitadas, porque o destino desta análise crítica pretende ter um fim inesperado.
Doyle nasceu numa família católica irlandesa em Edinburgo, Escócia em 1859. Aos 11 anos ele foi enviado à uma escola Jesuíta, Stonyhurst College, no qual diz ter passado “5 anos solitários e infelizes”. Depois de obter seu Bacharelado em Medicina e Mestrado em Cirurgia da Universidade de Edinburgo, Doyle desenvolveu um grande interesse pelo espiritismo. Em um artigo que apareceu em MQ (jornal oficial da Grande Loja Unida da Inglaterra), o Maçon Yasha Beresiner explica os interesses de Doyle pelo espiritismo e pela Maçonaria. Em suma, ele explica que em 1887, ano em que Doyle se tornou um maçon, ele também entrou na Sociedade para Pesquisa Psíquica. Com este estado de mente, em 26 de Janeiro de 1887, Arthur Conan Doyle foi iniciado na Maçonaria na Loja Phoenix no. 257 em Southsea, Hampshire.
Na Loja Phoenix no. 257, Doyle ficou amigo de um certo Dr. James Watson. Beresiner também aponta no artigo que Doyle subiu rápido nos graus e em 23 de Fevereiro de 1887 ele passou ao segundo grau e um mês depois, em 23 de Março se tornou um Mestre Maçon.
Algum tempo depois ele saiu da Maçonaria apenas para retornar a ela várias vezes em sua vida. A Maçonaria foi mencionada algumas vezes nas publicações de Doyle, mesmos aquelas não focadas em Sherlock Holmes. Através de suas aventuras, Sherlock Holmes (que não era Maçon) provou ter bastante conhecimento da Maçonaria, observando anéis e outros ornamentos maçons com facilidade.
Doyle formou-se na Universidade de Edimburgh em 1881. Abriu um consultório como oftalmologista e esperou a chegada dos doentes. Seis anos depois continuava ainda à espera. Desesperado pela falta de meios de subsistência experimentou a literatura. Depois de uma tentativa desanimadora e sob a influência de Gaboriau e Poe, decidiu em 1887 tentar escrever uma história detetivesca. Para a prossecução desse objetivo, porém, necessitava de um novo detetive.
Eis o que ele conta - Sir Arthur - sobre a criação de Sherlock Holmes:
-À platéia de Watsons tudo parecia miraculoso até que o Dr. Bell explicasse e aí tudo se tornava simples. Não admira que depois de estudar uma personalidade dessas eu usasse e ampliasse seus métodos quando, mais tarde na vida, tentei criar um detetive que elucidasse casos em funçãos de seus méritos e não da loucura do criminoso. Bell interessou-se vivamente por esses contos policiais e fez sugestões que não eram, sou forçado a dizer, muito práticas.
A partir de 1884 eu andara trabalhando num sensacional livro de aventuras e que representou a minha primeira tentativa de produzir um texto de narrativa contínua. Senti então que seria capaz de escrever algo mais conciso e estimulante, mais profissional. Gaboriau me atraía bastante pelo encaixe preciso de suas tramas, e o genial detetive de Allan Poe, Sr. Dupin, era desde a infância um dos meus heróis. Mas será que poderia acrescentar algo de meu?
Pensei no meu velho professor Joe Bell, no seu rosto aquilino, nos seus modos curiosos, no seu estranho dom de observar detalhes. Se ele fosse detetive certamente reduziria essa atividade fascinante mas desorganizada em algo mais próximo de uma ciência exata. Tentaria obter o mesmo efeito. Se sem dúvida era possível na vida real, porque não conseguiria torná-lo plausível na ficção?
É muito fácil dizer que um homem é sagaz, mas o leitor quer ver exemplos dessa sagacidade. A idéia me divertiu. Como haveria de chamar ao protagonista? Ainda guardo uma folha de caderno com várias opções de nomes. Primeiro escolhi Sherringford Holmes e a seguir Sherlock Holmes. (Sherlock era o primeiro nome de um amigo de Conan Doyle, jogador de críquete e Holmes veio do jurista americano Oliver Wendell Holmes).
Ele não poderia relatar as próprias investigações, por isso precisava de um companheiro comum que lhe servisse de refletor - um homem instruído e ativo que pudesse ao mesmo tempo acompanhá-lo nas investigações e narrá-las. Um nome insípido, discreto, para esse homem simples. Watson serviria (John Watson). Assim me decidi e escrevi Um estudo em vermelho.
Assinar:
Postagens (Atom)