quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Cultura à moda Chaves II



11. A sua casa é um ótimo lugar para se visitar (quer dizer, a sua nova casa é a facul);
12. A maior parte da educação é adquirida fora das aulas (é vero, principalmente nos corredores e no bar do Antônio);
13. Se você nunca bebeu vai beber (chato esse troço de ir atrás da pressão do grupo);
14. Se você nunca fumou vai fumar (ou melhor, se você nunca se fumou vai se fumar);
15. Se você nunca transou vai transar (ou vai morrer virgem);
16. Se você não fizer nada disto durante a faculdade, não fará nunca mais na vida, a não ser que você faça uma nova faculdade (esse carinha está vendendo diploma?);
17. Você vai se tornar uma daquelas pessoas que seus pais falaram pra não se meter com elas (isso é fazer acepção de pessoas);
18. Psicologia é, na verdade, biologia (meio verdade);
19. Biologia é, na verdade, química (meio verdade);
20. Química é, na verdade, física (meio verdade);
21. Física é, na verdade, matemática (meio verdade);
22. Que mesmo depois de estudar anos, você não vai saber nada (você não vai saber tudo);
23. Que sentir depressão, solidão e tristeza não são frescuras de quem não tem o que fazer (a gente mal termina de sair de uma depressão e já entra em outra);


sábado, 19 de dezembro de 2009

Cultura à moda Chaves I



Peguei este texto fantástico no Mural da Letras. Vale a pena parar para lê-lo.

COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER ANTES DE ENTRAR PARA A FACULDADE

1.Não importa o quão tarde é a sua primeira aula, você vai dormir durante ela (depois do almoço é tiro e queda);
2.Você vai mudar completamente e nem vai notar (eu notei, aliás, todo mundo notou que eu mudei);
3.Você pode amar várias pessoas de maneiras diferentes (???);
4.Alunos de faculdade também jogam aviões de papel durante as aulas (bem, isso é na letras);
5.Se você assistir às aulas calçado, todo mundo vai perguntar por que você foi tão chique para a faculdade (bem, isso é na Ufrgs);
6.Cada relógio no prédio mostra um horário diferente (só tem um relógio e em apenas um prédio do meu Instituto);

7.Se você era inteligente no colegial... azar o seu! (bem, isso foi o carinha que escreveu)
8.Não importa tudo o que você prometeu quando passou no vestibular, você vai às festas da faculdade, mesmo que seja na noite anterior à prova final (bem, isso deve ser na engenharia);
9.Você pode saber toda a matéria e ir mal na prova (bem, isso é pretexto pra não estudar demais);
10.Você pode saber nada da matéria e tirar dez na prova (bem, isso não é na matemática);


Inauguração da Cúpula





Nesta quarta-feira ás 16:30 foi inaugurada a cúpula do terraço da física. Não posso dar muitos detalhes pois não pude comparecer. O que sei é que no dia seguinte, quinta-feira, houve uma observação do céu às 21 horas. Fiquei sabendo tudo isso da boca do Prof. Basílio que me pediu desculpas pela pressa pois faltava menos de duas horas para o evento e ele ainda tinha que comprar champagne.

Mal posso esperar a oportunidade para apreciar as estrelas e os anéis de saturno a partir da cúpula do Instituto de Fìsica. Segundo me consta há uma no Planetário também.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A Teia de Aranha 5



Guia Prático Atualizado de Paquera da Aranha

1) Nunca tente conquistar mosquitos com presentinhos do tipo asas de ouro ou salada de trufas. Acabará na miséria se fizer isto.

2)Nunca conte toda a verdade a um mosquito. Não diga, por exemplo, que o seu aranho está esperando você para o jantar. Antes, diga a ele que o está convidando para um jantar à luz de pirilampos.

3)Se um mosquito estiver espiralando em volta da sua teia e não cair nela em 15 minutos desista. Invista num mosquito mais rápido.

4)Só faça pressão se você achar que o mosquito está fazendo doce. Bem, mas como ter certeza? Não há como ter certeza. A não ser que você pudesse dar uma lambida nele.

5)Se o mosquito faz o tipo racional e é daqueles que não perde a cabeça por uma aranha faminta leve-o a um bar e embebede-o. De preferência com a bebida mais barata de todas.

6)Nunca ofenda um mosquito antes de levá-lo para a teia. Se ele te insultar se imponha. Mas engula os sapos. Lembre-se: sapos também comem mosquitos. É melhor evitar a concorrência.

7)Se o mosquito estiver com problemas e precisar desabafar em primeiro lugar ouça-o. Depois diga emocionado: Eu quero te ajudar. Por último convide-o para uma "sessão de aconselhamento" na sua teia.

8)Não banque a aranha detefon, aquela que tonteia mas não mata. Os mosquitos não vão mais se aproximar da sua teia.

9)Cuidado para não inconfundir mosquito com cupim. A carne do cupim não costuma ser muito saborosa.

10)Uma boa dose de concentração ajuda e muito. Qualquer distraçãozinha é fatal na hora do assalto.


domingo, 6 de dezembro de 2009

Aniversário



Hoje a Ufrgs está fazendo anos. São 75 anos e 9 dias. E a minha maior dor de barriga, a de uma possível privatização, até que aliviou um pouco nos últimos semestres. Não se fala mais nisso. Gostaria mesmo de saber se há segurança de alguma coisa ou se é só aparência.

Agora estou quase de férias. Só mais uma prova e deu. Ultimamente tenho pensado horrores e escrevido pouco. Muitas dúvidas, sobre um assunto que eu considerava esclarecido. Nessa situação escrever não alivia o fluxo de idéias. Porque não seria um transbordar. E esse é o objetivo do blog. Aqui deixo vazar o excesso dos meus pensamentos. Já as minhas dúvidas e especulações anoto-as em um caderninho.

E pra terminar vou contar um segredo. Vou contar como passei na seleção pra mestrado. Fiquei um semestre em inferno astral depois que eu fui reprovada na primeira seleção que eu fiz. Subi e desci as paredes umas 7 vezes. Chorei umas 3 vezes. Escrevi para colegas, conversei com amigos e professores e, finalmente, entendi que eu devia tentar de novo. Uma colega da matemática aplicada fez três vezes a prova pra o doutorado. - Penei - disse ela.
Então com o intuito de passar na seleção, que inclui uma prova dissertativa, histórico escolar, curriculum vitae e indicação de dois professores, fiz um plano de estudos, porque afinal de contas, era importante estudar um pouquinho, em vez de ir só na fé, né? Bah, ficou comprida essa frase!

Mas o que me fez passar não foi nada disso. Eu nem devia contar isso. Poderia usar essa técnica em concursos e... Mas, tudo bem, eu devo essa verdade à humanidade. A humanidade vai continuar se enganando se eu não contá-la. Vão continuar imaginando que eu passei na seleção por causa do meu esforço e tal. E eu fico com pena porque..., puts, quanto desperdício de tempo empregado pra nada afinal. Foi o Samuel Leite que me ensinou essa técnica: - Conta duas vezes de 0 a 1000 - foi o que ele me disse quando eu pedi uma dica.
Simples assim.




terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lista de Natal pra o Pi comprar



Está aí a lista de pedidos dos meus colegas.
Pi é o apelido de um deles. Mas também refere-se ao PaPi Noel.
Sentiram a ambiguidade da coisa, né?

Andrea: Playstation 2
Pati loira: TV 42"
Ju (Juliana): Bola de vôlei "oficial"
Miriam: Máquina fotográfica "profissional"
Diegão: Liquidificador
Carol: Uma casa na árvore
Pati morena (a namorada do Patropy): Bicicleta "grande"
Carlos: Prancha de surf
Taísa morena: Poltrona reclinável de oncinha
René: Piscina (SKOOOL) (prioridade máxima)->(particular)
Di (Diego): Um pônei
Taísa loira: Hilux preta
Augusto: Passagem Rio-Recife ida 9/12 volta 14/12
João H: Uma Kombi
Pi: Um saco grande pra cabê tudo isso
Nicolau: férias
E eu pedi um B com a Beti. Se vier A melhor ainda.


sábado, 14 de novembro de 2009

A lista de análise c



Desenterrei uma velhinha hoje. Eles, os autores, não admitem mas é verdade. Eu fazia análise C - análise é a área mais difícil da matemática - no meio de uns cinco cuecas. Não me lembro bem do nome de todos. Só me ocorre agora o nome do Patropy e do Leandro e do Daniel.

Pois bem, corria o semestre e eu me sentia bastante insegura com as listas de exercícios. E por isso procurava o professor no gabinete dele a toda hora. Um dia ele se irritou - e é difícil de ele se irritar - e gritou comigo: - Pensa! - disse ele. No fim resolvi metade da lista na sala dele, quer dizer, ele resolveu metade da lista pra mim. Nada mal!

Aquela história me fazia pensar que eu era a pior aluna da turma, porque eu acreditava que os guris estavam matando a pau. Pelo menos o Patropy, que sempre discutia tudo com o professor. E eu sempre viajando, às vezes, o Leonardo tinha acabado de explicar a coisa e eu, como não estava prestando atenção - estava em alfa - perguntava tudo de novo. Ele suspirava: - Como é que pode? Um dia o Daniel me encontrou fora da sala de aula e me puxou a orelha. Nem lembro o que ele disse. Mas foi um xixi. Infelizmente, eles não entendem como é o mundo da imaginação. Se a gente não viver viajando como é que na hora H a gente vai viajar, hein?

Faltando uma semana pra prova, o Patropy e o Leandro chegaram em mim na saída da aula, ou me pegaram no corredor, não lembro bem. O Patropy me surpreendeu: - Lisany, empresta a lista de exercícios pra a gente tirar xerox. Fiquei em dúvida: - E o que eu vou ganhar com isso? No fim emprestei é claro. Uma mão lava a outra. Hoje quando eu menciono o fato o Leandro joga na minha cara que eu resolvi a lista toda na sala do Leonardo. E o Patropy diz que foi o Leandro que pediu. Vê se pode!


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mais novas do Patropy




Tive que editar esse e-mail do Patropy, porque tava demais, acho que ele escreveu isso no banheiro. Espero que tenho ficado mais compreensível.

Olá pessoal

Resolvi sentar hoje e escrever sobre como é a minha vida aqui.

Bom já estou aqui a quase dois meses, e já me sinto mais adaptado. Já tenho alguns amigos que eu me identifico mais, tenho dois jogos de futebol 7 por semana, já passeei, já fui ao shopping, já fiz compras, já fiquei triste também, pois vocês e a Pati me fazem uma falta enorme. Enfim já possua [sic] uma certa rotina nesse lugar, o que pareci [sic] para mim ser bom.

A respeito do futebol, tenho apanhado bastante. E só não mando as fotos dos ematômas [sic] porque eu acho que não gostariam de ver fotos da minha canela, da minha perna, da minha bunda. Bom, talvez o Diegão gostasse hehehhe. É, aqui eles jogam na base da força, não que eu jogue na base do talento, mas jogo mais com a bola no pé, e eles, tentando tirá-la de mim, quase arrancam meu pé. Nesses jogos conheci muita gente, africanos, russos, indianos (um que inclusive se chama Raj, como o da novela, mas não é tão bonito como o da novela), portugueses evidentemente, alemães (esse alemão que eu conheci é o cara mais simpático daqui, sempre que me vê vem falar comigo, vamos juntos para o futebol de sábado,...). Muitos desses são pessoas marcantes, pois me marcaram muito as minhas canelas, costas, joelhos com os pontapés que me dão, hehehe.

Uma coisa muito curiosa e que acontece no futebol de quinta, é que lá tem um cidadão (todos o chamam JP) que depois do jogo fica palestrando pelado no meio do vestiário. Verdade, todo mundo chega, tira a camisa, lava o rosto, tira o tênis, e então este cidadão começa a falar nu sobre ir ao cinema, comer alguma coisa depois que sairmos dali. Eu nunca aceitei. Todos ficam meio sem jeito, tentam olhar para baixo para não olhar para o japonês, opa, português hahahah. Há um tempo atrás percebi que ele joga o tempo inteiro com a mão nas nádegas (bunda para ser mais preciso), sempre tentado tirar alguma coisa que lhe incomoda naquela região. Hoje percebi que ele joga sem cueca (calma! não toquei em nada). Antes do jogo ele também nos dá o prazer de vê-lo pelado, (nossa! jogo bem melhor depois disso), e concluí que esse futebol a Pati não vai jogar, pelo menos não contra contra o JP. Imaginem, futebol é um esporte de contato, nem pensar.

As aulas continuam muito legais, com excessão daquela de matemática computacional. Essa tem me tirado o sono. Verdade, tenho ficado muitas madrugadas estudando para fazer os trabalhinhos que o professor dá para entregar de uma semana para outra. Numa dessas noites eu e o colega Sadehg ficamos acordados até as 5 da manhã finalizando um trabalhinho no tek. Imaginem só eu com aquele meu inglês das mímicas tendo que discutir em inglês até as cinco da manhã. O resultado foi que quando eu cheguei e fui dormir comecei a sonhar uns sonhos malucos todos em inglês, nesses sonhos eu não conseguia falar português, maluquisse total. Esse curso é esquisito, se nós dissemos que não entendemos alguma coisa o professor começa a repetir a frase “You are PhD students”. Ontem também sonhei com essa frase.

Os outros dois cursos estão bacanas, já fiz prova de variedades, e a prova de análise funcional é semana que vem. Uma coisa boa, e que eu gostaria de ressaltar, é que as disciplinas que eu cursei aí na UFRGS são mais do que suficientes para se estudar aqui (isso não significa que eu esteja achando alguma fácil aqui, são difíceis também). Acho importante ressaltar isso para percebermos que tivemos ótimos cursos com ótimos professores.

Mudando de assunto, aqui todo sabe o meu nome. Verdade, quando chego na academia (estou fazendo musculação, segundo o Douglas, com o meu porte físico já dá para interpretar um peso pena) os funcionários dizem bom dia FFFFFágner, é com bastante FFF e bem paroxítona. Chego ao banco e o balconista diz: pode passar ffffagner. Chego na aula e os meus colegas dizem: How are you fffagqnar?, (aqui lembrem que eles tem um sotaque iraniano africano, turco,...). Eu não sei o que acontece, de repente meu nome é muito diferente aqui, ninguém tem esse nome, não sei. Ou eles acham muito feio, de repente acham que é um castigo para mim ser chamado de Fagner.

Um dia aconteceu uma coisa muita engraçada, eu estava na aula de funcional e o professor falava a respeito do Teorema de Hahn-Banach. Nessa disciplina tenho dois colegas portugueses. Então no meio do teorema o professor teve um problema que ele não conseguia solucionar, daí um colega se virou para mim e começou a falar um monte de idéias a respeito do teorema, e eu não tava entendendo nada do inglês dele, então falei para ele:

- Por favor não te importe de falar em português, é que meu inglês é muito ruim.

Então o cabra fico meio sério assim, e falou:

- Ei, eu estou a falaire em português.

Putz, que droga não. O cara tem um sotaque tão esquisito, na verdade ele e a amiga dele. Ontem combinamos de estudar eu, ele e a amiga. Vocês acreditam que a todo momento eu pedia para eles repetirem as frases, juro. Para ele dizer que não entendia alguma coisa que eu falava, ele era tão cuidadoso e usava tanta palavra difícil. Mas apesar de eu não entender nada do que eles falam, eles parecem ser legais. Outra coisa esquisita nessa dupla é que andam com muitas bolsas. Verdade, parecem ciganos, o cara anda com umas três bolsas e ela com mais umas três, parecem que estão indo viajar. Engraçado que ontem ele veio me falar que estava dor nas costas. Por que será né?

Bom uma novidade é que eu tive que me mudar, meu quarto tava com vazamento de água no banheiro. Quando percebi isso fui falar com a dona Ângela e ela mandou um técnico aqui. O cara se chamava Manoel e essa foi a única palavra que ele me falou que eu entendi. Falava muito rápido e era muito simpático, mas impossível de manter um diálogo. Como tive que refazer as minhas malas resolvi sacanear os meus colegas, e bati na porta de alguns contando uma histária e dizendo que eu ia embora. Não teve a menor graça, ninguém acreditou.

Muitos me perguntam sobre a comida daqui. Olha a do RU é muito ruim. A melhor refeição é feita de peixe, que aliás aqui se come bastante e é sempre muito bom. Mas o problema que para comer peixe todo dia só sendo bicuíra (cidadão que vive na praia, geralmente pescador, que sempre está bronzeado). Seguindo conselhos do Alexandre e da Flavia resolvi conhecer a culinária típica do Porto, que eles me falaram ser ótima. Como estava enjoado de peixe resolvi comer o prato mais comentado por todos os nativos que conheci, a “Francesinha Especial”. Todos aqui sempre me perguntavam: Então, já comeu a francesinha especial (pergunta, eu não sei onde tá o ponto de interrogação). Eu sempre perguntava o que era isso e eles me falavam que era um prato dos deuses, mas não falavam o que tinha nesse bendito prato. Como já estava curioso fui comer a tal Francesinha. Era uma fatia de pão de forma, carne grelhada, queijo, pão de forma, queijo e um molho tão apimentado que me deu uma quantidade não enumerável de áfitas [sic] na boca. Moral da história: surpresas e experiências novas aqui nem pensar, pelo menos com comida.

Tenho conversado bastante com o Marcon, e a história trágica dele é verdadeiríssima. Realmente, estávamos eu e ele conversando pelo skype quando veio um cara por trás dele, com um pau na mão e enfiou no olho dele (olha a maldade desse cidadão). Coitado do Diego. Em breve pretendo visitar ele [sic], para conversarmos e falarmos mau de vcs. Tô brincando. Temos mais o que fazer hahahahha.

Aqui já conheci muitos portugueses, e digo que aquela fama das piadas não é verdadeira. Todos são muito inteligentes, e a maioria é muito legal. Digo a maioria porque tem uns que ficam a businaire na minha janela. Na verdade o cara mais chato que conheci aqui foi um brasileiro, Fabio é o nome dele. O cara passa o tempo inteiro dizendo para os colegas dele que no Brasil só tem ladrão, drogado, gente ignorante e favela, um verdadeiro idiota, que para eu evitar de ficar irado cortei relações.

Para finalizar gostaria de dizer que tenho lembrado muito de vocês, me lembro muito do meu dentista também, vcs acreditam que o filho da mãe me fez duas vezes obturação no mesmo dente e cada vez que eu tomo algo frio penso: que filho da .... Apesar de sentir muito a falta de vocês sei que estou aprendendo coisas novas (ouvir o português, que aqui é muito dificil) e conhecendo jeitos diferentes de ser (vai saber porque aquele cara gosta de ficar pelado), professores novos (como aquele adorável de computacional). Enfim estou aproveitando.

Um grande beijo e um grande abraço para todos e até logo.

Obs.: (1) Sempre leio as respostas de vcs e adoro recebê-las

(2) Mando abraço para todos, notem que eu não sou preguiçoso.

(3) Achei legal a idéia do Diego e por isso botei mais essa observação inútil.

Até mais

Patropy




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Esqueci




Ai, me esqueci de dar um título para o post anterior. Pode ser: Ainda não foi dessa vez. Legal, né? Quem sabe esse mosquito ainda cai na teia, hein?


sábado, 31 de outubro de 2009

A Teia de Aranha IV




O mosquito está passando por cima da teia de aranha no vôo de volta para sua casa.
- E aí mosquito? Como foi lá no Borboleto? Conseguiu arrastar a mosquita para o mosquitel?
- Claro. Ela foi de boa vontade.
- Não conta.
- É que eu não sou mal intencionado viu aranha?
- Eu também não. Vai fazer o que hoje à noite?
- Nada programado.
- Quer beber comigo?
- Depende. Se a cerveja for boa...
- Que tal o bar das formiguinhas?
- Não conheço esse.
- É tão bom que até a rainha-mãe vai lá.
- Combinado então.
- Te encontro às nove.
- Às nove.

Dito isto o mosquito alçou vôo novamente e logo desapareceu na primeira esquina.
Às 9 e cinco se abancava no balcão do bar das formiguinhas. Uma operária veio atendê-lo.

- Vou aguardar um pouco estou esperando uma aranha - avisou ele.
- Ah, a aranha - comentou a operária.
- Já conhece ela?
- Ela sempre traz mosquitos aqui, embebeda-os e depois carrega-os para a sua teia.
O mosquito deu um soco no balcão.
- Trapaceira! Ela me paga.
- Com certeza ela paga a conta toda sr. mosquito.

- Estavam falando em mim?
- Oi aranha. Estava demorando.
A aranha mandou servir uma cerveja para o mosquito e duas pra ela.
- Hoje é por minha conta.
O mosquito bebeu gole por gole sem pressa nenhuma.
- Mais uma pra o mosquito e duas pra mim.
- Olha aranha essa cerveja só pede pra a cerveja que a minha avó fazia lá em Braunschveig.
- Braun o quê?
- Mosquito alemão me diz uma coisa. Tu não é mosquito da malária né?
- Eu da malária? Por que essa agora?
O mosquito pensou: Essa aranha tá ficando bêbada.
- Sei lá. Tu não é igual aos outros mosquitos.
- Que outros mosquitos aranha?
A operária deu uma piscadinha pra o mosquito.
- Ah, ahn, os outros mosquitos. É, eu sou mesmo um mosquito diferente. Mas não sou da malária.
- Nem da dengue?
- Iiii sem viagem tá?
- Uma bier pra o mosquito alemão e duas pra mim - exclamou a aranha levantando o caneco pra o alto.
- Gosta de fofoca?
- Que fofoca? Não gosto, mas conta aí.
- Ontem quando eu passava por cima do galinheiro do Seu Renck ouvi o galo resmungando algumas palavras.
- E daí?
- Cheguei mais perto e ouvi ele reclamar com o peru: Essa mulher que tu me arrumou é muito galinha viu?
- Jura que ele falou isso?
- De asas juntas.
- E o peru? O que respondeu?
- O peru perguntou se ele preferia uma perua, um garnizé ou um pinto.
- Não, não, não. Operária! Mais bier. Uma pra o mosquito e duas pra mim.
- Pra mim chega.
- Já vai parar?
- Viu aquele cartaz ali na parede dizendo Não voe bêbado?
- Não seja por isso. Eu pago o aerotáxi.
- Sem acordo tá aranha? Pra mim chega.
A aranha resignou-se. Continuou bebendo sozinha. Virou-se para a operária:
- Eu não gosto de mosquito que se leva a sério. Mosquito comedor de alface, de chicória, de rúcula.
- Escuta aqui aranha. Tu não se leva a sério mesmo. Então não vai se ofender se eu levantar vôo agora mesmo. Tchauzinho.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Errata



Só pra corrigir o último post, um argumento ad absurdum parte do princípio que a afirmação a ser provada não é verdadeira e daí chega numa contradição.


sábado, 24 de outubro de 2009

Curiosidades



Coletei algumas curiosidades no Quiz Show que encerrou a Semana Acadêmica da Matemática nesta última sexta-feira. Estiveram presentes alunos e professores num clima bastante informal em uma espécie de programa de auditório com perguntas e respostas a serem respondidas por duas equipes de calouros.
Selecionei as perguntas mais interessantes. Pra começar:

Diz a lenda que em um banquete o matemático Tycho Brahe por respeito ao anfitrião negou-se a sair da mesa para ir ao banheiro, e por isso sua bexiga estourou, causando sua morte 11 dias depois. Quem sustentou essa história obtendo com ela vantagens?
A)Newton
B)Kepler
C)Galileu
D)Copérnico

A "morte" de Tycho possibilitou Kepler ficar com umas anotações dele sobre o movimento dos planetas.

Quem desses governantes fez um teorema?
A)Nero
B)Luis XIV
C)Napoleão
D)Barack Obama

O tal teorema é conhecido como o teorema de Napoleão.

Quantas mãos tinha Solomon Lefschetz na época em que realizou a maior parte das suas perquisas matemática?
A)Nenhuma
B)Uma
C)Duas
D)Três

Três?

Qual dessas ocupações não foi exercida por um matemático?
A)Teólogo
B)Jurista
C)Terrorista
D)Todas

O apresentador lamentou muito:
- Infelizmente todas essas ocupações foram exercidas por matemáticos - disse ele.

Das seguintes expressões latinas qual não designa um argumento?
Argumento aqui significa um modo de provar uma suposta verdade.
A)ad absurdum
Prova a afirmação partindo do princípio que algo é verdade e chegando a uma contradição.
B)ad hominem
Prova a afirmação partindo do princípio que o homem de cuja boca ela partiu é confiável, verdadeiro.
C)ad baculum
Prova a afirmação após algumas tentativas frustadas com uma cacetada na cabeça do sujeito. Ele entende na hora.
D)ad nauseum
Significa até à náusea, é como os professores mandam a gente estudar.

Pena que não foi filmado. Teve muitos comentários maldosos e bem-humorados da platéia. Quem sabe no próximo ano a gente consegue.


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Novo Orientador



Essa semana mudei de orientador. Não sei se todo mundo sabe o que é um orientador. Como diz a palavra é aquele que orienta alguma coisa, né? A dissertação de mestrado. Tem gente que fala tese. Não é tese tá pessoas? Tese é só no doutorado que é quando produzimos algo inteiramente novo. A dissertação é um exercício pra a tese capicci?

Pois é. Meu orientador anterior é uma pessoa muito bem humorada e que até conta piadas, tanto que contei uma piada dele aqui no blog já uma vez. Mas embora ele seja uma pessoa agradável, tomei essa decisão de mudar, porque prefiro a área de pesquisa do meu novo orientador. Este também é uma pessoa legal, muito dinâmico e organizado e amigável.

Agora é certo. Não tem volta. Entrei no barco da Geometria Diferencial pra valer e faça chuva faça sol, meu amigo, caia granizo ou neve, eu vou metendo o remo e assoprando as velas até chegar no Porto. Mas não é o Porto do Patropy tá?


Notícias do Patropy



Mais um e-mail do Patropy, direto de Porto, não o nosso Porto Alegre, mas também não é um porto triste, é apenas Porto, cidade de Portugal. Pincei os melhores trechos:

Olá pessoal!

Resolvi sentar hoje para contar como andam as coisas aqui.

Quanto a minha vida, aqui eu acordo as 7:30 tomo café e depois estudo até meio dia. Vou para a fila para comprar o ticket para almoçar, nesta fila geralmente eu fico muito irritado, ela nunca tem mais do que sete metros e você sempre fica nela mais do que meia hora. È que aqui furar a fila é muito mais comum do que na UFRGS. Como eu detesto que me passem a perna geralmente eu não deixo as pessoas furarem, isso dá um pouco de trabalho. Depois do almoço eu tenho aula as 2:30 até as 4:30. Depois da aula eu geralmente estudo até umas dez e então converso com a Pati. Alguns dias quando acordo ainda encontro o Diego ou o Lucas no skype, eles sempre me fazem rir muito.

Como vocês sabem tenho alguns colegas, que para variar , não consegui decorar o nome de nenhum. Todos têm nomes muito difíceis, o que torna o meu trabalho muito mais árduo. Tenho dois colegas turcos, um afegão, uma chinesa, três iranianos, uma portuguesa, um escocês e um(a) african(o)(a). O último está desse jeito porque ocorreu um grande mau entendido. Vocês lembram daquela colega que me mandava email, que dizia que o seu apelido era casca de banana. Pois todos os outros e a pati achavam que era uma mulatona, mas não, era um africano muito simpático. Ele acabou chegando depois do começo das aulas , e todos os meus colegas ficavam comentando a respeito da colega africana. Quando ele chegou a surpresa foi geral, e claro, perguntamos se no caminho havia mudado de sexo, hehehhe.

Uma boa notícia é que já tenho dois jogos de futebol por semana, em grama sintética. Muito legal! Os caras jogam por uma hora e meia , normalmente. Também estou malhando em uma academia. No começo achei que conseguiria correr na rua e que uma academia não me faria falta. Acontece que o clima aqui é muito seco e tentei correr três vezes, mas passei muito mal e resolvi ir para uma academia.

Voltando a falar de meus colegas , eles são muito legais. O Chris está sempre falando palavrões, o turco quase não fala (talvez assustado com as baxarias que o Chris fala), o africano tem um jeito muito engraçado de dizer que concorda com alguma coisa: ele só levanta a sobrancelha e dá uma risada muita curta. A chinesa está sempre correndo, ela é a pessoa que come com a boca mais perto do prato. Sério, o garfo dela faz o menor trajeto a até a boca. Outra coisa muito engraçada e que aconteceu com ela foi a seguinte: estávamos nós na primeira aula do ano e a princípio eu estava fazendo a disciplina de probabilidade. Na turma inicial só havia eu e mais a chinesa, e assim sendo, o professor decidiu que iria nos chamar pelo nome. Então começando a matéria ele começou dizendo:

“ – vamos aqui fazeire uma revisão pois o..., desculpa como é o seu nome mesmo”, e eu respondi Fagner, e ele continuou

“- pois o Fagner não conhece muito bem esse assunto.”

Então ele seguiu falando

“-Como a colega..., desculpa como é o seu nome mesmo-” , e a chinesa respondeu “-meu nome é Liu cheng chun youg ”

E ele seguiu falando

“- Como você gostaria que eu te chamasse, pode ser Liu, ou cheng, ou melhor , como lhe chamam lá na china-“

E ela respondeu

“- lá me chamam de Liu cheng chun youg , pode me chamar assim também ”

O professor tentou continuar explicando e fez de conta que não ouviu e passou a chamar a Liu cheng chun youg simplesmente de ela e eu de ele.

As aulas aqui são sempre em inglês e eu tenho entendido a maior parte do que o professor fala em aula. De vez em quando ocorrem alguns maus entendidos. Em uma dessas aulas achei que o professor daria um exemplo, e fiquei parado olhando para o professor, enquanto todos os meus colegas faziam contas, o professor ficou parado olhando para mim. Só depois é que eu entendi o que ele queria, ele queria que nós déssemos o exemplo.

Como sempre sou obrigado a tentar falar em inglês , e com isto estou ficando muito bom de mímica, e quando eu voltar ninguém me ganha no Imagem e Ação, hehehhe. Como o Alveri havia me dito, aqui inicialmente você deve chamar todos de você e nunca dar tchau no primeiro encontro, sempre dizer adeus. Eu sempre me esqueço disso, chamo muita gente de “tu” e dou tchau para todos, ninguém me responde nada, ficam simplesmente me olhando e achando eu muito entrometido. Tenho assistido muita TV brasileira, chaves e chapolin , principalmente. Sinto muita falta de assistir o jogos do Grêmio e algumas vezes consigo assitir pela internet. Aqui existem três senhoras que fazem a faxina dos quartos, elas são muito simpáticas e estão sempre me ajudando, inclusive me ensinaram a lavar a roupa, que é sempre lavada por nós na lavanderia. Lavar a roupa é uma grande diversão, eu coloco um amaciante bem cheiroso e depois passo a roupa toda, eu adoro fazer isso. O único problema é que eu acho que alguns colegas não lavam suas roupas e nem tomam muito banho. Esses dias comecei a fazer umas contas, e supondo que esses colegas tomem dois banho por semana , o final de um mês terei tomado 60 banhos e eles 8.

Já andei passeando por aqui. Ontem fomos a uma festinha. O lugar era bem legal, dois ambientes, com bastante gente diferente e alternativa, eu gostei muito. Melhor ainda foi quando esse cidadão que está fazendo careta na foto começou a dançar, todos olhavam para ele horrorizados, e ele nem aí para os outros, só estava por aproveitar aquele momento, massa . Outro momento muito legal foi quando começou a tocar uma musica com uma batida africana, neste momento o meu colega africano começou a fazer aquelas danças que os nigerianos fazem na copa quando fazem gol, muito legal.

Também já andei por alguns parques aqui. Todos são muito bonitos, como vocês perceber pelas fotos. Coisa que não fiz ainda foi tomar o famoso vinho do Porto, mas em breve pretendo fazer isso, e me embebedar (brincadeirinha) hahaha.

Bom vou encerrar por aqui dizendo que estou com muita saudade de vocês, que todos os dias me lembro de todos, e que em breve (daqui uns quatro aninhos estaremos dando algumas risadas juntos).

Um grande beijo para todos (os homens que não quiserem o beijo podem ganhar um abraço) e até daqui a pouquinho.

Ficarei devendo as fotos do Patropy para os leitores do blog. É que ocupa muito espaço...


sábado, 10 de outubro de 2009

Noticias



Estou com o coração cheio de saudades. Parecia que a gente ia conviver pra sempre com os colegas, que era uma família e não uma classe de aulas. Mas eles estão todos partindo, ou já partiram.
Esta semana se foi mais um. O Diego Marconi embarcou pra Portugal na sexta. O Samuel que casa em novembro após um namoro de três meses e pouco, embarca ainda este ano pra Alemanha. O Vitalino parte com a recém-esposa pra Itália também este ano. Todos pra o doutorado.
E o Leandro Steimez desanimou da Matemática pelo visto. Se mandou pra Israel depois da formatura. Fiquei sabendo esta semana pelo nosso paraninfo Dr. Vilmar Trevisan, que está muito animado como coordenador da Comissão de Graduação em Matemática. Ele está muito faceiro com uma reportagem de página inteira que saiu na Zero Hora sobre as novas opções que a Matemática Aplicada oferecerá a partir de 2010.
Mais um tempo e todos nos iremos, ou quase todos. Ficarão apenas aqueles que se tornarem docentes da Ufrgs.
Cruzes! Quanta nostalgia.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Teia de Aranha III: Salvo pelo Marimbondo




O mosquito chegou bem perto da teia de aranha e de lá gritou:
- Que está fazendo aranha?
A aranha apareceu daí uns minutinhos na janela da teia:
- Estou preparando molho pra salada.
- Posso saber o que vai nesse molho?
- Vai vinagre, azeite-de-oliva, pimenta-do-reino, uma pitadinha de sal e limão.
- Ah. Tá fazendo molho vinagrete. Mas espera aí. O vinagrete não leva limão. Acho que tu está inventando coisa.
- Eu inventando história? Mas que ofensa! Não acredita em mim?
- Então tu não sabe a receita.
A aranha ficou furiosa.
- Tá me chamando de ignorante ou é impressão?
O mosquito ficou sem resposta. E a aranha emendou um convite:
- A propósito, quer almoçar comigo hoje? Com limão ou sem limão eu sei que tu é chegado numa salada.
O mosquito foi categórico, curto e grosso:
- Já tenho convite pra almoçar hoje. Marquei com uma mosquita gatíssima no Borboleto Ratskeller.
A aranha ficou contrariada. Desfez do encontro do mosquito:
- Ah sei. Qualquer mata-mosca acaba com a tua felicidade em um segundo.
- Não há mata-moscas no Borboleto. Eles usam inseticidas - retrucou o mosquito cheio de razão.
A aranha caiu na gargalhada.
- Ah é? E como tu esperas sobreviver aos inseticidas?
- Vou de máscara. Só tiro depois que estiver instalado na mesa. Os garçons não costumam colocar inseticidas nas mesas.
- De qualquer forma - insistiu a aranha - a minha salada é melhor e mais variada. No Borboleto só tem salada de batatas.
O mosquitinho não se deixou persuadir. Até se aborreceu com a insistência da aranha. Já ia saindo quando viu aproximar-se da teia outro mosquito. Parou pra ver e ouvir. A aranha aplicou a mesma conversa no visitante recém-chegado e este já estava fazendo as manobras necessárias para pousar na teia ante os olhos estarrecidos do primeiro mosquito que jazia paralisado de horror.
De repente ouviu-se um grito:
- Fogo!!!!!!!!
O mosquito desavisado tomou um susto e brecou na hora. Olhou para trás. Era o marimbondo:
- Cuidado meu filho! Aranha não come salada, come mosquito.


sábado, 26 de setembro de 2009

Aquele dia de chuva e de sorte



Caía um forte temporal no Rio de Janeiro. O Instituto de Matemática Pura e Aplicada começava a liberar os estudantes ao final de mais um dia de esforços. Mas voltar para casa como? A água estava na altura do joelho. Algumas mulheres conseguiram passar a noite em casa de colegas ali no Jardim Botânico mesmo. Dos que moravam longe, quatro doutorandos de Geometria Diferencial passaram num bar para abastecer e beber. Depois retornaram ao IMPA e já instalados em uma sala confortável se aplicaram na demonstração de uma equação que há tempos os desafiava. E ali ficaram até tarde, já era meia noite quando finalmente conseguiram o resultado desejado. Uma solução a quatro mãos nas palavras de um deles.

Creio que é isso que move o matemático: a excitação mental. Nas palavras de Sherlock Holmes: Minha mente rebela-se contra a estagnação. Dê-me problemas, dê-me trabalho, dê-me o criptograma mais obscuro ou a mais intrincada análise, e estarei em meu elemento Eu posso viver então sem estimulantes artificiais. Mas eu abomino a rotina monótona da existência. Eu anseio por excitação mental.


sábado, 19 de setembro de 2009

A Teia de Aranha II: Como tomar Decisões



O mosquito sobrevoava a teia da aranha com uma graça tamanha que fez ela parar pra ver. Aquelas asas brilhantes e um meio que sorriso safado no lábios, como só aqueles mosquitos que conhecem o seu potencial de seduzir aranhas tem fizeram-na arrepiar-se toda. No seu íntimo a aranha prometeu-se conquistar = papar, o mosquito todinho. Nâo deixaria nem uma perninha de fora.

O mosquito por sua vez procurava uma aranha séria, que tivesse uma proposta séria. Estava cansado daquelas aranhas fáceis e atiradas. Às vezes, até, desesperadas. Ficou por ali voando pra lá e pra cá pra lá e pra cá a ver o que sairia dessa aranha.

E parece que estava tendo sorte porque a aranha estava babando na teia e não demorou a declar-se apaixonada pelo mosquito. Emocionado desceu à teia tomou a aranha nos seus braços, beijou-a e os dois se amaram por nove semanas e meia.

O mosquito estava andando nas nuvens, ou melhor, nas teias. E a aranha estava também bastante satisfeita mas parecia um pouco enfarada, como se fosse só mais um amante-mosquito na sua vida. Enfim, o relacionamento vingou, e os dois casaram-se. Um marimbondo pediu a benção sobre a vida dos dois e eles partiram em lua-de-mel para uma teia cinco estrelas no Hawaii.

Passados alguns meses do início da vida a dois a aranha sentia um tédio horripilante. Seu instinto de aranha, quando via um mosquito sobrevoando a teia, fazia ferver o seu sangue. Suas patas ficavam todas moles e ela suspirava: - Ah, que saudades da minha vida de solteira.

Até que um dia a oportunidade escancarou-se à sua frente. Um lindo mosquitinho, bem jovem, com a metade da idade dela, fez uma rasante na teia. Subiu em seguida e desapareceu. A aranha sentada na varanda da teia esforçou a vista mas não conseguiu visualizá-lo mais.

No outro dia a mesma coisa: o mosquito jovenzinho pulsante de energia vital, os hormônios jorrando nas artérias, quase arrancou a sua cabeça num voo rasante sobre a teia. A aranha, que a princípio só o observava, ficou quedada de interesse pelo mosquito. A intuição do mosquito diz que para atrair é preciso fugir. E ele fugiu. De novo. Desapareceu na primeira esquina.

A paquera da aranha durou quatro meses. No primeiro dia do quinto mês o mosquito caiu na teia. E tornou-se amante da aranha. O mosquito gostava muito da aranha e a aranha dele. E o mosquito começou a pressionar a aranha para ela assumir a relação. Colocou a aranha na parede e ela pra se aliviar da pressão inventou uma mentira: - Mosquito jovem eu sou casada. Sabe, a nossa relação não anda muito bem, a gente anda dormindo em teias separadas, logo logo a gente vai se separar. Será que dá pra ter um pouco de paciência?

O mosquito que era muito vivido, e conhecia bem as aranhas, pegou as asas, colocou-as nas costas, penteou as antenas, e disse adeus à aranha. A aranha ao mesmo tempo triste e curiosa perguntou à ele por que motivo tomara aquela decisão. E o mosquito respondeu-lhe: - Estatística aranha. É por causa das estatísticas, que dizem que 95% das aranhas não deixam dos seus aranhos-mosquitos para ficarem com os seus mosquitos-amantes.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Teia de Aranha



Lá na nossa sala de estudos - sala B duzentos e alguma coisa - andei reparando hoje, tem uma teia de aranha bem no cantinho do teto. Embora as faxineiras passem umas três vezes por semana pra tirar o lixo e limpar o chão e o quadro, deixaram escapar uma teiazinha. Hoje, quando elas abriram a porta e mostraram aquela cara de tacho, como sempre todo mundo reuniu os seus pertences, levantou acampamento e saiu sem falar nada para a outra sala de estudos que fica do lado desta. No meio desse trantorno todo, perdi a vontade de estudar e tive um ataque de inspiração. Veja lá:

A aranha, assim que avistou o mosquito ficou paradinha, olhos arregalados, na espreita. Qualquer pontinha do pé que o mosquito colocasse na teia ela VUP, egolia-o na hora.

Mas o mosquito não fazia nenhum movimento na direção dela. Pelo contrário, ficava sobrevoando a teia em espiral como que observando-a. A aranha pensou: Quem sabe ele quer um dinheirinho. Bem, é conveniente esperar. Em último caso eu dou uns trocados pra ele. Se não precisar é lucro pra mim.
Era uma aranha pobrinha!

De vez em quando o aranho dela saía de um local secreto e trocava umas palavrinhas com ela como que dando umas dicas. Eram cúmplices os dois.

O mosquito levado pela curiosidade perguntou:
- É seu marido?
E a aranha zombeteira:
- Não é o marido da outra que eu peguei pra fazer caridade.
O mosquito insistiu:
- Ô aranha, fala sério.
- É o marido da outra que eu peguei emprestado uns minutinhos.
O mosquito desistiu.

O tempo foi passando e nada do mosquito pisar na teia. Desesperada a aranha passou a ofendê-lo:
- Seu mosquitinho de merda. Não é mosquito o bastante para pisar na minha teia. Mosquito interesseiro. Tá querendo grana, né? Tá achando que eu sou sócia do banco?

E o mosquito nem tchum. Não adiantou nada a pressão da aranha.

A aranha queria ao menos exclusividade:
- Mosquito traíra, fica namorando todas as teias da vizinhança.
E a aracnídea querendo traçar o mosquitinho e mais a torcida do grêmio toda.
Era uma aranha nojenta!

Por fim a aranha calou-se e passou a refletir. Aquela situação era por demais excepcional. Nunca dantes algo parecido havia lhe ocorrido. Um mosquito que espiralava sobre sua teia mas não caía nela. Nem com pressão. Tinha que intuir algo rapidamente.

- Ah! Já sei - concluiu a aranha. - É um mosquito crente, desses proselitistas. De certo é isso. O mosquito quer me converter. Quer que eu mude de vida, que eu páre de enganar mosquitos e me entregue pra Jesus. Só pode ser isso. Que outro motivo ele teria pra ficar na minha cola? Bem, talvez eu esteja me precipitando em tirar uma conclusão apressada. Vamos primeiro interrogá-lo. Porque a verdade é dialética.

A aranha fez sinal com uma das oito patas para o mosquito, e este aproximou-se dela.

- Ei mosquito. Qual é a tua hein? Se não vai chegar dá o fora. Tá me atrapalhando de comer outros mosquitos.

O mosquito estava na mesma:
- Pô aranha! Eu só queria saber qual era a tua. Tava te observando apenas.
E voou pra longe.

Logo que ele desapareceu o aranho entrou na teia e comentou:
- Mosquito esperto esse!


domingo, 6 de setembro de 2009

Notícias do Patropy




Curti demais esse segundo e-mail do Fagner, nosso colega de matemática, que partiu na última segunda-feira para Porto, cidade marítima de Portugal, onde ele "pretende" fazer o doutorado. Estou repassando para vocês:

Ola amigos , que saudade de vocês .

Vou contar um pouco de como estou , um pouco sobre a viagem e algumas coisas inúteis.

A viagem foi muito, boa fora as 10 horas na mesma posição e um cheiro meio desagradável de ... , foi ótima. Chegando a Madri, sim fiz conexão em São Paulo e em Madri, tentei exercitar meu portunhol, afinal convivi algum tempo com a Adri e o Ivan . Foi um desastre, os espanhóis falam muito rápido e são muito gentis também. Se tu não entende basta perguntar de novo e eles te mandam a .... Vendo que não iria conseguir me comunicar em espanhol, pedi que as pessoas que trabalhavam no aeroporto falassem em inglês, isso conseguiu ser pior ainda. Lembram aquele inglês que as aeromoças falam, pois acho que o deles é uma mistura de inglês com espanhol, resumo não entendi nada.

Já no avião conheci alguns portugueses, que me convidaram para praticar yoga no domingo em uma praça. Conheci também vários brasileiros e um americano hiperativo que tentava, a todo momento, cantar as aeromoças, mas não conseguiu. Quando já estava totalmente esgotado, pois fiquei cinco horas no aeroporto de Madri, cheguei ao Porto. O metro me deixou a um quilometro da casa, e eu querendo economizar fui a pé com as malas nas costas, que experiência (me lembro até agora do caminho, minhas costas não me deixam esquecer). Chegando a residência conheci a dona Angela Braga, senhora muito simpática, e que insistia em me chamar de doutori, e eu insisto até agora em corrigi-la. Como todos estavam me chamando de doutori resolvi pedir para que me chamassem de outra coisa, e para me lembrar do Brasil, pedi para que me chamassem de Patropy. Até deu certo, hoje pela manhã ela me chamou de doutori Patropyre.

O interessante aqui é que você sempre estaire a fazeire alguma coisa: estaire a ficaire preocupado, estaire a almoçaire, estaire a jataire. Mas apesarde usar muito o gerúndio, fiquem tranqüilos, eu já estou a me adaptaire, hahaha.

Hoje fui passear um pouco. Eu o meu amigo escocês Chris. Tem sido a minha companhia e também o meu principal esforço mental, tentar entender o que ele fala naquele inglês escocês cheio de sotaque. Acreditem ou não, hoje quando conversávamos achava que ele estava falando sobre bolsas feitas com couro de cachorro, mas só depois percebi que para ele big e bag tem a mesma pronuncia. Caminhamos muito e também conversamos muito, não com a boca, mas por mímica. O cara é muito gente fina e eu to sem a Pati (te amo muito) e Diegão (também te amo), talvez eu invista, hahaha.

Hoje aconteceu algo muito esquisito, mediei uma discussão entre o Chris e um português. Ele deu dois euros a mais e o portuga disse que não. O português ficou muito irado começou a gritar e jogar todas as moedas em cima do balcão. O Chris também ficou muito bravo e vermelho como um pimentão e falava alto também. Como o Chris não entende português eu tive de ficar traduzindo as ofensas do velho português. Como o português já era mais velho, não falava inglês (não que idade e o fato de a pessoa ser portuguesa impessa ela de prender português, mas dificulta, hahha ), então fiquei traduzindo as ofensas do meu amigo. No final convenci os dois a se acalmarem.

Para finalizar estou lhes enviando umas fotinhos de meus passeios de hoje, algumas delas tiradas por mim e outras pelo Chris. Certamente muito batidas por mim, pois meu cérebro estava, a todo momento, querendo entender o que o amigo falava. Gostaria muito de agradecer a todos pelas festinhas de despedida que me proporcionaram. Saibam que tenho lembrado delas quando estou sozinho e também quando não estou, pois tenho apresentado vocês a meus amigos aqui de Portugal. Gostaria de dizer que eu amo a todos e pedir que sempre torçam por mim ( mesmo eu sendo do time adversário, ouviram Rosane, Douglas e Nicolau hahahah) .
Nota minha: o Patropy é gremista.

Um beijo para todo mundo,

Saudades

Patropy


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Feliz Aniversário



Dia 20 de agosto fiz 29 aninhos. Sei que ninguém me dá essa idade, que tenho cara e espírito de mocinha, o que é até certo ponto bom.

E pra comemorar com os colegas fiz negrinhos e um bolo de pão-de-ló recheado com moranguinhos e coberto com chocolate e nozes. Coloquei tudo numa bolsa de viagem e me fui pra Porto Alegre. Ninguém nem desconfiou que eu levava uma festa na bolsa. Já na Ufrgs escondi o pacote na geladeira da nossa sala de estudos e fui pra aula. Ninguém sabia de nada. Quando deu uma da tarde, o povo retornando do almoço, chamei os colegas da outra sala de estudos e os que estavam no corredor. O Patropy disse que ia comprar refri. Quando ele voltou iniciamos a festinha. Eu me dei uma festa surpresa hahaha. Sem nenhum aviso prévio.

Como calculei mal o tamanho do bolo sobrou um pedaço grande. Indignada gritei: Poxa gente eu me esforcei para fazer tudo isso e vocês só comem um pedacinho cada um? Vão acabar com este bolo já se não eu vou dar uma rufa de pau em vocês!
Aí ficou todo mundo encolhido no canto e um primeiro estendeu o prato:
- Me dá mais um pedacinho.
O segundo:
- Eu quero mais uma fatia. Bem fininha.
Um por um foram pedindo o repeteco.

Brincadeira isso gente. É que tenho uns amigos gaúchos, bem baguais, e eles inventaram essa bobagem aí.

Mas, eu tô falando sério, eles gostaram mesmo do bolo. Ficaram só falando: - Ai foi ela que fez o bolo. Foi ela que fez o bolo. Ai foi tu que fez o bolo? Ai foi tu que fez o bolo?

O que que tem de mais em fazer um bolinho? Não é nenhuma arte de confeiteiro nem nada. Só tem que ter vontade. E pra mim é um prazer.

Ontem a Paty e mais dois colegas me surpreenderam com um presente de aníver e um cartão de felicidades assinado pela turma. Ganhei uma meia rosa e uma caneca rosa. Agradeci muito e gostei muito também.

Sobre os dizeres no cartão teve referências ao discurso de formatura e declarações de afeto e teve uma revelação: tenho um super-herói que me defende das moscas. Foi o que o Diego escreveu:
Lisany se algum dia uma mosca passar no teu caminho lembres que eu estou aqui pra te defender.
Não é confortante?


Divulgação




Pesquei essas palestras no mural da BSCSH - ô nominho esse!:

Questões sobre Ciência e Fé

Data: 01/09/2009
Horário: 12:30 - 13:30
Local: Auditório do ILEA (Prédio 43322)

Palestrantes não definidos, só diz que um é professor da Ufrgs e outro é doutor em físico - química pela Usp.

A entrada é franca.

I Seminário sobre estratégias substitutivas:
pensar o uso de animais no ensino


Local: Auditório da Faced

Esse também tem entrada franca.

Programação:

16 de setembro
Mesa I: Questões Jurídicas e Educacionais
Mesa II: O Ensino de Bioquímica e Fisiologia

17 de setembro
Mesa I: Ensino de Anatomia, Zoologia e Técnica Operatória
Mesa II: A ética e o uso de Animais no Ensino

A propósito, alguma vez aí fui assistir uma palestra sobre Ética Animal na Puc-RS apresentada por um doutorando, que recém chegado da Inglaterra, onde estivera fazendo parte dos seus estudos, acabara de lançar um livro sobre o tema em questão.

A platéia fervilhava de fãs do sujeito, duas biólogas eufóricas para arrastá-lo para as suas respectivas camas, falavam a todo tempo e militantes da causa dos animais questionavam-no sobre testes de produtos em animais. E a palestra nem havia começado ainda.

Na verdade fui lá só porque pensava que meus amigos também iriam. No fim eles não foram o que me permitiu aproveitar melhor o conteúdo. Não captei muita coisa pois era um amontoado sem fim de estatísticas apresentadas em Data Show.

O que eu curti mesmo foi uma história verídica que aconteceu na Inglaterra. A que ponto chegam os defensores de animais me fez rir.

O fato segundo o relato do "escritor garanhão" é que uma ONG indignada com a criação de chinchilas ou o que o valha - esses bichinhos de pele macia - mandava e-mails para os criadores com o intuito de interromper o processo lucrativo em cima das indefesas fofuras.

Pra resumir, no fim de X dias, sem ter qualquer resultado, os militantes partiram pra ação. Porque o verbo não resolve tudo. Desenterram os parentes dos criadores e enviaram uma mão para eles. Pra ser preciso parece que foi a avó do sujeito.

Fico imaginando que devia ser uma mão linda linda, magrinha, douradinha do sol, a mão perfeita. Quem não gostaria de ganhar uma mão assim? Se resolveu? Não sei.



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Marianne e a marijuana






Tirei outra velhinha do baú. Sacudi-a, chacoalhei-a, bati o pó, sem esbofeteá-la, é claro. Seguinte:

Marianne é a figura alegórica (uma mulher) que representa a República Francesa, sendo portanto uma personificação nacional.

Sob a aparência de uma mulher usando um barrete frígio, Marianne encarna a República Francesa e representa a permanência dos valores da república e dos cidadãos franceses: Liberté, Égalité, Fraternité (Liberdade, Igualdade e Fraternidade). Marianne é a representação simbólica da mãe pátria, simultaneamente enérgica, guerreira, pacífica e protectora e maternal.

O seu nome provém, provavelmente, da contracção de Marie e de Anne, dois nomes muito frequentes no século XVIII entre o população feminina do Reino de França.

Para os aristocratas contra-revolucionários, o nome tornou-se pejorativo porque figurava o povo, a plebe. Os revolucionários adoptaram-na para simbolizar a mudança de regime.

Bem, pra ver o que se passa na mente de um estudante de Matemática, a saber, Piragiba Júnior, o Pirinha ou o Pira (entre nós), filho do grande Pira pai, já falecido - foi-se uma mente notável. O Pira usa uma barba comprida. Só tinha dois barbudos no Vale, ele e um amigo dele. Por muito tempo achei que a barba do Pira fosse rebeldia. Um dia finalmente ele explicou. Era barba de judeu. Quando o pai dele faleceu levei uma plantinha pra ele cheia de pelinhos: barba de judeu.

Não sei da onde o Pira tirou isso, mas ele acredita piamente que tem sangue judeu. Pelo sobrenome de solteira da mãe ele concluiu que é judeu. Uma vez acompanhei-o ao Neju, isto é, ao Núcleo de Estudos Judaicos da Ufrgs, onde ele foi buscar um lenço grande e branco que mandou vir de Israel. Parece que é usado nas cerimônias do Muro das Lamentações.

Sobre essa coisa de ser ou não ser judeu, creio muitos de nós descendentes de imigrantes temos sangue judeu. Por causa do fenômeno dos cristãos novos onde os judeus foram forçados a tornarem-se cristãos ou por causa da guerra quando muitos tiveram de negar a raça para sobreviver perdeu-se a identidade.

Pessoalmente simpatizo com o judaísmo messiânico, que é o que mais se aproxima com o cristianismo. Na verdade os judeus itself não aceitam o messianismo como sendo um ramo do judaísmo.

Bem, voltando ao Pira. Estávamos na minha festa de aniversário há alguns anos atrás em um restaurante italiano e eu havia acabado de ganhar um dicionário em francês. Daí entramos no assunto da França e eu mencionei a Marianne como símbolo da república francesa. Pra quê! O Pira foi direto: Se a Marianne é o símbolo da França então a marijuana é o símbolo da Jamaica.
Foi muito engraçado. Todos riram muito.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

A República das Alfaces






Hoje terminam as férias. Que férias! Imaginam onde estive?

Voltei ontem da República das Alfaces. É. Neste país fantástico só tem homens e alfaces. De sorte que quando aterrisei por lá eles entraram em desespero. Eu era a primeira mulher que desembarcava naquele pequeno país desde a sua fundação.

A propósito até alguns anos atrás aquela região era repleta de mulheres. Mas segundo conta uma lenda local todas elas vieram a falecer pois as alfaces as envenenaram. E ninguém soube detectar a tempo que o mal delas era comer alface.

Então estava eu frente a frente com aqueles comedores de alface famintos de mulher. Pensei que maldita agência de turismo. Comprei um pacote para Porto Seguro e fui parar na República das Alfaces. É nisso que dá fazer trato por e-mail. Daqui pra frente não caio mais no conto do vigário. Só faço acordo se estiver tudo claríssimo.

Agora adivinhem o que eu fiz:
A)Atendi o desejo de todos eles em uma semana apenas
B)Lancei sorte e satisfiz o sorteado
C)Disparei a correr em direção ao avião
D)Mandei enfilar a rapaziada à moda universitária bêbada
E)Liguei para o 0900 da Sociedade Vegetariana
F)Como o estupro fosse inevitável relaxei e aproveitei
G)Liguei para um verdureiro especialista em alfaçólatras
H)Rezei para Nossa Senhora Cultivadora de Alface
I)Falei que estava com gripe A pra eles se afastarem
J)Esfreguei os olhos para ter certeza de que não estava sonhando
K)Liguei para o meu amigo sexólogo que me mandou fazer como ele me ensinou
L)Nenhuma das alternativas anteriores

Nem pensei em voltar à realidade sabe? Mas agora voltei. Foi só porque eu comi alface - 2 folhas crespas, amargas e enormes - hoje no almoço. Também comi uma cenoura média. Geralmente como as grandes. Hoje comi uma menorzinha. Era até mais saborosa que as grandes.

Vê o resultado de três semanas com o cérebro inativo? É nisso que dá.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os gnomos das cuecas e a UGOlogia




A propósito desse encontro de ufologistas semana passada lembrei-me de um texto pra lá de cômico que recebi por e-mail do ex-colega de física, Tiago Peczenyj, atualmente desenvolvedor do globo.com, quando ainda usávamos um sistema operacional pra lá de arcaico, algo como MS-DOS, no antigo Vax, sala L205 do Instituto de Física. Não tinha mais o texto comigo mas reencontrei-o no ceticismoaberto.com. É todo seu.

Esta é uma paródia
Alguma vez uma de suas cuecas sumiu misteriosamente? Sua namorada, esposa, empregada ou mãe nada sabiam deste desaparecimento? Ou você sentiu-se envergonhado de perguntar? Você não está sozinho. Você presenciou o fenômeno dos gnomos das cuecas.

Budd Weiser é uma das muitas testemunhas deste fenômeno. No dia 23 de fevereiro de 1974, ele procurou sua cueca de listras vermelhas. Não a encontrou, e foi tomado por uma sensação estranha. Esta é a sensação “cueca perdida”, ilustrada no best-seller americano “Missing Underpants” do doutor John Quack. A hipótese de roubo foi tomada como ridícula, e Weiser estava à beira de um colapso nervoso quando finalmente encontrou o terapeuta Quack. Ele custava a lembrar-se do ocorrido, até que como um último recurso Quack utilizou a hipnose.

Foi então que surgiu a bombástica revelação: foram os gnomos que roubaram suas cuecas. Budd Weiser lembrou-se de estar deitado quando se sentiu subitamente paralisado. Pequenos gnomos das cuecas atravessaram a parede em fila e calmamente abriram a gaveta do armário para roubar sua cueca. Um deles chegou inclusive a subir no peito de Weiser, que agoniado tentava gritar mas não conseguia – na verdade ele mal conseguia respirar. Depois os gnomos saíram, novamente em fila atravessando a parede, e ele recuperou seus movimentos.

Relatos semelhantes vêm surgindo de todo o mundo. As pessoas têm a intrigante sensação “cueca perdida” e só descobrem a verdade quando são hipnotizadas por terapeutas qualificados, capazes de desbloquear as memórias que os gnomos procuraram esconder. Tais terapeutas são estudiosos da ugologia, que estuda UGOs (do inglês Underwear Gnomes Observations, ou Observações de Gnomos das Cuecas).

Os gnomos das cuecas e a ugologia representam não só um mistério intrigante. É um assunto da mais alta relevância econômica e social. Estima-se que algo em torno de três a quatro cuecas somem por ano para cada usuário de cueca. E o fenômeno é mundial, atingindo mais de 1 bilhão de pessoas em todo mundo – é preciso levar em conta que em muitas culturas o uso da cueca não é de praxe. Mesmo assim, seriam mais de 4 bilhões de cuecas sumindo anualmente!

Jeovaerd, editor da revista UGO comenta: “Com 4 bilhões de cuecas sumindo anualmente, mesmo que apenas 0,1% fosse devido aos gnomos das cuecas, já teríamos 4 milhões de roubos por ano! A ugologia é um fato, e só não vê quem não quer”. Jeovaerd ainda alardeia que “os ugologistas não precisam provar nada a ninguém. Só precisam fazer seu trabalho e pronto!”, o que reflete a indignação dos ugologistas frente aos céticos e desmascaradores que parecem ter medo de enxergar a verdade.

E Jeovaerd está certo: existem diversas evidências e milhares de relatos por todo o mundo. Há o caso dos gnomos de Ubatuba em 1957, quando um dos gnomos deixou cair seu capuz. Alguns anos depois, pedaços deste capuz chegaram a jornalistas e descobriu-se que era de um tipo de nylon que não existia em 57. Infelizmente, estes pedaços foram perdidos com o tempo, desconfia-se que o governo tenha encoberto as provas. Diversas pegadas de gnomos também foram fotografadas, assim como fotos de gnomos existem aos montes.

Porém, qual o sentido disto tudo? Por que os gnomos roubam nossas cuecas?

Em “A Verdade Nua” (The Naked Truth) o audacioso Erlanger Von Diether revela os planos secretos dos gnomos das cuecas. Eles pretendem obrigar todos os homens do mundo a usar cuecas apertadas e assim torná-los gradualmente estéreis até a extinção da raça humana. O roubo de cuecas é feito para obrigar a compra de cuecas novas e cada vez mais apertadas.

Estudos científicos demonstram que o homem moderno tem um número cada vez menor de espermatozóides por mililitro de esperma. Diether demonstra que a razão é clara: poucos sabem, mas o motivo pelo qual os homens têm o saco pendurado é porque a produção de espermatozóides requer uma temperatura de 1 a 2 graus menor que a do resto do corpo, e isso é alcançado deixando o saco a certa distância. As cuecas deixam o saco muito perto do corpo e impedem esta refrigeração, de forma que o uso continuado de cuecas prejudica cada vez mais a produção de sêmen. “As cuecas são o instrumento do Apocalipse!” defende Diether.

O livro de Diether vai mais além. Revela as ligações entre os gnomos das cuecas e as empresas multinacionais de roupa íntima. A tecnologia para produção de cuecas apertadas não existia até o século XIX. Existiam apenas cuecas samba-canção. Foi só depois do advento dos gnomos das cuecas é que surgiram as cuecas apertadas. Fica assim claro que a tecnologia de cuecas apertadas foi imposta pelos gnomos e adotada por empresas como a Zorba para acabar com a humanidade.

Porém, outros ugologistas discordam da hipótese de Diether e duvidam da malevolência dos pequenos gnomos, citando casos em que os gnomos transmitiram mensagens benéficas e importantes, como “Usem sempre camisinha”, “Visite seu urologista”, “Faça o exame de próstata” ou “Troquem de cueca diariamente”. Tais ugologistas entretanto apontam para a existência de uma conspiração governamental com os gnomos, a única explicação para a falta de provas e dificuldades encontradas.

A divulgação da existência de gnomos das cuecas em nosso planeta causaria pânico em toda população, e o sigilo e encobrimento procuram preservar o status quo. O governo teria firmado um acordo com os gnomos, e em troca de permitir o roubo de cuecas, receberia tecnologia para roupa íntima e assuntos relacionados. Os implantes de silicone, que só surgiram nos anos 70, e o biquíni, surgido nos anos 50, seriam apenas algumas das tecnologias recebidas dos gnomos.

Afinal, quais seriam as reais intenções dos gnomos? Por que o governo encobre este fenômeno? O grande mistério dos gnomos das cuecas continua intrigando.

- - -

Livros recomendados:

- Cuecas Perdidas, tradução de ‘Missing Underpants’;
- Gnomos das Cuecas: investigando os gnomos com e sem hipnose;
- A Verdade Nua, tradução de ‘The Naked Truth’;



sábado, 1 de agosto de 2009

Observação





Tem gente achando que só porque eu elogiei o Paulo Mors eu estou interessada nele. Acho isto incrível. Não é de agora. Sempre que eu faço alguma apologia a alguma qualidade de um professor já fica todo mundo com malícia. Poxa queria explicar isso de uma vez por todas.

Seguinte: Se eu disser que um professor é inteligente, ensina bem, tem formação excelente, etc isto não significa nada pra mim. Agora se eu dissesse que professor tal é um gato, bonito, gostoso, cheiroso, etc daí poderia haver algo a mais nessa afirmação, não obrigatoriamente, é claro.

Tive um professor, que parava a aula pra dizer umas coisas totalmente fora do conteúdo. Por exemplo: certa aula do nada ele falou que na Alemanha, onde ele fez doutorado, as mulheres quando querem convidar um homem para ir pra cama convidam-no para "ver a minha coleção de selos".

E o colega, amante da física e do violoncelo, disparou um: Era bonita a coleção? O professor não respondeu nada.

Bah, estou de férias, nem sei até que dia, com essa alteração do calendário letivo por causa da gripe; só por isso vou escrever pouco. Meu cérebro merece um descanso. Aliás é o que as pessoas vivem me dizendo: Lisany, não estuda demais; ou, descansa um pouco a cabeça; ou, tu não cansa de estudar? Aí eu digo, quando me irrito: Por que? Tu vai me sustentar? Não né.

As pessoas se enganam. Eu estudo pouco. Os melhores alunos da Ufrgs estudam no mínimo 12 horas por dia em semana de provas. A vida é feita de esforço gente!


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Preconceito astronômico



Agora que estou de férias quero aproveitar para tirar algumas velhinhas do baú. Por incrível que pareça tenho um baú em casa cheio de velhinhas guardadas. Velhinhas com dente, velhinhas sem dente, velhinhas saudáveis, velhinhas doentes, velhinhas felizes e velhinhas cansadas da vida como aquelas que suspiram: Ai eu queria tanto que Jesus me levasse hoje.

O mais interessante porém é que as velhinhas ficam quietas dentro do baú e nem sequer saem para ir ao banheiro ou comer. Elas dormem quase o dia todo e vez por outra se levantam à noite para ver as estrelas. São da noite as velhinhas.

Falando em estrelas outro dia estávamos estudando em uma sala de aulas, um grupo de colegas e eu. Como eu já tinha estudado quase tudo minha atenção se desviou do caderno para a janela. E quando mirei lá longe vi três professores no terraço do Instituto de Física junto a um objeto novo nunca dantes visto por mim, que parecia um telescópio. Saí da sala imediatamente e fui lá ver. Mas quando cheguei eles já estavam descendo as escadas e em seguida a grade de ferro foi cerrada atrás deles. Fiquei chupando o dedo.

Bem, no entanto fiquei sabendo que o tal telescópio vai ser inaugurado este ano em homenagem aos 50 Anos do IF e em comemoração ao Ano Internacional da Astronomia. Aliás o Observatório Astronômico da Ufrgs, também é um bom lugar para ver estrelas todas as terças e quintas à noite por volta das 19:30.

Agora vou tirar a velhinha do baú. Elas não fazem muito esforço pra ficar lá dentro, até gostam da vida aqui no blogger. Recebem muitas visitas e tomam o chazinho das cinco com biscotinho. É uma velhinha sobre astronomia. Um professor da física, costumava brincar que astrônomo só sabe ficar fazendo tabelinha. Tem tabelinha pra distâncias em anos-luz. Tem tabelinha pra intensidade da luz. Tem tabelinha pra classificação da grandeza. Por exemplo o Sol é uma estrela de tamanho médio. E por aí vai. Eu acho que ele falou isso só pra provocar a Bárbara que fazia Iniciação Científica no Laboratório de Astronomia.

Grande Paulo Mors, que figura!

Aula de visualização pra cego ver





A partir de hoje fica decretado que professor não precisa mais de diploma pra dar aula. Até porque os professores andam tão ordinários que os alunos estão resolvendo a coisa no olho - roxo. Bem, isso é o andam dizendo por aí. Se é verdade ou não ninguém de nós professores sabe. Mas que eles conseguiram queimar o nosso filme isso é certo. Pra ver como a 3ª lei de Newton funciona na prática e não só no laboratório com todas aquelas aproximações dos físicos que os matemáticos tanto odeiam.

O que diz essa lei afinal? E quem é esse tal de Newton? Era um legista porventura? Pra quem não sabe a 3ª lei de Newton é a lei do ringue, ou seja, bateu apanhou apanhou bateu caiu na lona e foi arremessado do outro lado do ringue. É física pura.

Resumindo, Isaac Newton nascido em Woolsthorpe, foi físico e matemático, que descreveu as leis que explicam vários comportamentos relativos aos movimentos dos corpos. Newton é o autor de Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, obra na qual ele descreve a Lei da Gravitação Universal e as leis dos movimentos – Leis de Newton.

A Terceira Lei de Newton também denominada de princípio da ação e reação, ela pode ser enunciada da seguinte forma: Se um corpo A aplicar uma força sobre um corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e de sentido contrário.

Ufrgs Revisitada também é divulgação científica, ora pois.

Então, como dizem os paulistas no início de cada frase, nós professores, na ativa ou futuros, aposentados escaparam dessa piada, não precisaremos mais de diploma doravante. Queimem os seus canudos!

Agora analisemos as consequências desta medida sensacional. Embora o professor seja um tipo de profissional que dificilmente consegue exercer o ofício de charlatão ou vigarista dados os conhecimentos específicos que dele se exigem, uma vez que ele não precisa mais apresentar diploma fica livre pra ensinar o que quiser.

Portanto daqui pra frente dar aula de visualização pra cego ver é permitido por lei.


sábado, 11 de julho de 2009

A versão do aluno







Inspirado no quartinho da malícia versão professor, vai sair em breve o edital versão aluno. Só que como toda bolsa estudantil só ganha quem tiver nota boa.
Quem tiver nota ruim, a melhor alternativa é a abordagem pessoal. E se não der certo o ciclo continua: perde a atenção na prova, ganha nota vermelha e perde o benefício.
Já ouvi algumas histórias verídicas a respeito. Uma quem contava era o Corlaqueado mais famoso de Porto Alegre. Que eu me lembre foi uma caso de perturbação geral na turma por causa de uma certa mestra que se for quem eu estou pensando dá a impressão de estar mesmo à disposição. Só não fiquei sabendo o final da história.



sábado, 27 de junho de 2009

Com malícia







Saiu o edital informativo do mais recente benefício que a universidade estará dando aos professores: O Escritório de Concentração. Não vou detalhar toda a cena porque isto aqui não é Iracema de José de Alencar. Apenas alguns instantâneos na meia-luz. Diz o edital:

Conforme o artigo tal tal tal da lei tal tal tal fica estabelecido que os professores com dedicação exclusiva - 40 horas semanais - adjunto ou titular, assistente e substituto não - se vira nos trinta - terão direito à 15 minutos de concentração antes de cada aula - quem dá duas aulas seguidas tem direito a 2x15 = 30 minutos porque não dá tempo no intervalo.

O Ecce: Escritório de Concentração ficará localizado num canto discreto do campus, atrás de alguns pés de bananeira, quem sabe. O local exato só será informado aos beneficiários ou beneficiados, sei lá como se diz isso. O objetivo do Ecce é imunizar os professores contra perdas de consciência e intervalos no raciocínio bem como bloqueio total do pensamento devido a fatores externos. Por exemplo: peitudas, coxudas, poposudas; mini-saias, decotes, saias-justas; cruzadas de pernas, olhares 43, 71 pré ou pós prova difícil, etc etc etc.

Um estudo da Universidade da Califórnia Berkley aponta para um rendimento 50 % superior em sala de aula dos professores que se submetem à concentração - deve ser uma tortura, hein?

Outro ponto importantíssimo do edital é que ele não inclui as professoras no benefício porque segundo afirma uma estatística da Universidade de Boston - existe esta instituição mesmo? - as mulheres não sofrem deste tipo de falta de concentração. Até porque elas são muito bem assediadas.

Sei não, depois que o meu rei Davi me avistou com aqueles olhos verdes pela janela do banheiro e me pegou com aqueles braços de guerreiro não consigo mais me concentrar por um minuto sequer em nada.

Está em tramite um benefício para a classe feminina que conceda a elas o direito a 15 minutos de concentração com um conselheiro amoroso. Isto sim perturba a cabeça das mulheres: o amor.

Então conforme prometido darei uma palhinha do que será incluído no benefício. Conforme o Diário Oficial da União o Ecce disponibilizará de massagistas profissionais com formação em tui-ná na capital da China: Beijing e shiatsu na capital do Japão: Tóquio. É só isso e nada mais.


Zadig ou o Destino



Estava eu em baixo do chuveiro e cantarolava uma clássica dos Beatles:
Yesterday, love is just an easy game to play lalalalalalalalala oh I believe in yesterday Why she had to go I don't know lalalala ... - ah não fique rindo os vizinhos gostam (pelo menos não reclamam) - e pensava na minha sina: ter muitos amigos homens e pouquissimas amigas mulheres. Desde o colégio, sempre foi assim. Depois a situação se tornou mais séria quando decidi fazer uma faculdade que só tem no máximo uns 30 por cento de alunas.
Bem, tenho um amigo da facul, que me explicou a minha situação nos seguintes termos:
- É que elas não tem o que tu quer.
E eu fiquei pensando: O que eu quero que as mulheres não tem? O que eu quero que só os homens tem? Oh dúvida cruel. Perguntei a ele:
- Não sei - foi a resposta.
Está bem vou me resignar. Vou anotar essa dúvida no meu caderninho de apontamentos pra posterior pesquisa.
O ponto ao qual eu queria chegar é o següinte: nestas circunstâncias fica difícil driblar o ciúme dos outros amigos com relação a um outro que eu dê mais atenção. Namorado ciumento então é um desafio. As pessoas tem dificuldade de separar as coisas. Eu também tenho ciuminho dos meus amigos, algo um tanto normal creio eu. Mas é só um ciuminho inofensivo e nada mais.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Teorema Fundamental do Cálculo




Outro dia eu perguntava ao Patropy - é o apelido do Fagner por causa do cabelo encaracolado dele - qual o teorema mais importante para a prova. Afinal ele era o cara que estava sabendo mais que todos nós. É o cara que resolvia os exercícios mais difíceis.

Aprendi isso na prova de seleção para mestrado. Isso de se ligar no que vai ser cobrado só baseado nas experiências de semestres anteriores. Acho até que aprendi demasiado tarde porque em cálculo e álgebra linear muito se estuda pelas provas dos semestres anteriores e pouco pelo livro. Foi assim que passei em álgebra linear com A facinho sem nem abrir o livro.

Mas embora houvesse usado este método antes e comprovado a sua eficácia e embora as provas para a seleção dos semestres anteriores estivessem disponíveis na web eu sempre acreditei mais no poder do estudo disciplinado, diário e metódico.

Nesse meio tempo, nesses quatro meses em que estive estudando para a tal prova, o Alberto, que já foi professor substituto de cálculo e que portanto conhece muito bem o Teorema Fundamental do Cálculo, me falou o seguinte:
- Prova do mestrado tu só vai lá aplica o Teorema Fundamental do Cálculo e deu. Eu nem dei muita bola. Ele sempre está brincando. Nessas condições não dava pra levar o dito a sério. No entanto não me esqueci daquilo.

No dia da prova eu estava bem ansiosa, nervosa e tudo mais. Eram cinco questões dissertativas. O professor entrou na sala dizendo: - Bem isso aqui é uma prova pra ingresso na matemática então é óbvio que a prova é de matemática. E quanto às perguntas não adianta responder sim ou não. O que conta é a justificativa.

Começamos a prova às 9. E nos foram dadas 3 horas pra terminá-la. Com muito esforço fiz as 4 primeiras questões, às vezes achando que não ia conseguir, trocando de questão e depois retornando novamente atrás até fazer tudo. Faltava pouco mais de meia hora pra terminar quando iniciei a última. A primeira coisa que pensei foi: Que teorema eu uso, que teorema eu uso, que teorema eu uso? Daí me lembrei do Alberto e claro, do Teorema Fundamental do Cálculo.


terça-feira, 9 de junho de 2009

A Primeira Cola



Essa eu tenho que contar. Eu que nunca havia colado, que só havia sido fonte de cola - por trás, pela frente, pelo lado direito, pelo lado esquerdo, só não por cima porque não dava - ao me deparar com aquela montoeira de fórmulas de Probabilidade I não tive dúvidas. Pra falar a verdade tive dúvidas, mas acabei me decidindo pelo sim. Era o 3º semestre.

Enchi três páginas de fórmulas, levei no xerox, reduzi e coloquei tudo numa folha só. Feito isto dobrei o papel em várias partes e coloquei-o no bolso da jaqueta. Pensei: Pronto. Estou feita. Na hora H tiro a folha do bolso, desdobro e escondo em baixo da prova.

Que feio, né? Não tem nem vergonha de contar isso. Onde já se viu dando mau exemplo.

Enfim, chegou o dia H e a hora H. Levantei cedo - a prova começava às 8:30 - e respirei fundo. - É hoje - pensei comigo. Pela primeira vez na vida vou ser desonesta. Me dirigi à sala sem muita pressa. Ficava no prédio F, também chamado de 43123. A cola me fazia tranquila. Entrei e olhei para o quadro. As fórmulas estavam todas escritas no quadro.

Tudo bem. Mas não seria a última oportunidade. Foi no penúltimo semestre. Geometria Diferencial. Três cabeças na turma. Só as cabeças. O corpo ficava em casa dormindo. E aquela questão miserável na prova. Aquela que estava toda resolvida no livro, que eu havia lido, estudado e entendido mas não me lembrava. Aquela questão que faria a diferença entre ser aprovada ou reprovada.

Dessa vez não tive dúvidas mesmo. Pedi ao professor para ir ao banheiro, passei na biblioteca, revisei a questão e voltei pra sala em menos de 10 minutos. E passei! Aliás, fui a única da turma que passou. Graças à pesquisa extraordinária no meio da prova.


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Voltei



Parece que o meio do semestre é o ponto que mais nos mantém ocupados. E isso é muito bom! Nossa! Como tu é CDF! Eu CDF?
Quem não cola não sai da escola e quem não é CDF bolsa não merece. Tem muita gente que ganha bolsa de pós-graduação e depois perde pra outro que estuda mais. Que é CDF.
E mais. Quem estuda tem desafio e portanto não tem tédio. Há muitas vantagens. Tente vê-las.
Bom, mas não é disso que eu queria falar. Foi só um parêntesis. Queria falar sobre os gostos dos colegas.
O que andam lendo? Le Petit Prince - Saint Exupéry, O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini, O Marido do Dr. Pompeu - Luís Fernando Veríssimo, A Semente da Vitória - Nuno Cobra, o pessoal é bastante eclético.
Outro dia eu folheava O Jogo de Damas - David Coimbra - na Livraria da Ufrgs, não a Zouk, a outra que eu não sei o nome, acho que é Livraria Internacional. Pois é, e enquanto folheava parei numa página na qual havia um desenho de uma mulher numa posição suspeita e me detive alguns segundos lendo o texto. Na sequência o vendedor aproximou-se de mim com um ar sacana e algumas palavras também sacanas. Não sei se foi a figura da mulher ou se ele já tinha lido o livro antes. Mas que foi o livro foi. Oras, ninguém me ataca no meio da livraria.
E o que jogam? Xadrez e futebol. Alguns vão à academia também como eu. A academia tem paradoxos interessantes. Primeiro você se esforça pra ficar lá dentro uma hora completa. Depois de um tempo você tem que cuidar o relógio pra não ficar mais do que duas horas. Primeiro você tem que diminuir a parte da frente - barriga - depois você tem que aumentar a de trás - bunda. E o mais fantástico de tudo: primeiro você tem que perder peso - gordura - e depois você tem que ganhar peso - músculo. É uma loucura!
E o que andam ouvindo? Gabriel Pensador é um bom exemplo.

- Alô! Alô! Que que vai cair na prova de amanhã?
Quadrado da hipotenusa, tabela periódica...

Faltava uma hora pra prova e o colega cantarolando...

- Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma caisa que preste
O que é corrupção?
Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!!

Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama
(Ah, deixa eu dormir)

2345Meia78!
Letra "A", vâmo começar: Alô, por favor, Ana Maria está?
(Ela saiu com o namorado. Quer deixar recado?)
Não, obrigado, deixa pra lá.

Letra "B", vou ligar pra essa Bianca
Tem cara de carranca mas dá pra dar o bote
Desligou na minha cara, que tristeza
Chamei ela de princesa e ela pensou que fosse trote

Que se dane! É até melhor assim
Eu vou ligar pra Dani que ela é gamadinha em mim
"Oi, Danizinha, lembra do animal?!"
(Não conheço ninguém com esse nome. Tchau!)

Deve tá com amnésia, vou pra letra "E":
2-Bola-gato-69-bola-sete
É a bola da vez da: Elizabete
Dizem as más línguas que ela é boa de (Alô!)
"Alô, a Beth está?
(Tá, mas não pode falar. Ela tá de boca cheia e eu tô comendo, rapá)

Que azar, liguei na hora errada
A hora da refeição é uma hora sagrada
Meu caderninho de telefone parece um cardápio
E faz um tempo que eu não como nada

- Tu sabe que quando eu ouvia essa música eu achava que a guria estava comendo de verdade?
- Bah tu vai se dar bem na prova, tem boa memória.
- A gente ouvia isso o dia inteiro.
Eu havia acabado mencionar que ia ser necessário muita memória pra aquela prova dada a quantidade de definições e de teoremas a serem lembrados. Nessa hora sempre me lembro do professor de análise I. Uma semana antes da prova ele alertava: Pessoal! As definições tem que estar correndo nas veias.
Até o Cálculo II ainda tem quem faça cola. Quem passa na peneira do Cálculo está pronto pra enfrentar o "se virômetro" da Ufrgs sem cola.


Tour pela Matemática



Estou repassando esta mensagem sobre uma atualização na data da palestra do Prof. Alveri.

Olá alunos e professores de Matemática,

Venho lhes comunicar a mudança da data da palestra do Prof. Alveri, que foi transferida para o próximo dia 10 de junho, às 17h00 no auditório F. Neste próximo Tour pela Matemática O Prof. Alveri Alves Sant’ana irá fechar esse semestre de Tour com a apresentação de uma região muito frequentada da matemática: álgebra linear. E, com esse conhecimento, o nosso guia "tourístico" desvendará parcialmente o mistério do funcionamento da organização do site do Google. Assim, a chamada para a partida do Tour será "Autovalores, o método das potências e o funcionamento do Google". Se vocês se interessaram pelo assunto, esse Tour ocorrerá na próxima quarta-feira (10/06) às 17h no Anfiteatro F.



terça-feira, 26 de maio de 2009

Aniversário do Instituto




Esta semana, mais precisamente na quinta e sexta-feira estamos de aniversário. Vamos apagar velhinhas pelos 50 anos do Instituto de Matemática.
Quinta-feira até fomos liberados da aula para assistir uma palestra que trata do assunto que vamos estudar de agora até o final do semestre.
Mas a palestra que mais me chamou a atenção e que com certeza eu vou assistir é: Como tomar decisões. Será quinta-feira às 15 horas. Não sei bem qual será o local ainda. Vou perguntar depois eu aviso.


Conferência




As primeiras conclusões sobre o Projeto Antartica já estão saindo. O prof. Jefferson estará apresentando em uma conferência.

Título: A Criosfera e as Mudanças do Clima
Palestrante: Prof. Jefferson Cardia Simões
Local: Sala II Salão de Atos - Campus Central
Dia: 03 de junho
Hora: 18:30

Ainda hoje eu folheava uma revista com manchete de capa: o fim da era dos combustíveis fósseis. Acho que isso diz alguma coisa.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Panfletagem




Andei coletando alguns panfletos pela Ufrgs de campanhas que apóiam e/ou defendem causas não muito bem vistas. Por exemplo: a Ufrgs apóia - na pessoa dos discentes em maioria, alguns servidores também - a liberação da canabis. Aqui já a temos por legalizada. Só falta formalizar a questão num ato público, solene, fumacento, blá blá blá.

Creio que escrevi a respeito já. Tudo se resume numa frase que alguém escreveu num banheiro da universidade: SE PUTA FOSSE BALA E MACONHEIRO FOSSE FUZIL A UFRGS ESTAVA PRONTA PRA DEFENDER O BRASIL. Por certo quem escreveu esta barbaridade pertence ao subconjunto de maconheiros e putas desta nobre e respeitada instituição.

Só queria chamar atenção pra um fato: O problema é que não se consegue fazer drogas à prova de idiotas. Por idiotas leia-se ignorantes em saúde. Sei, também tenho minhas ignorâncias. É inevitável. Ninguém sabe tudo. Nem os médicos. Eles só sabem o que aprendem nos livros. Aliás, como gostam de psicotrópicos, estas droguinhas inofensivas.

Não querendo defender o uso de drogas, mas querendo chamar atenção para a importância do equilíbrio, faço questão de lembrar que existem muitos alunos destacados desta universidade que já fizeram uso das piores substâncias possíveis de serem consumidas por um humano. Uso apenas, entende? Sem vícios. É porque não são idiotas.

Falando nisso agora me lembrei de uma camiseta da farmácia que diz: Se você não faz droga nenhuma eu faço. As gurias da farmácia andam sempre em bandos, é fácil reconhecê-las.

Vale a pena lembrar, pra que está em busca de fortes emoções, que os narcóticos não são o único meio de alcançar este objetivo, um meio bastante maquiavélico diga-se de passagem. Por que não tentar os esportes radicais ou menos perigoso um pouco os esportes de aventura. Uma boa tirolesa já alegra um dia inteiro. Rafting noturno também é legal. Pode ser um exercício intenso como a corrida. Já ouviu falar no "barato do corredor"? É um prazer alucinado que o corredor experimenta depois da algum tempo correndo.

Mas o que pode te proporcionar um bem-estar permanente de verdade é a terapia ortomolecular. Discutia sobre este assunto anos atrás com uma nutróloga. Disse a ela o que eu havia concluído após ler uns artigos relacionados: que a felicidade é um processo bioquímico. E ela não discordou. Claro que esta afirmação não é uma verdade absoluta. É uma verdade apenas deste ponto de vista.


Obs




Quero deixar claro que quase tudo que eu escrevo aqui é verdade. Alguma coisinha é ficção ou fantasia.

Sou muito de inventar histórias para testar/ver a reação das pessoas. É uma forma de estudá-las. Tem gente que arregala um olhão desse tamanho Ó.

Há quem diga que eu vou acabar desenvolvendo o trasntorno de múltiplas personalidades. Ah tá. Pode crer.

Sei que às vezes eu me contradigo. São elas discordando: as personalidades múltiplas. hehehe

O problema todo é que as pessoas sempre acreditam no que eu digo.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

O amigo sexólogo




Ontem enquanto eu tomava banho olhei pela janela para ver se o meu rei Davi estaria lá me cobiçando, me desejando e dei de cara com o vizinho. Decepcionada fechei a janela, voltei a me ensaboar e pensei na prova da próxima quinta-feira.

Semana de prova é uma correria, mal dá tempo pra pensar em homem. Logo eu que sou viciada em homem. Algum tempo atrás consultei uma sexóloga para tirar umas dúvidas. Do nada ela me vem com esta: - Me conta por que tu não gosta de homem.

Não me lembro o que eu respondi na hora. Deve ter sido algo do tipo: - Não doutora a senhora não está entendendo. É o contrário. O meu problema é que eu gosto dimaaais de homem.

Fico pensando que Bate-Seba também tinha um fraco por homem. Afinal ela não negou fogo ao rei Davi. E isso que ela era casada com um guerreiro, o tipo masculino que mais frequenta os romances de banca.

Você pode dizer, é que ela era interesseira e como o rei era rico aproveitou a oportunidade. Conheço mulheres que trocariam toda fortuna do marido por um centímetro a mais de prazer.

No fim quem levou a fama foi Davi. Bate-seba saiu da história sem qualquer arranhão, com um bebê nos braços e virou heroína.

Viu? Pra quê sexóloga? É só ler a Bíblia.

Isso me faz lembrar o meu amigo sexólogo. Achei ele no meio da Ufrgs rateando e acabamos virando amigos. Fomos ao cinema juntos e trocamos experiências juntas.

Não sei bem qual era a intenção dele, só sei que ele decidiu virar meu sexólogo. Marcou pra toda terça no Centro de Vivência. Aí levava uma revista da Abriu Cultural chamada Vida Íntima, que fala sobre sexualidade. Era tipo um folhetim, hoje não existe mais essa revista. Um outro periódico, acho que da mesma editora, era a Enciclopédia do Amor e do Sexo.

Enquanto folheava a revista, me explicava algumas coisas e eu ficava me sentindo uma pré-adolescente. Mas eu também ensinava algumas coisas pra ele que incrivelmente ele não sabia. Ele achava que a Marta Sulplicy é um tipo sapatão porque ela afirma nos livros dela sobre educação sexual que existe apenas um tipo de orgasmo. E eu não tive muita dificuldade pra fazê-lo entender que a Marta está certa.

Imagina, um cara com anos de experiência sexual, que já introduziu mulheres às artes do pompoarismo e do sexo tântrico, que conhece a técnica do X - ele tentou me explicar essa técnica, mas eu não quis aprender - e mal conhece a fisiologia feminina.

Ah, foi ele que me contou a história que deu a inspiração ao conto Teoria do Espirro. Ele dizia que a tal mulher trabalhava no andar superior ao dele e que ela espirrava muito alto. Era uma mulher espalhafatosa, escandalosamente descontraída. E ele apostou com o colega de trabalho que a mulher era uma taradinha e tinha uma carrada de filhos. Ganhou a aposta.

Vê que pra certas descobertas a investigação é totalmente desnecessária. Basta o olho clínico. Ou o ouvido clínico. Um exemplo: certo amigo folheava uma revista de fofoca e veio a deparar-se com a foto da Luma de Oliveira. Comentou do alto da sua sabedoria de playboy: - Essa mulher tem cara de quem já deu pra a cidade de São Paulo inteira. Agora me diz: a Luma tem mesmo uma cara de faceira, não tem?


terça-feira, 12 de maio de 2009

Sem consolo




Me convidaram para ir ao cinema hoje às 9, e eu disse que não ia poder porque tinha prova à 1.
Ahn?
Quem falou isso foi o colega no final da prova quinta passada. Ele estava brincando porque já era quase seis horas e a gente ainda estava fazendo prova.
Enfim, terminamos a prova às seis, quer dizer, o professor encerrou a prova às seis.
Hoje recebemos as provas. Ficamos na média: 6,0.


Tour pela matemática




Você quer saber o que se estuda no Instituto de Matemática?
Venha assistir a palestras introdutórias dadas por professores do IM-UFRGS.
Quartas-feiras às 17 horas no Anfiteatro do prédio F, ou seja, do prédio 43123.

20/05 - O Grupo da Cúbica - Luís Gustavo Doninelli Mendes
Obs.: É um cara muito estudioso, inteligente, pediu demissão três vezes da Ufrgs pra fazer curso na França, e três vezes passou no concurso pra professor da Ufrgs.

03/06 - Autovalores, o método das potências e o funcionamento do Google - Alveri Alves Santana
Obs.: É meu professor de álgebra pela segunda vez. Ele vive falando que "isso aqui é uma ferramenta poderosa". Talvez essa seja mais uma.

As palestras são organizadas por alunos de graduação e a participação é gratuita.


Correção




Recebi uma correção do post anterior. Acho que eu estava pensando numa situação e escrevi sobre outra situação diferente. Pra provar que eu estou sempre viajando.
Confere aí:
Andei lendo teu blog. Dá uma olhada no quarto parágrafo do post provinha, acho que tem algo errado com o teu raciocínio ali. Se o outro onibus vem na mesma direção e sentido contrário, tu pode pensar que o teu anda pra frente de encontro ao outro onibus. Se o outro onibus vem na mesma direção e no mesmo sentido então o teu vai parecer que tá andando de ré. Concorda? Desculpa a chatice, mas li e não achei certo.

Graças ao Daniel me safei dessa viagem.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Provinha



Amanhã tem provinha. É a primeira do semestre. Estou curiosa pra saber como é uma prova de mestrado. Será que é mais difícil? Mais demorado não deve ser. O professor disse que vai começar meia hora antes. Mas a intenção não é fazer uma prova mais trabalhosa e sim mais tranquila, foi o que ele disse.

Como em outros semestres juntaram as turmas de graduação e pós numa só, nessa disciplina, e em algumas outras. Então a prova fica a mesma pra todos - a princípio - só muda a correção que pra a pós é mais exigente. Às vezes tem umas questões específicas também.

É engraçado este negócio de voltar a estudar com a graduação. Tu vais avançando no curso e deixando os colegas pra trás, especialmente aqueles que trabalham e não muito tempo pra estudar. Daí tu entras pra o mestrado e voltas a estudar com eles. Dá a impressão que tu estás andando pra trás.

É de fato, um movimento relativo, mais ou menos como quando tu estás num ônibus parado e passa outro pelo teu na direção contrária. Se tu estiveres viajando - na maionese - no momento, tu podes até pensar que o outro ônibus está parado e o teu está andando pra trás. Que loko!

Só que ônibus não anda pra trás. No máximo pra dar ré. Daí tu te ligas que é o teu que está parado. Sutil essa viagem. E se tu tiveres mesmo a mente fértil podes passar a viagem inteira viajando. É isso que eu faço durante as aulas viajantes: Viajo o tempo todo.

Quase o tempo todo. Eu até consigo prestar atenção no primeiros 45 minutos. Depois a concentração descamba e eu fico pensando mil e uma coisas, inclusive o que vou escrever no blog. Eu estou pra descobrir se eu estou com um problema de falta de concentração, se a aula é um porre ou se eu sou uma viagem em pessoa.
Depois que eu descobrir eu conto no blog.


quinta-feira, 30 de abril de 2009

A verdadeira corlaqueada




Sobre aquele post Corlaqueando recebi um e-mail do corlaqueado semana passada. Vale a pena:


Oi, li o seu blog.

Nesse ano comemoram-se nove anos desde a primeira corlaqueada
faiscante a esse que vos relata.

Faz um tempão que te contei essa, não admira que não lembres do
contexto: estava acompanhado e quando fulana se distraiu e foi beber
café me deixando só, chega a "corlaqueira" toda saidinha e com
peitões duas vezes maiores e empinados que a concorrente, num
decote bem mais ousado. Faz sua graca, dá uma piscadinha, um
rodopio de minissaia e ao ver fulana voltando, sai sorrindo triunfante.

Depois quando fulana se queixava do ocorrido, emputecida de ódio
e me cobrando atitude, saiu-se com essa: ah, é que a ******** fica
se corlaqueando toda pra ti !

Nas indas e vindas encontrei fulana no orkut e pessoalmente esses
tempos. As estações passaram por ela cruelmente... até se formou,
porem entrou firme pro time das barangas.